Blair Waldorf
AAAAAARGH! - O grito explode da minha garganta, e, com uma raiva incontida, arremesso meu telefone contra o chão. Mas isso não é o suficiente.
Olho para a penteadeira, a frustração me consumindo. Cada movimento parece amplificar o peso da raiva que sinto. AAAARGH! – Um segundo grito irrompe da minha boca, enquanto vejo o vaso de flor sobre a mesa. O seguro com força e, num acesso de fúria, o lanço contra o chão. O vidro estilhaça em mil pedaços
-Desgraçada... -Penso alto, as palavras escapando com rancor.
Isso não pode acabar assim, Katherine. Você não vai ter o que quer... Você não vai ter o Nate só para você! -digo para mim mesma, sozinha no quarto, sentindo a fúria borbulhar ainda mais.
Sentada na beira da cama, o silêncio me envolve, mas minha mente não está em paz. Está um turbilhão. Todos os pensamentos de vingança, de frustração, se chocando uns contra os outros, até que, de repente, uma ideia surge, como se fosse a única solução possível.
A porta se abre, e Dorota entra com pressa, seus olhos grandes e preocupados ao ver o caos que se instalou no quarto.
— Senhorita Blair? Está tudo bem? — Ela pergunta, e logo seus olhos vão para o estrago no chão. O choque toma conta de seu rosto, mas ela não se atreve a questionar mais.
Olho para ela e sorrio, um sorriso que disfarça o turbilhão de emoções.
— Dorota... — digo, e ela me observa, preocupada.
— Chame o meu motorista — ordeno, meu sorriso se ampliando enquanto me levanto da cama e me dirijo ao meu closet.
— Para onde você vai? você está bem?!? — Dorota pergunta, mas ignoro seus questionamentos enquanto sigo meu plano.
— Vamos ver... — murmuro, analisando as opções em meu closet.
— Acho que vermelho é uma boa escolha. — Pego um vestido justo que valoriza minhas curvas, na cor vinho, e o visto.
— Definitivamente, é uma ótima opção. — digo, admirando meu reflexo no espelho.
— Senhorita Blair, seu motorista chegou! — avisa Dorota, trazendo-me de volta à realidade.
— Já estou indo — respondo, terminando de me arrumar.
Depois de trinta minutos, desço as escadas, caminhando em direção à porta da frente para encontrar o motorista.
— Para onde a senhorita vai vestida desse jeito? — Dorota pergunta, quase gaguejando de espanto.
— Me vingar. — Respondo, e saio, entrando no carro.
— Para onde iremos? — pergunta o motorista, e, com um sorriso nos lábios, respondo:
— Victrola.
O motorista então dirige em direção ao local.
Minha tentativa de convencer o pai de Chuck a acabar com o contrato que o unia ao pai de Nate foi um fracasso, mas tudo bem. Já tenho outra ideia em mente, uma muito mais eficaz...
Assim que entro na Victrola, a música envolvente e as luzes baixas criam uma atmosfera sedutora. Sinto a adrenalina correndo em minhas veias enquanto caminho em direção ao bar, meu olhar fixo no palco. O lugar está lotado, mas consigo sentir o olhar de alguns homens sobre mim, atraídos pelo meu vestido vinho justo. Ignoro-os. Hoje, minha mente está focada em uma única pessoa: Chuck Bass.
— Uma bebida, por favor — digo ao bartender, minha voz firme, embora uma mistura de nervosismo e excitação borbulhe dentro de mim.
Enquanto espero, observo o ambiente, cada canto repleto de risadas e sussurros. É aqui que Chuck se sente em casa, e isso me dá uma ideia de como usar isso a meu favor.
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Brooklyn Baby | Nate Archibald
RomansaKatherine Heron, a recém-chegada bolsista na Constance Billard School, confronta desafios na alta sociedade nova-iorquina, onde as disparidades sociais se transformam em obstáculos. Enquanto ela enfrenta essas adversidades, uma conexão improvável co...