0 | Prólogo

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Suspirei fundo pela décima quinta vez naquela tarde após me espreguiçar na cadeira de couro, olhando exausto para a tela do computador com exatas 16.723 palavras escritas. É o segundo livro de uma trilogia. Pra ser sincero, quando comecei a escrevê-lo, não achei que chegaria em tantas pessoas — e que pudessem ao menos gostar —, mas com o apoio de Yeonjun, consegui vencer minhas inseguranças e, depois de muito esforço, conseguir publicar meu primeiro livro.

Olho pro enorme relógio azul na parede. 16h25.

Neste exato momento meu celular vibra e o pego preguiçosamente, vendo pela barra de notificações as mensagens de Yeonjun.

"Vamos sair. Não importa o que esteja fazendo

Estarei chegando em 20 minutos 😁"

Suspirei de novo, mandando apenas um "ok" como resposta e deixando o aparelho de lado. Dos 20 minutos, gastei 5 apenas encarando a tela do computador, pensando em como iria continuar escrevendo, e em muitas outras coisas que vieram consecutivamente.

Aquele vazio já costumeiro fez meu peito apertar e um pequeno sufoco na garganta aparecer. Antes de desligar o computador, li os últimos diálogos que escrevi.

"— Se tiver a sorte de encontrar o amor verdadeiro, lutará por ele todos os dias. — seu amigo disse, bebericando de sua cerveja enquanto o encarava.

Ainda acredita nisso? — perguntou, parecendo meio revoltado, seu tom saindo mais como uma crítica à fala de seu parceiro do que um questionamento genuíno de suas palavras. — Depois de tudo o que fez por amor? Valeu a pena?

Ele ficou em silêncio por alguns segundos até dizer:

Encontrar alguém bom o suficiente para arruinar a sua vida? Vale."

[...]

Enquanto estava sentado no sofá da sala pensando nas próximas cenas da minha história — como uma forma de passar o tempo, também — ouço duas buzinas e rapidamente me levanto. Ao sair, tranquei a porta e dei de cara com um Yeonjun sorridente e animado.

— Entra logo!

— Oi pra você também, hyung.

Entrei pela porta do passageiro e, após me ajeitar, coloquei o cinto e Yeonjun começou a fazer perguntas sobre meu livro.

— E aí, como está a escrita? Quantas palavras você escreveu hoje? Em que capítulo parou? Falta muito?

— Hoje foi bem. Escrevi 16.723 palavras. Acho que estou no capítulo seis ou sete, não lembro agora. E, não, até que não falta tanto assim para acabar, mas ainda preciso desenvolver algumas coisas.

Corações (In)DestrutíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora