Capítulo 06

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6 de junho de 2023
Madrid-Espanha📍

J U D E B E L L I N G H A M :

Uma energia um tanto estranha está percorrendo por todo meu corpo. Reencontrar ela assim, repentinamente, me fez ter sensações estranhas.

Nesse momento, estamos parados e olhando um para o outro. Nenhuma palavra é mais dita. A intensa troca de olhares é penetrante na alma dos dois, com dúvidas e sensações passando de um apara o outro.

Ela está a mesma de quatro anos atrás, ou seja, continua sendo uma puta de uma gostosa. O rosto não mudou quase nada e o jeito de olhar continua o mesmo.

Então, depois de um bom tempo de troca de olhares, vendo que nenhum de nós terá coragem de falar algo, eu tento tomar a iniciativa, mas assim que abro a boca para falar, Camilla sai e segue por onde ela ia, me deixando sozinho.

Após eu acordar do transe, balanço a cabeça e sigo meu caminho. Assim que chego no campo, cumprimento meus companheiros de equipe e começo a me exercitar.

E porra, Camilla não sai da minha cabeça, mesmo que eu tente muito. A cada exercício que eu realizo, eu penso nela,  a cada minuto...eu PENSO NELA. Maldita hora em que marcaram o treino para tarde.

E porra, mesmo eu agora tentando me concentrar o máximo no jogo, minha mente está totalmente contra mim, ela está em todos os lugares da minha cabeça e porra, além de pensar nela, eu ainda penso naquela noite.

Estou com a mente totalmente cansada de longas cinco horas de treino pesado, mais a minha cabeça insiste nesses pensamentos impuros e indesejáveis.

Agora, depois dessas cinco longas horas, estou deitado olhando para o céu e pensativo no gramado, ao lado do Camavinga, o qual que está balançando a mão em minha cara a algum tempo.

—Jude, irmão.- Ele balança a mão para cima e pra baixo, na intenção de me "acordar" para a realidade.—Terra chamando.

Ele está quase gritanto por já está sem paciência, então, sem aguentar o jeito dele, começo a segurar a risada, só que para a minha infelizmente, ele acaba percebendo e me da um tapão meio forte na testa.

—Otario.- Ele ri de leve e eu passo a mão na testa, aonde estava meio dolorido.

—Você que é, até porque, não era eu que estava balançando a mão e quase morrendo de nervoso que nem um besta.- Debocho dele e o mesmo me olha torto.

—Aé? Pois tá bom, quando você tomar advertência do Ancelotti, não venha reclamar comigo.- Ele diz e se levanta, indo em direção aonde o Ancelotti estava reunido com os outros jogadores. Me levanto rapidamente e acompanho meu amigo.

—Ele tá a muito tempo ali?.- Pergunto preocupado e Camavinga apenas concorda com a cabeça.

—Desde o momento em que eu chamei o rei.- Ele ironiza e eu o empurro de lado, vendo uma risada de ponta a ponta da face dele.

Ele não tá puto, eu sei, ate por que nós temos brincadeiras mais piores que essas. Eu e ele, seguimos a caminhada ate onde nosso treinador estava e tentamos disfarçar o máximo.

Ancelotti nos viu, mesmo a gente tentando disfarçar e tudo, ele conseguiu nos vê e enfim, advertência dupla. Ele nos colocou para ajudar a
moça que lava os uniformes, mas, como já está tarde, nosso turno será amanhã pela manhã.

𝐒𝐨́ 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐮𝐦𝐚 𝐧𝐨𝐢𝐭𝐞 Onde histórias criam vida. Descubra agora