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(MinJi version)

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(MinJi version)


             EU NÃO ACREDITO que vi aquele garoto de novo. Foi a pior sensação do mundo.

Eu vou explicar melhor. Do-Yoon é um menino que eu conheci aos 10 anos, eu era tão inocente mas ele já parecia saber de tanta coisa, só que eu era tão nova para perceber isso.
Ele foi tão legal comigo na época, então acabei criando uma confiança no mesmo. Se eu pudesse voltar no tempo, eu voltaria e faria tudo diferente.
Como eu disse, eu era tão inocente e Do-Yoon se aproveitava disso. Ele dizia coisas tolas como: "Algum dia iremos nos casar" "Você é a garota mais linda que eu já vi em toda a minha vida" mas isso foi piorando. O mesmo começou a me tocar, pernas, cabelo, braço, rosto.

Eu achei que isso era normal durante um ano e meio. Até que mexendo no celular, percebi que não era.
"Nossa, mas você já tinha 10 anos, como não percebeu que não era uma coisa normal?" o garoto me manipulava com palavras gentis, me fazendo acreditar de que era algo bom. Eu também ainda não tinha superado a morte da mamãe, então isso meio que se tornou um suporte para mim. Eu precisava de palavras de afirmação e ele me dava isso.

— Min-Ji! tenho um presente para você. – Do-Yoon caminhava até mim com uma caixinha nas mãos e com um sorriso enorme de orelha a orelha. Então o mesmo se ajoelha, eu não estava entendendo nada, ele abre a caixinha dando a visão de dois anéis. - Você quer namorar comigo? e depois casar?

Aquilo foi um choque enorme para mim, eu achava realmente que o garoto me via apenas como amiga e queria me ver bem. Bem, com ele.

— O que é isto, Yoon? para de graça, se levanta! – eu dava risada, achando que aquilo era brincadeira. Ele fechou a cara e se levantou. — Não faça piadas assim. Me assustou.

— Você não aceita? – fiquei em silêncio. O garoto começou a rir e tirou uma tesoura do bolso do moletom. — Você realmente não aceita?

Ali estava eu, indo para casa chorando e com o cabelo... todo cortado.
Quando chego, Su-ho vem correndo e pergunta o que aconteceu, eu não o respondo e vou correndo para o banheiro.

E foi assim por muito tempo, não queria conversar com ninguém. Eu me olhava todos os dias no espelho, olhava o meu cabelo e lágrimas escorriam pelas minhas bochechas. Também acabei sofrendo na escola por causa disso, ele espalhou várias mentiras sobre mim. Esse foi um dos motivos de eu ter ido morar com o pai.
Foi ali, ali que eu decidi não confiar em ninguém, apenas no meu irmão. Deve ser por isso que hoje em dia eu tenho tantos problemas de confiança.

E agora, tudo que eu conseguia pensar era em bater tanto naquele moleque, mas tanto.
Aquela sensação ruim que eu senti enquanto ele estava cortando meu cabelo, eu senti novamente hoje.

Antes de voltar para casa, eu fui até a conveniência comprar um doce e uma lata de refrigerante.
Comprei e me sentei em um banco, enquanto pensava em milhares de coisas.

Fiquei observando a minha pulseira, ela é tão linda. Comprei para combinar com a que peguei com o Su-ho, as duas eram pratas e tinham um pingente pequeno de borboleta.
Fui pegar a pulseira dele no bolso.

— Cadê essa porra? – quase rasguei o bolso do moletom tentando achar, mas não achei — Não acredito!

Eu quase desmaiei ali no meio da rua, tudo bem.

— Eu compro outra. – disse eu depois de quase quebrar tudo ali.

Voltei para casa, Su-ho ainda não tinha voltado.
Me deitei no sofá, me cobri e coloquei um filme de terror que em menos da metade eu já estava dormindo.

— Acorda, preguiçosa! a gente vai se atrasar por sua culpa

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— Acorda, preguiçosa! a gente vai se atrasar por sua culpa. – o garoto me chacoalhava tanto, que quase cai do sofá.

Nesse momento, eu queria dar uma capacetada na cabeça dele.

Só que eu olhei o horário, realmente estávamos em cima da hora. Eu me levantei tão rápido que minha visão escureceu e eu levei um tombo, só conseguia ouvir a risada do cocudo.

Fui tomar banho e me arrumar, avisei ele que se quisesse, já podia ir na frente.
Até porque não levo muito tempo para chegar lá de moto.

Sai de casa correndo e peguei meu xuxuzinho, em minutos chegando no colégio. Não tinha quase ninguém entrando, mas pelo menos tinha quase alguém, não estou sozinha nessa.

Até que eu sinto algo bater na minha cabeça.

— Aí, caralho. – me viro, era Han SeoJun com o capacete na mão — Você acabou de me dar uma capacetada?! como se atreve?

— Meu capacete tá todo fudido por sua culpa, tábua. – abri a boca incrédula e o cabrito deu risada da minha cara — Vai ter que me comprar outro.

— Você deveria estar me agradecendo por te salvar de uma surra! e outra, tábua? – peguei o capacete de sua mão e taquei na cabeça do mesmo — “No rosto não pode, não” — sai imitando ele. Que ficou parado igual um poste.

Entrei na sala e me sentei no meu lugar, SeoJun entrou logo em seguida, fazendo todos os olhares se direcionarem a nós dois. Que vergonha.

— Min-ji e Seo-jun atrasados – o professor colocou o livro em cima da mesa — Senhorita, é o seu segundo dia de aula e já se atrasa? enfim, nós temos uma aluna nova.

O cabrito respira fundo e deita a cabeça na mesa.

— Lim Joo-kyung, se apresente por favor. – a garota se levanta e era muito bonita.

— Sou a Lim Joo-kyung, prazer – e também parecia ser muito simpática, gostei dela.

Seo-jun nem prestava atenção, ele estava muito ocupado dormindo.
A aula começou.

O intervalo estava prestes a tocar, até que o garoto de óculos passa pelo cabrito, olha para o pulso dele e em seguida para o meu.

— Pessoal! – ele dá um berro, que até o cabrito se assusta — O Seo-jun e a Min-ji estão usando pulseiras combinando!

Puta que pariu.

Stay here. - Han SeoJunOnde histórias criam vida. Descubra agora