Tudo começa por causa de um barulho. Mas tudo dá errado quando Lisa decide descobrir quem é o responsável pelas suas noites sem dormir e bate na porta errada.
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Lisa Hudson
"Você tem essa atitude de bom menino e eu gosto um pouco disso. Você tem essas tatuagens em seu braço, deixam uma garota má excitada.".
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*Tum*
*Tum*
*Tum*
Acordei completamente confusa, olhando ao redor do quarto. É sábado de manhã. Meus planos para hoje seriam totalmente dentro de casa, mas o barulho do outro lado da parede não vai ajudar.
Como moradora, não vou ser hipócrita de reclamar do barulho ao lado e ligar a música na minha caixa de som para limpar o apartamento. Por isso, os planos vão mudar.
Ao invés de ficar mais cinco minutos deitada na cama, eu me obrigo a levantar e entrar no chuveiro, esperando que um banho gelado resolva o problema: cansaço e preguiça.
Quando saio do chuveiro, ouço novamente o barulho vindo do outro lado da parede e, por um momento, quero saber o que é e quem é.
Enquanto troco de roupa, o barulho continua e começo a me motivar a ir até o apartamento ao lado para reclamar. Quando termino de me arrumar, me levanto determinada, mas assim que chego na minha porta, o barulho para. Suspiro aliviada e volto para a cozinha.
*Tum*
*Tum*
*Tum*
- Não é possível! - Resmungo.
Usando apenas um roupão branco e as minhas pantufas, saio batendo a porta do meu apartamento e ando pelo corredor do décimo quarto andar, em busca do som. Assim que as batidas ficam mais altas, tenho certeza de que o barulho vem do apartamento 147.
Bato duas vezes na porta e o barulho para. Do outro lado da porta, consigo ouvir passos se aproximando da entrada e, então, dou de cara com um homem alto. Ele tem muitas tatuagens espalhadas pelo corpo levemente bronzeado e sei que tem mais por baixo de sua regata branca. Ele tem cabelos claros, assim como os olhos e sua boca é perfeitamente desenhada e naturalmente rosada. Não consegui deixar de reparar em seus acessórios pratas, como o piercing no nariz e os brincos em sua pequena orelha, escondida pelos cachos loiros.
- O que você quer, moça? - O homem na minha frente pergunta como se estivesse incomodado com a minha presença.
Quando a raiva me consome e lembro do motivo da minha vinda até aqui, indago, dando um passo em sua direção.
- Eu não sei qual é a sua, mas se você não parar com essa porra, eu mesmo vou fazer você parar!
