00. PRÓLOGO

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SENTINDO MEUS FIOS SEREM GENTILMENTE penteados, meus olhos fixam no erhu a minha frente

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SENTINDO MEUS FIOS SEREM GENTILMENTE penteados, meus olhos fixam no erhu a minha frente. Embora eu quisesse fugir, cubro suavemente a parte inferior do meu rosto enquanto observo a mulher a minha frente que possuía uma expressão satisfeita enquanto me observava quase pronta.

"Finalmente decidiu se tornar uma cortesã, Meiying?" Um breve suspiro escapa pelos meus lábios.

"Vovó, eu nunca aceitarei me tornar uma cortesã. Embora, se a situação peça eu acabe o fazendo." Desvio meu olhar aborrecida.

A mulher a minha frente, embora não fosse minha avó de verdade me criou desde que minha beleza começou a se mostrar. Ao invés de seguir os passos de minha caçula e me esconder, papai ofereceu que eu me protegesse fingindo que me tornaria uma cortesã inevitavelmente. Então nos últimos sete anos, comecei a aprender canto, dança e principalmente tocar erhu. Embora eu não fosse me tornar uma cortesã, achei necessario aprender caso eu me envolvesse em algum problema e inevitavelmente fosse obrigada a me tornar cortesã. Embora o treinamento pareça instigar ainda mais a mulher mais velha.

"Meiying querida, não seria mal se você se tornasse cortesã. Não poderiam toca-la deliberadamente, se esqueceu? É uma regra bastante importante."

"Pairin-oneechan, eu não serei influenciada. Eu sinto muito." Rindo suavemente seus olhos de um tom suave de rosa arroxeado brilham levemente.

"Não seja assim, querida. Você possui uma beleza que não deveria simplesmente ser desperdiçada." Em resposta a suas palavras faço beicinho.

"Já não é justo o suficiente ser treinada por você? Eu não posso simplesmente aceitar viver aqui, a merce de nobres egoístas." Um bufo impaciente escapa pelos meus lábios. "Além de que, eu preciso manter Maomao controlada. Sua curiosidade e descontrole estão aumentando."

Acariciando minha bochecha, Pairin sorri. "Você é com certeza uma irmã bastante dedicada não?"

"É meu dever como mais velha afinal de contas." A mulher então suspira olhando a mais velha.

"Vejo que não podemos convencer Meiying com táticas tão simples." Escondendo os lábios, os olhos da mais velha brilham maliciosamente o que me faz gemer impacientemente.

"Pairin-oneechan!" Reclamo alto, mas minhas suplicas são interrompidas, quando, de repente a dita menina citada anteriormente entra pela porta do quarto que estavamos.

"Achei você, onee-san." Fico confusa quando a menina me olha impacientemente.

"O que houve, Maomao?" Pergunto, será que prometi algo a ela hoje? Oh Deus, eu não me recordo.

Quando Maomao vê minha situação, ela simplesmente suspira. "Você prometeu que me ajudaria a coletar as ervas necessárias." Lembro-me então, que na semana passada durante o jantar eu havia prometido ajudá-la posteriormente.

"Entendo. Irei me trocar e iremos ok? Desculpe, como pode ver estive um pouco ocupada." Maomao estremece concordando com a cabeça.

Tendo crescido na Casa Verdigris e, consequentemente com os trabalhadores daqui, Maomao e eu crescemos um certo sentimento familiar com as pessoas aqui. As três Princesas da Casa, eram como nossas irmãs. Embora, na verdade, Pairin tenha sido nossa ama vimos ela como uma irmã mais velha, que vê em nós um certo sentimento materno. Não reclamamos na realidade, já que não sabemos sobre nossa mãe biológica. Ou melhor, não temos interesse nisso.

Em contraste, temos certo apreço por medicina e venenos no geral. Como boticárias, Maomao e eu temos uma constância bastante grande em resolver casos no Distrito da Luz Vermelha. Só há o fato de que, eu sou quase exclusiva da Casa Verdigris, já que a vovó tem certo receio de me perder para outra das Casas do Distrito. Suspiro. Sinceramente, acredito que sequer me tornarei uma cortesã sob seus cuidados, sua preocupação é excessivamente grande.

Finalmente vestida com meu simples hanfu vermelho, com grande contraste do meu comumente usado azul com detalhes em vermelho sigo Maomao para fora do bordel. Seus olhos, embora em frente percebo que ela estava pensando em algo. Provavelmente relacionado a mim, bem como sempre.

Curiosa, fico ao seu lado. "O que tanto ocupa sua mente, Maomao?"

"Você realmente não deseja se tornar cortesã?"

"Por que me faz uma pergunta dessas?" Seus olhos me observam seriamente, como se procurasse alguma brecha.

"Você é linda, não tem medo de esconder isso..." Seu olhar se desvia ao meu busto generoso, o que me faz sorrir. "Não vejo por que se tornar boticária." Complementa Maomao.

"Eu simplesmente gosto." Meus lábios cobertos mostram um breve sorriso malicioso. "Descobrir casos. Desvendar as ações do ser humano. Até o simples ato de estudar sobre venenos ou sobre as plantas mais inofensivas..." Meus olhos desviam a Maomao, que me ouvia atentamente. "e o simples fato de que o faço ao seu lado. Simples coisas como essa me deixam felizes, então não me tire meu maior prazer na vida."

Maomao bufa em resposta. "O que quer que você diga. Vamos terminar esta tarefa."

Sorrindo meus olhos suavizam. Você pode parecer fria, mas suas palavras se tornam estranhamente doces quando se tratam de mim. Eu faria tudo para vê-la feliz acima de tudo, minha preciosa irmã.

 Eu faria tudo para vê-la feliz acima de tudo, minha preciosa irmã

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