11- vida que segue

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Além dos dias, as noites também eram preenchidas por seu trabalho Árduo. Onde estava com a cabeça quando decidiu escrever um roteiro mesmo estando dirigindo uma minissérie? Está era pergunta que Anna se fazia sempre que pegava seu notebook nos tempos livres para escrever.

Levou dois anos para seu roteiro ficar pronto, e mais seis meses para seu projeto ser aprovado, e mais seis meses para começarem as gravações. Foi um projeto demorado que exigiu muito da nossa morena, mas que no final valeu a pena. Foram quatro anos dedicados a esse filme, e o resultado lhe agradou muito. Ela tinha conseguido transmitir para a tela tudo o que sentiu. Afinal, o filme era quase sua biografia.

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A garota vivia com os pais no interior, mas parecia que ela não se encaixava ali, constantemente ela se perdia em seus próprios pensamentos criando situações hipotéticas em que só ela saberia, às vezes era tanto que perecia que ela estava fora do ar. Sua mãe até chegou a levá-la ao hospital, preocupada que isso fosse alguma doença.

Na adolescência, os episódios ficaram mais leves, agora ela conseguia disfarçar melhor seus devaneios. Mas ainda sonhava com coisas que não estavam na sua realidade. Quando entrou no ensino médio ela começou a pesquisar por profissões que a agradassem. E o curso de cinema chamou sua atenção. Tinham várias ramificações que ela achava legal e poderia usar toda a criatividade que tinha acumulada.

Começou a estudar para o vestibular e como sempre foi uma boa aluna conseguiu uma bolsa de estudos integral na melhor faculdade de cinema do país, com a pontuação que teve poderia ter cursado até medicina se quisesse, mas ficou eufórica quando pegou o resultado e viu que tinha conseguido. Seus pais não poderia estar mais orgulhosos. Sua princesinha iria para a faculdade.

Porém nem tudo são flores e ela precisou se mudar para a capital e morrer sozinha para poder estudar. Seu curso era integral, o que impossibilitava ela de trabalhar nos primeiros anos. Mas seus pais não se importaram em mandar uma quantia mensal para que ela se mantesse, já que a faculdade não precisava ser paga. Eles eram donos de uma ferragista. A única da cidade em que moravam, então eles tinham uma condição boa.

O primeiro ano dela morando sozinha foi uma loucura, ela explorou tudo o que podia na sua nova realidade, aprendeu a beber, namorou pela primeira vez, apesar de ter durado pouco, aprendeu o que era sexo casual, aprendeu a administrar o dinheiro que recebia, e precisou aprender a administrar seu tempo. Os dois primeiros.meses foram os mais complicados, e coincidentemente foi o tempo que durou seu primeiro namoro.

Depois disso ela de usou que não moraria por enquanto. Se dedicou a única coisa que tinha que fazer, as aulas. E como ela era uma pessoa bem sociável, não demorou para que fizesse amizade não só com pressas do seu curso mas com outras pessoas também.

Estava indo tudo bem quando, quando ela decidiu aceitar um convite para acampar. Era algo que ela gostava de fazer na adolescência, mas não pensou que seria possível agora na faculdade, e por isso ela estava desprevenida, não tinha sequer um colchão inflável. Mas tudo foi providenciado para a sua ida, mas o que ela não esperava, é que neste acampamento ela teria a melhor experiência sexual de sua vida.

Foram duas noites intensas com dois homens que ela mal conhecia mas que a levaram para o céu. Por muito tempo ela sonhou com quelas noites e se frustrava por precisar se aliviar sozinha. Depois de um tempo, ela se confirmou em manter a sua rotina sozinha e ter suas performances solo durante a noite. Mas aquela chama que os dois despertaram nela nunca se apagou, e depois que ela conseguiu se formar com honras na faculdade e de conseguir um bom emprego como diretora de cinema, ela decidiu  transmitir na tela sua experiência única naquele acampamento, ganhando assim o prêmio de melhor filme do ano.

uma noite por acasoOnde histórias criam vida. Descubra agora