Capítulo 19 - A Luz no fim do túnel

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736 palavras

O sol brilhava alto no céu enquanto Charlote aproveitava sua folga para passear no shopping com sua filha Sophia, uma menina de cinco anos com olhos que espelhavam a luz e o amor da mãe. Era um momento de descontração, longe das pressões do hospital, e mãe e filha exploravam as lojas com alegria.

Entretanto, o destino, muitas vezes imprevisível, tinha outros planos. Em um momento de distração, Sophia se viu sozinha, perdida na multidão agitada do shopping. O desespero tomou conta de Charlotte quando percebeu que sua filha não estava mais ao seu lado. Seu coração acelerou, e ela começou a chamar o nome de Sophia, em busca da pequena que se perdera... O coração acelerado de Charlotte denunciava a aflição à medida que ela buscava desesperadamente pela filha nos corredores movimentados.

O clamor de Charlotte preenchia o ar, ecoando pelos corredores do shopping, enquanto ela chamava pelo nome de Sophia com crescente ansiedade. As lojas, antes repletas de atrativos coloridos, agora pareciam sombrias diante da preocupação que nublava os olhos de Charlotte.

Foi nesse momento crucial que Lúcifer, o mesmo homem que Charlotte conhecera no hospital, surgiu em seu caminho. Uma mistura de surpresa e alívio estampou o rosto dela ao vê-lo, e ela correu em sua direção, desabando em seus braços. Entre lágrimas e soluços, Charlotte compartilhou a angústia de ter perdido Sophia, implorando por ajuda.

Lúcifer, embora habituado a lidar com situações infernais, encontrou-se diante de uma cena que o surpreendeu. A vulnerabilidade de uma mãe preocupada mexeu com algo dentro dele que ele ainda não compreendia completamente. Ele assegurou a Charlotte que juntos encontrariam Sophia, tentando transmitir um conforto que nem ele mesmo sabia que possuía.

Separando-se por um momento, Lúcifer começou a percorrer os corredores do shopping em busca da pequena Sophia. Seus olhos, normalmente cheios de mistério, agora refletiam uma determinação incomum. Enquanto observava cada rosto na multidão, ele sentiu uma conexão estranha com a angústia de Charlotte.

Cada passo que ele dava ecoava a urgência de encontrar a criança perdida.

Enquanto se movia entre as pessoas, Lúcifer percebia a diversidade do mundo humano à sua volta. Famílias felizes, grupos de amigos rindo, casais de mãos dadas – uma tapeçaria de vidas entrelaçadas, cada uma com sua história única. A presença de Lúcifer, quase imperceptível entre a multidão, destoava da normalidade aparente do ambiente.

Foi então que, entre as estantes de uma loja de brinquedos, ele a viu: uma pequena figura solitária, com os olhos marejados, procurando por algo familiar

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Foi então que, entre as estantes de uma loja de brinquedos, ele a viu: uma pequena figura solitária, com os olhos marejados, procurando por algo familiar. Sophia estava lá, perdida em meio a pelúcias e jogos coloridos, buscando uma referência que a reconfortasse.

Lúcifer se aproximou com cuidado, tentando não assustar a criança. Ele falou suavemente, usando um tom de voz que contrastava com a imagem sombria que muitos tinham dele. Sophia, ao ouvir aquela voz amigável, virou-se com os olhos cheios de lágrimas.

— Sophia, certo? Lúcifer sorriu, tentando transmitir calma.

— Sua mãe está preocupada, mas agora estamos aqui juntos para levá-la até ela.

Sophia, ainda incerta, olhou para Lúcifer por um momento. No entanto, a familiaridade daquele rosto que a acalmara antes no estacionamento pareceu dissipar suas preocupações. Ela acenou afirmativamente, e Lúcifer estendeu a mão, pronta para guiá-la de volta à segurança de sua mãe.

A jornada de volta foi marcada por um silêncio confortável. Sophia segurava a mão de Lúcifer com confiança, e ele, por sua vez, sentia uma conexão inexplicável com aquela criança. Enquanto caminhavam pelos corredores iluminados do shopping, o príncipe das trevas se viu questionando muitas coisas sobre sua própria existência e sobre a complexidade do mundo humano.

Ao alcançarem Charlotte, que esperava ansiosamente, o alívio inundou os olhos dela. O reencontro mãe e filha foi caloroso, e Lúcifer, observando de lado, sentiu uma emoção indescritível. A alegria daquela família reunida ecoava no seu ser, criando uma ressonância que ele jamais havia experimentado.

Sophia, agora segura nos braços da mãe, sorriu para Lúcifer, expressando uma gratidão que transcendeu as palavras. Ele se afastou silenciosamente, como uma sombra desaparecendo na luz, enquanto mãe e filha se entregavam a abraços e lágrimas de felicidade.

Com a sensação de que, por um breve momento, Lúcifer fora parte de uma história de reunião e amor, uma experiência que desafiava as noções convencionais de quem ele era. ... O príncipe das trevas se encontrava diante de uma encruzilhada, onde as escolhas do passado pareciam pesar mais do que nunca.

O despertar de LÚCIFEROnde histórias criam vida. Descubra agora