Entre o divino e o proibido, onde as asas do anjo caído se encontram com a chama do pecado, surge uma história épica de amor e redenção. Em um universo de impossibilidades, Lúcifer, o arauto da escuridão, busca a luz que poderá redimir sua alma ator...
Lúcifer caminhou pela rua, os pensamentos tumultuados em sua mente, o coração pesado com as emoções conflitantes que o dominavam. Seus passos o levaram até a casa de Daniel, onde Sophia o aguardava ansiosamente. Ao vê-lo, seus olhos se iluminaram com uma mistura de alegria e saudade, e ela correu para seus braços em um abraço apertado.
As lágrimas escorriam pelo rosto de Sophia enquanto ela se aconchegava nos braços de Lúcifer, revelando a profundidade de sua saudade por ele; E, naquele momento, Lúcifer sentiu uma onda avassaladora de amor por aquela criança, sua filha, que o olhava com tanta devoção.
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— Eu senti sua falta, Lúcifer, sussurrou Sophia, sua voz embargada pelo peso das emoções.
— Eu queria que você fosse meu pai...
Lúcifer segurou-a com ternura, envolvendo-a em seu caloroso afeto, deixando suas próprias lágrimas misturarem-se às dela. Era um momento de conexão profunda, de reconhecimento mútuo do laço indissolúvel que os unia.
Quando Sophia mencionou sua mãe, Charlotte, uma sombra de preocupação nublou o semblante de Lúcifer. Ele olhou para Sophia, vendo a preocupação nos olhos dela, sentindo o peso da responsabilidade que recaía sobre seus ombros. As palavras dela ecoaram em sua mente, cada uma carregada de um significado profundo e tocante.
— Sua mãe... ela está doente, não é? Murmurou Lúcifer, sua voz embargada pela tristeza.
— Ela está no hospital...
Sophia assentiu, lágrimas silenciosas escorrendo por suas bochechas.
— Eu não quero ficar sozinha de novo. Não quero perder minha mãe... eu não quero que ela morra...
As palavras de Sophia perfuraram o coração de Lúcifer como uma flecha afiada, trazendo à tona todas as suas próprias preocupações e medos. Ele sabia o que era perder alguém que amava, conhecia a dor da solidão e do abandono. E agora, diante da possibilidade de perder Charlotte, a mulher que ele amava mais do que tudo, ele sentiu um medo avassalador tomar conta de sua alma.
Ele segurou as mãos de Sophia com firmeza, buscando transmitir-lhe conforto e segurança, mesmo quando sua própria mente estava repleta de dúvidas e incertezas.
— Nós vamos encontrar um jeito, Sophia. Eu prometo, murmurou ele, sua voz embargada pela emoção.
— Nós vamos fazer de tudo para salvar sua mãe. Você não estará sozinha, eu estarei aqui. Sempre estarei aqui.
Sophia olhou para Lúcifer com gratidão e confiança, seus olhos refletindo a esperança que ele tanto precisava naquele momento de desespero. E, naquele instante, Lúcifer soube que não importava quão difícil fosse o caminho à frente, ele faria qualquer coisa para proteger e salvar aqueles que ele amava.
Com determinação renovada e uma promessa silenciosa em seu coração, Lúcifer abraçou Sophia com ternura, jurando a si mesmo que faria o impossível para trazer Charlotte de volta à vida, para que mãe e filha pudessem permanecer juntas, unidas pelo amor que transcendia as próprias barreiras da morte.
Sophia olhou para Lúcifer com uma seriedade incomum, seus olhos infantis transmitindo uma sabedoria além de sua idade.
— Você pode salvar minha mãe, Lúcifer. Só você pode fazer isso...
As palavras de Sophia ecoaram na mente de Lúcifer, deixando-o atônito e perplexo.
Ele se perguntou como a menina poderia saber sobre seu verdadeiro eu, sobre sua natureza como o Príncipe das Trevas. Um calafrio percorreu sua espinha enquanto ele olhava para ela, procurando respostas nos olhos dela.
— Como você sabe disso, Sophia? Perguntou Lúcifer, sua voz carregada de surpresa e incredulidade.
— Como você pode saber que eu tenho esse poder?
Sophia olhou para ele com um olhar calmo e confiante, como se ela soubesse algo que ele ainda não entendia completamente.
— Eu sei porque você é meu pai, você só não sabe que já é meu pai... E porque você me ama e ama minha mãe. E porque o amor é o maior poder de todos.
As palavras simples de Sophia penetraram no coração de Lúcifer, tocando uma verdade profunda dentro dele. Ele se viu refletido nos olhos dela, vendo não apenas seu poder, mas também sua humanidade, seu desejo ardente de proteger aqueles que ele amava.
Com uma mistura de emoções tumultuando dentro dele, Lúcifer percebeu que, independentemente de seu título ou natureza, ele possuía um poder que era verdadeiramente único: o poder do amor.
E com essa realização, ele sentiu uma nova determinação crescer dentro dele, uma determinação de fazer o impossível para salvar Charlotte, não por causa de seu poder como o Príncipe das Trevas, mas por causa de seu amor como pai e amante.
Ele se perguntou como poderia salvar Charlotte, como poderia trazê-la de volta à vida daquele estado de coma que a aprisionava. E então, as palavras simples e sinceras de Sophia trouxeram uma luz de esperança para sua mente atribulada.
— Como eu faria isso, minha pequena? Perguntou Lúcifer, acariciando os cachos dourados de Sophia.
Sophia sorriu, seus olhos brilhando com uma inocência encantadora.
— Você pode beijá-la como o príncipe encantado e acordá-la do sonho em que ela vive no hospital. É só um beijo de amor...
As palavras de Sophia ecoaram na mente de Lúcifer, uma revelação simples e poderosa.
Um beijo de amor... Era exatamente isso que Charlotte precisava, o despertar do amor verdadeiro para libertá-la de seu sono profundo.
Com o coração transbordando de determinação renovada, Lúcifer ergueu o queixo, o fogo da determinação brilhando em seus olhos. Ele sabia o que precisava fazer. Ele enfrentaria qualquer desafio, superaria qualquer obstáculo, por Charlotte, por Sophia, por aqueles que ele amava.
E assim, com a promessa de Sophia ecoando em sua mente, Lúcifer fez sua decisão. Ele enfrentaria os desafios que estavam por vir, não importava quão difícil fossem, não importava quais sacrifícios fossem necessários. Pois, no final, ele sabia que o amor verdadeiro sempre encontraria um caminho.
