– Eu te odeio, Nishimura! – Com toda a voz que eu tenho, grito a ele assim que o mesmo joga a bola em meu rosto.
Ele diz ser um acidente, porque eu estava em frente a rede quando ele a chutou. Mas eu tenho certeza que ele fez de propósito.
Sem dar um aviso ao professor que estava em sua salinha corrigindo as provas. Eu corro até o jardim, pedindo para ninguém me seguir.
Entretanto, logo escuto passos com a baixa voz da Rine dizendo "Hana" repetidamente.
– O professor vai brigar com você se ficar aqui – Ela me avisa.
– Eu não ligo – Dou de ombros. – Niki não tem consciência do que ele fez?
– Foi um acidente, Hana!
– Eu tinha acabado de me declarar para ele, e então ele foge e quando consigo conversar... Niki chuta um bola – Reviro meus olhos. – Eu realmente não sei por que Niki me odeia tanto.
A única coisa com a qual ele se importa é passar os meus gols.
Desde nossa infância, quando me mudei para Okayama e virei sua vizinha. Seu hobby se tornou me irritar e me derrubar no futebol.
Meu esporte favorito é futebol. Me lembro quando meu pai me ensinou, e a partir disso nossos domingos eram baseados em assistir jogos de futebol, e as vezes ir ao campo para o assistir jogar.
E quando tive a idade certa, eles me colocaram em uma aula de futebol.
Mas com meus dez anos, meu pai acabou tempo um problema de saúde e seis meses depois veio a falecer.
Pela falta de tempo em cuidar de mim, já que quem cuidava era meu pai. Mamãe decidiu que seria melhor eu morar em Okayama com minha madrinha.
Então eu estava determinada a passar minha vida jogando futebol, porque isso me faz sentir perto do meu pai, isso que me lembra e automaticamente me lembra dos momentos bons.
E mesmo eu contando isso para Niki no memorial do meu pai, ele continua brigando comigo por tudo e diz que eu deveria sair do futebol. Ele sabe que eu não vou.
– Hana... – A única voz que eu não queria escutar, se aproximou de mim lentamente, me vendo sentada com a mão em meu rosto afim de cobrir as lágrimas escorridas no rosto.
– Sai daqui! – Digo em um tom pouquinho raivoso.
– Foi um acidente, como eu disse – Ele se senta próximo de mim. – Por favor, vamos conversar – Ele coloca sua mão em meu ombro. Eu a tiro brutalmente e me afasto dele.
– Vai embora. Eu não quero conversar com você!
Escuto um suspiro alto vindo dele.
– Está sendo um pouquinho infantil agindo assim, Hana.
– Eu prefiro ser um pouquinho infantil do que completamente um idiota, como você! – Me levanto olhando em seus olhos. – Como ousa em dizer que sou infantil depois de sair correndo com aquilo?
– Eu não consegui dizer nada, minha única reação foi fugir! – Ele bufa.
– Você poderia ter tido que não gosta de mim e ir embora, iria ser mais decente do que fugir.
– Eu sei. Mas a questão é que-
– A questão é que você é um idiota – O interrompo. – Desde pequenos, você só se importa em me ultrapassar no gols. Você faz de tudo para ser melhor do que eu, e não se importa com nada, nem com o que eu sinto. Eu gostaria de saber por que você me odeia tanto? Eu realmente que-
Sou cortada pelo garoto que encosta seus lábios no meu rapidamente.
– A questão é que eu gosto de você, Hana – Ele sorri minimamente. – E eu pretendia me declarar para você hoje, já que amanhã é dia dos namorados.
Meus olhos estavam arregalados depois de seu ato, e após sua declaração meus olhos começaram à piscar ligeiramente.
– Mas... por que fingiu me odiar tanto? – Questionei confusa.
– Quando eu te conheci, eu realmente fiquei irritado em saber que era melhor do que eu, mas com o tempo fui me apaixonando e te odiar só virou uma maneira de chamar atenção – Ele coloca suas mãos sobre a nuca, tímido. – E para chamar sua atenção eu tive que me importar em passar você no numero de gols. Como vou chamar sua atenção se você é melhor que eu na única coisa que sou bom? – Ele ri.
– Então foi um acidente chutar a bola no meu rosto? – Ele assente. – Sendo assim... me desculpa por ter te acusado, e... ter te xingado de idiota.
– Eu também tenho que pedir desculpas em chutar a bola no seu rosto, fingir te odiar e parecer que não me importo com você – Eu direciono meu olhar para ele no momento que ele vira seu rosto para me encarar. – Porque a única coisa que eu tenho me importado nesses três anos, é você.
Eu abro minha boca para dizer algo, mas desisto e apenas viro meu rosto sorrindo de lado.
– Você também é ótimo em pintar. Nisso pode me vencer.
– É verdade! – Ele ri. – Você quer sair comigo amanhã?
– Vamos sair como dois inimigos, amigos ou vamos sair como namorados?
– Como preferir. Mas em minha opinião, prefiro sair como namorados, é o dia dos namorados! – Rimos em sincronia.
– Então vamos ao cinema!
Ficamos em um completo silencio, não dos ruins, era um silencio confortável e gostoso. Aquele momento era para ouvir as vozes surtando no nosso interior.
Mas a minha voz dizia para beija-lo. Eu tentei ignorar essa minha voz, porém o meu desejo de beija-lo era tão grande quando ela em seus ouvidos.
– Niki! – No momento que ele vira seu rosto, eu me aproximo dando um longo selinho. Mesmo antes de eu me afastar completamente, ele segura em meu braço, me puxando para si e começando um beijo comigo.
– Então ai que está vocês! – Nós afastamos rapidamente ao escutar a voz furiosa do nosso professor.
Nos levantamos, Niki segura minha mão e começamos a correr ao redor do jardim, afim de fugir do professor e não levar uma suspensão. Mas acabamos sendo pegos e sendo levados a diretoria. Assim, levamos uma ocorrência por ter fugido da aula para "namorar", dois pontos a menos na prova e de brinde, uma ligação furiosa de nossos pais.
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TO: ohwoni (desculpa a demora.
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𝓕 utebol, brigas & você | NISHIMURA RIKI (니키)
Roman d'amour𝐎𝐍𝐃𝐄 Hana gosta de Niki e fez uma declaração para ele. Mas pensava que Nishimura só se importava em ser melhor que ela no futebol. Ela não sabia que ele só queria ultrapassar seu numero de gols, pra chamar sua atenção