prólogo

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raio de sol

☼ No solstício de verão de 1991, um choro repleto de luz soou na sala de parto sete do Centro Médico Presbiteriano de Santa Fé

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☼ No solstício de verão de 1991, um choro repleto de luz soou na sala de parto sete do Centro Médico Presbiteriano de Santa Fé. Carol Martínez acabava de dar à luz a uma linda menininha nomeada Paola.

A mulher sorriu ao receber a pequena em seus braços. Aos olhos da mais velha, ela brilhava como um pequeno pedaço do sol. E não foi muito diferente para Apolo quando entrou no quarto cumprimentando todos os médicos antes de se aproximar lentamente daquelas duas mulheres.

ㅡ Ela não puxou nada de você. ㅡ Carol murmurou passando a ponta dos dedos pelo nariz da filha.

Apolo não disse nada, apenas brincou com os dedinhos da bebê que agarrou o dedo dele com força. Um sorriso bobo surgiu no rosto do loiro que estava ali sem a permissão dos outros deuses.

ㅡ Vocês podem nos dar licença por alguns minutos? ㅡ Perguntou Carol aos médicos e enfermeiros que assentiram ajeitando todas as coisas para irem embora dali.

Quando a última enfermeira deixou a sala, a mexicana olhou para Apolo atentamente observando uma última vez todos os traços joviais daquele rosto milenar. Ele tirou os olhos da filha para a mulher que se apaixonou meses antes e pareceu de imediato entender o que viria a seguir.

ㅡ Como vai ser daqui em diante? ㅡ A voz da Martínez mais velha soou tenebrosa o suficiente para os ouvidos de Apolo ㅡ Quando descobrirem que ela é sua filha virão atrás dela, e o que eu vou fazer para protegê-la?

O Deus do Sol pareceu pensar brevemente nas respostas de suas perguntas.

ㅡ Na maior parte do tempo, você vai ter que cuidar dela sozinha. Não vou conseguir ver os primeiros passos, nem as primeiras palavras, nem a primeira gargalhada de perto. E você sabe disso. ㅡ Ele explicou se sentando na beirada da cama de frente para a mulher ㅡ Mas, em Nova York, você vai conseguir me enviar cartas sobre todas essas primeiras vezes dela pelo correio de Hermes. ㅡ Carol assentiu prestando atenção no que seu amado dizia atenciosamente ㅡ Mandarei algumas coisas ao longo dos anos pra ela. E quando for a hora, você vai levá-la até o Acampamento Meio-Sangue, e um Sátiro vai ajudar você a levá-la até lá.

ㅡ Você não vai nem nos visitar? ㅡ A feição de Apolo vacilou ao ouvir a pergunta simples da morena.

Ele a conheceu em um de seus dias na Praia de Malibu. O Sol refletindo no rosto delicado dela pareceu fazer sentido para ele.

Apolo temia se apaixonar novamente depois de ter todos os seus amados em um tempo distante transformados em plantas ou qualquer outra coisa do tipo. Mas se deixou apaixonar por aquela mexicana dos olhos castanhos que tinha vinte cinco anos de idade.

Passou meses visitando-a na Terra, demonstrando toda a sua fixação por seus cabelos, pele, olhos e cada pedaço singelo de seu corpo. Até que ela engravidou da pequena Paola, Apolo continuava presente na vida dela explicando aos poucos como seria a vida daquela semi-deusa que carregava no ventre. E isso incluía todas as aventuras que a pequena talvez um dia fosse passar.

ㅡ Eu não posso me dar o luxo de que eles punam você, porque quebrei as regras. ㅡ Ele deixou que todas aquelas palavras saíssem como um suspiro desasperado ㅡ Já perdi amores suficientes milhares de anos atrás. E não vou perder você, nele nosso pequeno raio de sol.

Apolo se levantou caminhando lentamente até a porta, pronto para deixá-las ali. Antes que saísse do quarto, Carol murmurou o nome dele como um pedido.

ㅡ O nome dela vai ser Paola. ㅡ Apolo sorriu levemente fazendo Carol sorrir momentaneamente ㅡ É a versão feminina de um anagrama do seu nome. ㅡ Ele engoliu em seco antes de mandar um beijo no ar para ela e ir embora dali.

Os oito primeiros anos da pequena Paola foram repletos da presença indireta do pai. Por meio de cartas ou até de presentes simples como um colar dourado com o sol como pingente, ou como uma mochila branca com galhos de loureiro desenhado.

De supetão os presentes e as cartas pararam. E o que parecia próximo se fez distante. Paola sentia saudade de ler as cartas do pai ㅡ que nunca conheceu. Afinal, eram as únicas coisas que os unia. Mas parecia que alguém não queria essa união.

ㅡ Apolo! ㅡ Zeus esbravejou o nome de seu filho no Olimpo ㅡ Você quebrou minha confiança. ㅡ O loiro se virou para o Deus dos deuses lentamente ㅡAnda enviando presentes e cartas para um de seus filhos.

Apolo engoliu em seco temendo o que Zeus faria em seguida. Mandá-lo de volta a Terra seria a menor das punições.

ㅡ É minha filha. ㅡ Respondeu firme.

ㅡ O que te fez manter contato com ela todo esse tempo? ㅡ Apolo engoliu em seco e Zeus pareceu entender no mesmo instante ㅡ Foi a mãe? ㅡ Sem a resposta de Apolo, Zeus fechou os olhos e ponderou a situação ㅡ Essa criança está mais vulnerável a todos os perigos do que qualquer outra agora! ㅡ Ele esbravejou fazendo Apolo fechar os olhos com força.

ㅡ É a minha filha. ㅡ Apolo murmurou mais uma vez.

ㅡ Hermes não irá mais receber nenhuma carta ou encomenda sua para elas. ㅡ Apolo tentou protestar, mas de sua garganta nada saía ㅡ Prepare-se para reivindicar a garota quando ela chegar ao Acampamento Meio-Sangue.

















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recebi tanto apoio pra postar essa em um vídeo de divulgação do tiktok que resolvi postar antes do que eu esperava pra vocês!

talvez eu demore um pouco pra atualizar, porque ainda estou escrevendo os capítulos e enfim, mas prometo que não vai ser uma fanfic inacabada.

espero que gostem e aproveitem a história ;)

não esqueçam de votar, comentar e adicionar a biblioteca e lista de leitura pra não perder nenhum capítulo novo!

xoxo, mmeblaack

solstício - clarisse la rueOnde histórias criam vida. Descubra agora