sessão de terapia com: ares, o deus da guerra
☼ Em Santa Fé, festivais musicais e culturais eram comuns, e quando se é uma jovem poetista tudo faz mais sentido por lá. Carol costumava levar a filha com ela nos seus seis primeiros anos de vida, ela percebia o quão afiada a menina era para a arte e amava ver sua borboletinha feliz vendo parte da cultura do lugar de onde nasceu. Um dia a mulher viu a filha subir em cima de um caixote qualquer com uma folha nas mãos, chamando a atenção do público até ela e começando a ler seu poema favorito escrito por sua mãe.
"Seu brilho quente
Sua essência reluzente
Sol e poesia
Sem contar com a MaresiaA quilômetros ele me viu
E me encantar decidiu
A paixão é perigosa
E também charmosaSe faz pouco tempo
Observo você desatento
Iluminando minha vida
Aquela estrela podia ser minha"Aquele poema fazia mais sentido naquele momento. Carol se apaixonou pelo "sol" e queria que eles pudessem viver juntos, mas o sol tinha que ficar à 150 milhões de quilômetros dela. Era um amor impossível que teve que ser superado com o tempo. Mas, Paola duvidava que sua mãe um dia superou seu romance com Apolo.
ㅡ Percy! ㅡ Annabeth, Grover e Paola gritavam em busca do garoto, torcendo pra que ele tenha sobrevivido aquilo.
Paola olhava a água do Rio Mississippi correndo por debaixo do deck que a alguns minutos atrás estava cheio de pessoas tirando fotos com sorrisos alegres no rosto, mas agora estava vazio com apenas três adolescentes desesperados procurando o filho de Poseidon. Quando ela levantou a cabeça e olhou para o fim da grade que impedia qualquer um de pular no rio, Percy estava lá subindo todo molhado no deck.
ㅡ Olha só o peixinho dourado. ㅡ Paola inclinou a cabeça com um meio sorriso estampado no rosto.
ㅡ Olha, desculpa por empurrar vocês da escada, só de falar em voz alta eu me sinto muito mal. ㅡ Grover e Annie caminharam na direção do garoto que falava sem parar, seguidos pela filha do deus do Sol e da medicina.
Annabeth foi a primeira a abraçá-lo. Percy parecia um pouco desnorteado com o contato repentino da garota, mas retribuiu o abraço com cuidado. Grover e Paola se entreolharam cúmplices de terem feito os dois se darem bem depois de incessantes brigas.
ㅡ Tá mais vivo do que a gente achou que estaria. ㅡ O sátiro disse fazendo Annabeth se afastar com cuidado.
ㅡ O que aconteceu? ㅡ Paola perguntou apoiando as mãos na própria cintura.
ㅡ Pra resumir, a gente tem que ir pra Santa Mônica. ㅡ Grover olhou para as duas garotas ao seu lado meio perdido.
A polícia estava procurando por eles, já que eles acreditavam que os quatro eram os verdadeiros responsáveis por destruírem o trem e fazerem um buraco na estrutura do arco gigante. O que não era um palpite totalmente equivocado, mas ainda sim, quem teria coragem de acusar crianças indefesas andando sozinhas pelo Estados Unidos?
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solstício - clarisse la rue
FanfictionO sangue dos deuses corria pelas veias de Paola. E com ele as responsabilidades e traumas também.