invisível

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Inumaki Toge, como um garoto mudo, se sentia invisível no mundo.

Apesar da escola lhe oferecer ajuda e terem aulas específicas em libras para ele, ainda era complicado.

Até mesmo quando ele conseguia fazer amigos, a amizade acabava em pouco tempo, as pessoas nunca tinham paciência de se esforçar para conversar com o garoto, por isso, Inumaki sempre foi excluído.

E agora, em seu último ano na escola, não seria diferente.

Era o primeiro dia de aula do 3° ano para Inumaki, depois de longas férias tediantes, eles infelizmente tinham que retornar à escola.

O albino suspirou enquanto fechava a porta para sair de casa, ele tentou se tranquilizar, só tinha que aguentar mais um ano, afinal.

Inumaki sempre saia mais cedo para tomar seu café fora, em uma cafeteria que ele adorava por ter funcionários que lhe entendiam e podiam lhe atender.

Mas, neste dia em específico, a cafeteria estava fechada, e ficaria fechada por um bom tempo por estar em reforma.

Inumaki ficou frustrado, ele até poderia seguir seu caminho direto para a escola, mas ainda estava muito cedo e ele sentia fome.

Decidiu tentar a sorte em uma outra cafeteria mais à frente, que já ficava um pouco mais perto de sua escola. O garoto adentrou o local que parecia bem agradável e acolhedor, ele ficou esperançoso porquê esse parecia um local que incluia todo tipo de gente.

Sua felicidade durou pouco, logo quando tentou se comunicar com a linguagem de sinais para pedir o que queria, a moça parecia desesperada, e chamou a equipe inteira procurando alguém que podia entender ele, mas, foi em vão, ninguém podia lhe entender.

Ele apontou para o que queria no cardápio, mesmo ainda estando com certa raiva por se sentir excluído.

Bem, não é como se ele não estivesse acostumado.

A garçonete se desculpou com ele e depois de alguns minutos trouxe o café dele, junto com a torta de morango que pedirá.

Após comer e pagar, ele finalmente pôde seguir seu caminho para a escola, o que era sempre uma tortura diária.

...

"Então alunos, eu sei que não é legal passar um trabalho logo no 1° dia mas.. eu não ligo HAHAHAHA." - Gojo sensei novamente com seu senso de humor terrível, disse, todo ano é assim, ele nunca muda.- "Quero duplas, não trios, nem grupos, DUPLAS!" - Ele gritou para que Nobara, Yuji e Megumi se separassem de uma vez.-

"Não pode dupla de três?" - Yuji Itadori perguntou, fazendo metade da sala rir.-

Itadori sempre fazia todos da sala rirem, mesmo quando dizia coisas bestas.

As vezes, Inumaki apenas queria ser como ele.

"Engraçadinho, não irei repetir, formem as duplas primeiro que darei as coordenadas. " - Gojo sorriu, vendo a sala inteira se movimentar, caçando suas duplas.-

Ok.. mas uma vez sozinho.- Era o que Inumaki pensava.

Ele teria que se explicar para Gojo sensei logo, que faria o trabalho sozinho.

Toge levantou a mão para chamar a atenção do professor, que não deixou nem mesmo ele tentar sinalizar uma explicação.

"Sem essa esse ano, Inumaki." - Gojo disse de imediato.- "Não vá se vitimizar e fazer o trabalho sozinho, você sabe muito bem que tem alunos que te entendem. É para o seu bem, tente se enturmar."

Não é sobre terem alunos que me entendem, velho desgraçado. - Foi o que Inumaki pensou.- É sobre ninguém querer se dar o trabalho de fazer comigo e demorar mais no processo.

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