3 Days Until Christmas - Larry (Romance gay)

- 2 Dias -

*Capitulo não revisado.

Aquele dia mal havia começado e já estava para enlouquecer. Tudo parecia conspirar para que todos os seus planos não funcionassem da forma que deveria.

— O paciente voltou, vamos subir com ele e preciso que chamem o ortopedista. Serão longas horas de cirurgia, então, feliz natal para todos. — O médico disse depois de conseguir reanimar a vitima do acidente de carro. Com toda a neve lá fora, Louis com certeza agradeceu pelo seu costume de não dirigir depois de um plantão.

— Ele vai ficar bem? — Zayn Malik, seu amigo mais legal daquele lugar, estava com sua cara de preocupado. Todos o respeitavam pelo fato de ser jovem e já ocupar o lugar de chefe do setor de enfermagem.

— Eu... Não sei... Eu...

— Hey, Lou. Está tudo bem? Eu soube do que aconteceu com Henry, como ele está?

— Cansado, Zayn. Ele é só uma criança e já está passando por tanta merda na vida dele que... Céus, eu só quero levar ele para casa e o guardar desse mundo perverso. — Henry era um paciente da ala pediátrica, que havia perdido os pais em um assalto que acabou se tornando um homicídio.

Henry também quase morreu, mas por sorte ele conseguiu chegar a tempo no hospital, e Louis imediatamente amou aquele serzinho minúsculo.

Depois de quase um mês em coma, Henry tinha acordado e agora estavam vendo com a justiça sobre como ficaria sua situação. O garoto não tinha parentes nas proximidades e estavam investigando a possibilidade de uma tia distante assumir a guarda do pequeno... Mas, Louis queria lutar pela guarda dele. Não sabia como, mas tentaria de qualquer forma.

— O que acha de falar com o diretor do hospital? Talvez ele possa ganhar alguns pontos ao seu favor?!

— Não dá, Zayn, não nesse caso. É tão complicado, e só de pensar na possibilidade dessa tal tia aceitar a guarda de Henry, meu coração dói. — Disse apoiando seus braços na grande bancada redonda que ocupava um bom espaço daquela área. Zayn que estava de pé por trás do móvel que os separava, levou uma de suas mãos ao ombro de Louis, na tentativa de consolar o amigo.

— Sabe o que deve ser pior? — Perguntou com um sorriso que fez Louis lhe encarar confuso. — A palestra da campanha de conscientização e saúde mental.

— Céus! Como eu odeio isso! — Disse tentando conter o revirar de olhos, derrubando sua cabeça dentre os braços cruzados em cima da bancada.

— Ouvi dizer que é um gostosão que virá desta vez.

— Eu não preciso de um gostosão, bancando um alfa espertalhão em um terno menor que seu número. — E mais um revirar de olhos.

— Talvez você não, mas Brenda com toda certeza precisa. Ela não parava de olhar Rafael quando ele te trouxe o café mais cedo.

— Talvez eu deva ir até lá e oferecer o café a ela, jogando nos seus malditos olhos. Ela é tão galinha, e tão falsa quanto suas unhas postiças.

— Quem diria que o nosso Louis poderia ser um cãozinho bravo e ciumento?!

— Não mesmo. — Louis até iria continuar, mas tinha chegado mais um paciente. — Guarde um lugar para mim.

— — —

— O que vai fazer hoje? — Henry perguntou enquanto comia a sopa com a ajuda de Louis.

Logo depois que o garoto acordou, foram feitos vários exames para constatar se não havia nenhuma sequela do tempo em que ele passou em coma, e com a confirmação de que não houve nenhum dano neurológico e somente o físico, logo ele começou a fazer fisioterapia e consultas com o psicólogo do hospital. Ele era um garoto especial e Louis desejava que ele pudesse permanecer em sua vida.