Sukuna me levou para um lugar estranho, meio a floresta pouco longe do vilarejo. Isso me fez engolir em seco, depois de tudo que ocorreu mais perto do centro da cidade, desviar de lá me fazia questionar um pouco. Pareciamos subir algum lugar, até chegar em um tipo de templo, provavelmente antigo ou abandonado. Era esse o ar que passava. Uma névoa fina passava por ali, um caminho de escada, com alguns lampião iluminando o lugar. Já que a luz da lua era fraca para exergar adequadamente.
Andando o caminho inteiramente quieto, olhei para ele que subia as escadas silenciosamente. Seus passos eram calmos, mas firmes, só o fato dele estar ali tinha uma grande presença. Seu olhar fixamente sobre o caminho que percorreu; me fazia pensar o que ele estava pensando. Parecia simplesmente distante. Pelo jeito, não era alguem de conversar e que sempre ficava em seu mundinho. O sorriso de antes também já havia sumido de sua face, só tinha um semblante serio e monótono. Algo que não transmitia nada além de um vazio. Apesar disso, sua expressão me trazia calma, para mim, seu olhar era como um mar em calmaria durante a noite; fria e aconchegante. Um belo olhar, uma bela visão, mas que trazia seus medos.
Explicar como me sentia vendo Sukuna era algo estranho. Durante o caminho todo, só havia perguntado o nome dele. Não fez muita questão de perguntar o meu, então, simplesmente me apresentei por educação, mas diante a sua reação indiferente a mim, entendi que para ele não importava, ou fazia alguma diferença. Ele era esse tipo de pessoa, apesar de que não podia dizer nada, não o conhecia.
— Onde estamos indo mesmo? — tomei coragem a perguntar e acabar um pouco com esse silêncio. Notei seu olhar de relance para mim, enquanto ainda demonstrava sua expressão seria, porém bem relaxada, como se ele estivesse em um ambiente confortavel. Era dificil o decifrar.
— Você vai passar um tempo aqui para os seus conhecimentos de poder. Se quiser, claro. Não me faz diferença você ficar ou não. — ele deu de ombros. — Mas claro que se ficar, terá que ajudar.
Assim que ele andou mais alguns passos, uma casa meio velha, mas estranhamente bonita e grande. Era de fato algum tipo de templo. Tinha especto bem antigo, bem vibe de casas japonesas de interior, mais assim. De madeiras chiques, eu acho. Notei algumas presenças na porta, junta de uma pessoa de cabelo curto e branco.
— Ajudar?
— Ajudar eles. Você terá tarefas para que consiga não morrer e me agradar mesmo que minimamente. — falava que tanta indiferença que era como se eu não fosse nada. A forma até como explicava, parecia que não fazia questão. E isso só foi confirmado pois ele apenas entrou e me deixou para trás.
Suspirei fundo, meio decepcionada. Claro, ele era um completo estranho. Eu podia morrer a qualquer momento por qualquer coisa ali. Apesar disso, não parecia sentir medo. Na verdade, estava até que bastante confiante de mim. Isso era algo estranho. Me sentia calma. Não parecia que eles tinham algum motivo para fazer isso.
— Você é mais uma serva?
— Eu acho que sim. — desviei o olhar e apenas respondi, olhando um pouco mais em volta. Parecia que alguma coisa podia me atacar; o ambiente era escuro e macabro. Iluminado apenas pela luz da lua, que era algo bem pouco e os lampiões da casa. Era algo bem antigo, por assim dizer, dava uma coisa bem sinistra e um ar meio pesado.
— Irei mostrar a casa. — disse sem esboçar reação, apenas seguindo o caminho, enquanto eu raidamente acompanhava os seus passos pelo chão de madeira. Eram algo sutil, mas suave, rangendo baixinho, quase imperceptível.
Depois de me mostrar a casa e me apresentar um lugar onde eu poderia ficar, agradeci, ficando naquele cômodo vazio, com apenas um futom no chão. Não tinha muitas decorações e se tinha, eram esculpidos com tinta já desbotando, era algum simples e sem muito detalhes. Mas, eu achei estranhamente reconfortante esse ar diferente.
Fiquei pensando por alguns segundos sobre tudo que ocorreu, de forma repentina e rápida. Nem tive tempo de pergunta muitas coisas, era estranho como em um estalar de dedos, estava em uma casa de um desconhecido, quase que virando uma serva dele. Talvez começando um trabalho doméstico. Não pude deixar de dar uma risada um tanto sarcástica para mim mesma com a situação meio deploravel. Nós piores dos casos, meu pai e o "meu marido", poderia facilmente agora me despejar, talvez até pensasse que eu estaria com Sukuna a preço de serviços sexuais.
Dei de ombros, não me importando. O que os dois pensavam ou deixavam de pensar, não me importava de fato. Entratanto, uma pitada de preocupação me fez ficar inquieta com a situação, mais por conta de Sukuna do que em relação aos meus parentes. O local estava silencioso, não se escutava nada, se alguém andava pela casa, era um mistério, se escutava apenas o som da brisa do lado de fora, que balançava as plantas e árvores, talvez com um grilo fazendo barulho ali e aqui. Mas nada além desse clima durante a noite. Isso me fez querer ir dormir logo, para ver se tirava esses pensamentos e, desligasse um pouco de tudo.
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O Amor Destrói.
Lãng mạn" Eu não precisava dele. Mas no fundo de meu ser, dizia para ficar ao seu lado. Isso de primeira me incomodou, mas o tempo que passava, fazia uma chama arder de forma imensa em mim. Eu não era a mocinha da historia, estava mais para vilã e era por i...