117. caos.

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Continuação...

Narradora on.

Klara se frustra muito ao ouvir aquelas poucas palavras mas mesmo assim tão doloridas saindo da boca daquele homem, e então ela volta quase correndo para o quarto, que agora está vazio, para poder chorar sozinha.

Só que o que ela não sabe, é que certas pessoas ouviram a breve e fria conversa entre eles.

Bela e Freya espreitavam pelos cantos da casa, escondendo seus chackras para não serem percebidas. E acabaram ouvindo tudo...

Bela: vamos sair daqui...antes que ele nos veja. Já ouvi coisa demais!

Freya: ...

E ambas voltam ao quarto que estão ocupando.

Narradora off.

Klara on.

Não posso crer que deixei me levar pela minha própria ilusão e imaginação, em pensar que ele poderia ter algum sentimento por mim. Acho que oque ele sentira por mim foi pena, e por isso ficou do meu lado. Não significou muita coisa...e eu não posso nem chorar em paz, pois a qualquer momento alguém pode entrar por aquela porta, principalmente Morgana, e aí ela vai querer saber o motivo do meu pranto. E não poderei dizer, porque como explicar a ela que estou gostando do Madara? Morgana odeia ele também, mas porque tem medo de seu jeito, e das histórias que contei, as histórias que ela ouviu, sobre ele matar pessoas e arrancar suas cabeças. Assim como outros nessa casa o temem, o assim como ela também teme outros nessa casa e não gosta deles nem pouco. Assim como ela odeia a maioria deles e os quer morto...

Não haveria um meio de eu explicar isso. E no que estou pensando? Em que vida, em que planeta paralelo eu me envolveria com ele?

Só que não posso negar que olhar para ele dói, porque tudo que eu pensava naquele momento era em beijar ele. Mas eu não posso querer alguém assim...mesmo eu entendendo as dores que ele sentiu no passado. Nada justifica ele ser tão cruel.

E mesmo que ele seja gentil comigo, eu ainda me lembro como era no começo. E sei que a qualquer momento aquele homem terrível pode vir a tona, e ele vai me tratar como lixo novamente...

Flashback on.

Este é só mais um dia como qualquer outro, acabei de almoçar no meu quarto, e novamente eu preciso ir fazer tudo que a Pekai disser...só que estou grávida e me sinto cansada de tanto vomitar. Esses enjoos estão me matando! Mas ela não vai me deixar em paz, enquanto eu não terminar de limpar todos esses corredores , um por um!

Então pego um balde com água, e continuo a limpar.

E infelizmente, estou justamente no corredor da morte. O corredor do quarto do Madara...

Eu não pretendo e nem quero esbarrar com ele por aí, então serei rápida o suficiente para limpar o local bem.

Me sinto a própria Cinderela, mas não tenho um sapato de cristal e nem uma fada madrinha. Muito menos um príncipe para me salvar.

Me agacho devagar, para esfregar umas manchas feias de sangue no chão, bem na esquina do corredor e em frente ao quarto dele...isso me dá arrepios.

Meu vestido falta quase subir todo, eu deveria ter procurado algo mais comprido. Mas essas roupas são justamente roupas que pertencem a mim, pois Pekai de alguma maneira foi a minha casa, entrou no quarto e me trouxe roupas minhas. Eu não queria mais usar as dela, tem cheiro de coisa velha e empoeirada.

Minha DeusaOnde histórias criam vida. Descubra agora