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_Então.. ainda gosta de margaridas?
Estávamos na estrada a alguns minutos, avistei a placa de boas vindas de Forks. Um silêncio confortável reinava no veículo, bom, até agora
_ Vai sempre ser minha flor favorita - observei o buquê de flores, sempre seria - eram as da mamãe também.
_ Como foi morar com Dean durante esses dois anos? - o homem ponderava entre olhar para mim e a estrada
_ Ah foi legal, e antes que pergunte, ele nunca levou nenhuma mulher enquanto estive lá.
_ E como anda a sua vida amorosa, senhor Charlie? - apertei os olhos com divertimento.
_ Do que você está falando, estou velho de mais pra isso mocinha - ele parecia envergonhado - eu quem deveria me preocupar em como lidar com os futuros pretendentes da minha filha mais nova.
_ Sem enrolação pai, o senhor é uma gracinha, aposto que as coroas de Forks devem cair matando no xerife.
_ A ideia do cartaz não foi minha, reconhece a letra? - apontou com a cabeça para o cartaz com letras em diferentes tons e formatos, sorri ao perceber que a letra do garoto não mudou muito desde os últimos anos.
_ Eles sabem que estou voltando?
_ Sim, os Clearwater estão loucos para te ver, Sue e Harry nos chamaram pra jantar amanhã. - concordei sorrindo, sinto falta deles.
(...)
O carro do xerife parou em frente a casa pintada de branco, fechei a porta do automóvel olhando ao redor, está do mesmo jeito que me lembro.
_ Isabella sabe que voltei?- suspirei passando as mãos no tecido jeans da calça - faz tempo que não conversamos.
_ Não contei a ela, quanto tempo exatamente? - papai me passou minha mala.
_ Desde o aniversário dela - Charlie me lançou um olhar cauteloso.
Seguimos até a porta, o homem seguiu na frente abrindo caminho com minha outra mala, depois de subir as escadas paramos em frente ao meu antigo quarto.
_ Vamos assistir o jogo de baseball hoje a noite certo, podemos pedir hambúrguer pra Janta - papai concordou, juro que vi a sombra de um sorriso em seu rosto - estou com saudades do nosso programa de pai e filha.
Com isso fui pro quarto, até tentaria organizar as roupas, mas estava tão cansada que acabei desabando na cama. Acordei duas horas depois, eram sete da noite.
_ Nossa, que horrenda - murmurei quando vi meu reflexo no espelho, depois de um longo banho de lavar até a alma, meu rosto ainda estava inchado, se isso era possível.
No meio do corredor me vi parada em frente a porta do quarto da minha irmã, depois de alguns minutos decidi que só encarar a porta não ia adiantar nada. Foram duas batidas até ouvir um ‘entra’ baixinho, passei as mãos no moletom e abri a porta colocando somente a cabeça dentro do quarto.
_ Oi - a garota pareceu paralisar, até que decidiu me encarar, era como estar vendo um morto, acredito que de certa forma Bella esteja.
_ Safira?! - seus olhos estavam marejados então ela veio em passos lentos até parar de frente pra mim - me desculpe por não te responder esses últimos meses.
Concordei com a cabeça puxando-a para um abraço, eu não tinha perdoado isso, mas não iria comentar agora.
_ Vá tomar banho e desça, faremos uma noite de pai e filhas - a afastei do abraço, ela já chorava novamente - ele merece depois de tudo o que aconteceu.
