Capítulo 4

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Gente, me desculpem, mas sem querer eu acabei excluindo o capítulo 4 original. Realmente não sei como isso foi acontecer mas aqui está uma versão o mais próxima possível da original! Obrigada pela compreensão e não esqueçam de dar aquele voto, é muito importante! Beijinhos!!

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- Meu Deus maninha, como você cresceu hein? - disse Luke sorridente ao se desvencilhar da irmã e abraçar a mãe que não conseguiu se segurar e agora derramava lágrimas de alegria.

Após cumprimentá-las me deu um simples aperto de mão e disse que era bom me ver. Confesso que foi menos do que eu esperava, mas o que eu podia fazer?

Fomos a uma lanchonete para conversar melhor. Ficava um pouco longe do aeroporto, por isso fomos de carro. Ao chegar, sentamos em uma mesa perto da janela. O estabelecimento ficava sempre bem cheio durante a semana, mas como era sábado, ele estava vazio.

- Então meu filho, como vai a escola?
- Ah mãe, a mesma chatice de sempre! Mas eu to pensando em cursar advocacia. O papai sempre disse que eu defendo meus ideais muito bem! - disse ele ajeitando uma gravata imaginária.

Todos caímos na gargalhada e continuamos a conversar por um longo tempo até que eu os deixei sozinhos para um momento em família. Saí caminhando em direção à minha casa, mas como o céu estava bem nublado, não foi nenhuma surpresa quando senti gotas d'água encharcarem minhas roupas com facilidade. Corri para dentro do primeiro local que encontrei.

Era uma papelaria que, assim como a lanchonete, estava vazia. Com a exceção de um casal de idosos, um pai com uma criança pequena, uma moça escolhendo cadernos e os funcionários, que deixavam bem claro que preferiam estar em qualquer outro lugar que não fosse o trabalho.

Para não ficar chato, resolvi comprar alguma coisa, afinal, eu precisava mesmo renovar o meu material escolar. Depois de escolher, entrei na fila do caixa que, na verdade, era composta apenas por mim e pela mulher dos cadernos, que estava na minha frente, de costas, aguardando a moça do caixa se organizar.

Quase pulei de susto quando a mulher se virou para trás. Minha mãe me encarava com o mesmo espanto. Ficamos nos encarando por um longo tempo e ela me olhava de um jeito como se implorasse para que eu iniciasse uma conversa. Não aguentei mais a tensão e resolvi puxar assunto.

- E aí, para que são os cadernos?

Tá, confesso que não foi o melhor início de conversa do mundo, mas eu estava tentando. Ela pareceu um pouco tensa ao responder, mas logo abriu um leve sorriso.

- Ah, são para anotações que faço dos meus alunos e das aulas. - ela parecia querer gaguejar, mas sua experiência como professora não permitiu. - Como se fosse um diário de bordo sabe? - Ela também lançava olhares nervosos para o pai com a garotinha.
- Hm, entendi. - respondi um pouco mais fria do que pretendia.

Chega, eu não aguentava mais aquilo

- Bom, se você não vai pagar, eu vou!

Ela estava claramente decepcionada com a breve conversa, mas já era um avanço. Após pagar, deixei a loja, já que a chuva havia diminuído bastante. Assim que passei pela porta, senti o vento frio batendo contra meu corpo. Resolvi dar uma última olhada para minha mãe, mas me arrependi quando a vi com o homem. Pareciam discutir bem baixinho para que a menina não escutasse. Qual seria a relação dela com os dois? Uma nova família que ela formou, talvez? Não queria saber.

Continuei a caminhar em direção à minha casa e estava tão distraída com meus próprios pensamentos que não vi o carro vindo em alta velocidade quando atravessei a rua.

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