— TODO MUNDO PRO CHÃO!
O grito grosso soou no ambiente seguido de uma arma sacada para fora do moletom preto causando um alvoroço. As pessoas no mercado foram rapidamente deitando no chão seguindo a ordem do homem mascarado enquanto alguns gritavam temendo por suas vidas.
Atrás do homem armado foi surgindo mais duas pessoas de vestes pretas, ambas com uma arma apontada para frente, mirando em quem ousasse se mexer.
— Ele disse pra ficar no chão, PORRA! — profere ríspida a figura feminina com um gorro rosa. Ela empurra com certa brutalidade um homem de meia idade que teimou em ficar de pé, mas logo se deita no chão ao ter a arma apontada em sua direção.
— Essa foi boa! — um elogio foi feito baixinho pelo outro homem mascarado ao seu lado.
— Eu sei! Não foi demais? — por um momento a mulher deixou a empolgação transparecer mandando o profissionalismo para o ralo.
— Cala a boca vocês dois! Foco, gente. — O líder entre eles repreendeu, fazendo ambos retomarem suas posturas e seguirem o roteiro ensaiado minuciosamente na noite anterior.
O mais alto entre eles se prontificou a averiguar os corredores, fazendo uma vistoria no local, encontrando mais pessoas e as levando para a área dos caixas, junto aos demais reféns.
— Tá legal, vamo passando os celulares. Isso, bota tudo na cestinha! — a voz feminina dita passando entre cada refém coletando seus aparelhos com uma cestinha de compras do mercado. Não iriam roubar os celulares, só recolheram para que não ocorra nenhum encontro desagradável com a polícia.
Park Jimin, o tal líder em questão, corre os olhos pelo ambiente tentando cair na real de que aquilo estava de fato acontecendo. Ele estava assaltando um mercadinho. A adrenalina pelo ato entra em conjunto com sua ansiedade que estava à beira de um ataque de pânico. A cada segundo que se passa, sua mente era atormentada por pensamentos negativos onde o melhor dentre eles resultava nele usando um terrível uniforme laranja dividindo a cela com seu amigo e cumplice, Kim Seokjin, enquanto ambos se lamentavam por estarem presos e, ainda por cima, separado de sua meia irmã e cumplice, Shin Hari. Se esse é o melhor cenário, ele não queria nem pensar no quão tudo pode piorar.
Após se despertar de seus devaneios com o choro agudo de uma criança, Jimin balança a cabeça e ajeita a touca cinza em seu rosto, logo se prontifica a falar.
— Eu quero saber quem é o gerente dessa porra! — falou mais uma vez com a voz mais imponente que conseguiu. Os funcionários uniformizados pelas camisetas amarelas se entreolharam, mas nenhum ousou se pronunciar. — Eu vou meter bala nessa puta se a porra do gerente não aparecer!
Um grito estridente preencheu o ambiente assim que o homem puxa a funcionária mais próxima de si pela gola da camisa, levando o cano da arma de airsoft, com sua ponta originalmente laranja pintada de preto, de encontro com a cabeça da mulher.
— SOU EU. — levanta um homem magro com vestes engomadinhas e cabeleira castanha com um alto topete. — Por favor não atire! Ela é a funcionária do mês.
Segurando a vontade de rir com a súplica do chefe para a pobre refém, Jimin a solta. Fez um breve aceno de cabeça a Hari, a garota acena de volta imitando o gesto e vai em direção ao gerente.
— Vambora , garotão! Temos essa mochila inteira pra encher.
Apreensivo, o homem caminha até sua pequena sala, que continha sua mesa, computador, algumas papeladas e o cofre de metal mediano.
Ajoelhado em frente ao móvel, Jung Hoseok eleva suas mãos trêmulas até as teclas numéricas inserindo a senha com o olhar atento da mulher sobre si.
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Good Boy
FanficAo se depararem com uma crise financeira e problemas pessoais, Park Jimin, Shin Hari e Kim Seokjin tomam a decisão de assaltar um mercadinho local. Os três só não esperavam que tal crime resultaria em um envolvimento com a gangue criminosa mais pro...