Live It Out || DRARRY

Chapter 2

7891 palavras

***

"Chame Draco!"

Ele ouviu a comoção frenética por trás dele e deixou cair sua xícara de chá em seu pires. Com o Senhor das Trevas desaparecido, seus pais finalmente acharam melhor visitá-lo e toda a produção parecia enviada e falsa.

Mas agora algo estava acontecendo. O Senhor das Trevas estava, felizmente, fora na Alemanha ou algo assim, mas definitivamente havia outros visitantes na mansão e Draco podia sentir tensão no ar.

A mãe dele voltou rapidamente para a sala de estar. "Eles dizem que têm Potter."
A cadeira de Lucius quase derrubeu em sua emoção. Draco, no entanto, sentiu como se alguém tivesse anexado um Amuleto Permanente à sua bunda. "Draco, venha aqui."

Os pesos de chumbo pareciam suportar seus movimentos enquanto Draco se levantava lentamente de sua poltrona.

Foi isso? Se eles realmente tivessem Potter, então o Senhor das Trevas chegaria em breve, acabaria com a vida do idiota e a guerra acabaria.

Mas Luna havia prometido que o bem triunfaria...

Draco quase vomitou quando viu que Fenrir Greyback estava de pé do outro lado da sala de estar. Amarrado atrás dele estava Dean Thomas, um dos únicos Grifinórias com os quais Draco não teve problemas, um Goblin, Granger e Weasley. Puxado para o lado estava um indivíduo horrivelmente desfigurado com o mesmo cabelo tragicamente fantástico de Potter, mas vários centímetros mais longo do que Draco se lembrava. Ele também tinha os mesmos óculos estúpidos e roupas feias—agora sujas. Merlin. Ele estava até usando aqueles malditos tênis vermelhos que seguiram Draco durante todo o sexto ano. Cristo.

E essa era a pessoa com quem todos estavam contando para salvá-los? Para derrotar o Senhor das Trevas?

Draco quase riu. Quase. Em vez disso, ele engoliu o caroço na garganta enquanto Fenrir Greyback se virou para ele e rosnou: "Bem, garoto?"

Draco deu um passo hesitante adiante. O que ele deveria dizer? Se ele disse que era Potter, então estava tudo acabado.

Mas não era isso que ele queria?

"Bem, Draco?" O pai dele parecia quase maníaco. "É? É o Harry Potter?"

Tempo. Ele precisava de mais tempo! Draco não poderia simplesmente—apenas acabar com tudo! Com Potter olhando tudo... o que diabos havia de errado com ele, afinal?

Não. Ele apenas— "Eu não posso-não posso ter certeza." Potter estava olhando para os pés dele. Havia um dedo do pé cutucando o canto de seus sapatos.

"Mas olhe para ele com cuidado, olhe! Aproxime-se!"

Draco lançou um olhar preocupado em seu pai. Ele sabia que Azkaban havia mudado o homem, mas esta foi a primeira vez que Draco se sentiu verdadeiramente assustado.

"Draco", continuou Lucius, seu cabelo loiro caindo sobre seu rosto magro enquanto seus olhos se esfregavam descontroladamente sobre a figura de Potter. "Se formos nós que entregarmos Potter ao Senhor das Trevas, tudo será perdoado—"

Os ladrões interromperam e Draco teve que olhar para longe de seu pai e voltar para Potter. Foi incrível que ninguém mais pudesse dizer que era ele. Draco conheceria Potter a uma milha de distância, talvez sem nenhum rosto.

Draco se distraiu daquele pensamento estranho por um momento pelo som de Luna cantando "Nettle Wine Weekend" de Stubby Boardman, um andar abaixo.

"Há algo lá", sussurrou o pai dele. "Pode ser a cicatriz, esticada... Draco, venha aqui, olhe corretamente! O que você acha?"