Prólogo

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4 anos antes

  Lá estava Lena, voltando para casa depois de 3 longos meses em New Jersey para ficar o final de semana que seria o aniversário do seu namorado. Eles tinham brigado há algumas semanas atrás por conta desse aniversário, Lena estava muito ocupada com os ensaios e a nova escola e Rafe não entendia isso, achava que a garota estava arrumando desculpas para ficar longe dele, o que era a mais pura mentira, ela sentia a falta de casa todos os dias. No final das contas a mesma conseguiu se desdobrar para passar o final de semana com o menino, mas decidiu não o avisar da chegada. (Isso foi a pior decisão a se tomar)

LENA'S POV:

  Cheguei em casa já atrasada para a festa do Rafe, seria na casa do Topper mas como não era longe fui andando mesmo. O sol já se punha em Outer Banks, o que deixa a paisagem ainda mais bonita, sentia muita falta disso, por mais que eu ame o ballet eu também amo a minha vida aqui, amo meus amigos, amo estar perto da minha família e amo ter meu namorado por perto. Meus pensamentos voaram quando cheguei na residência Thornton  e o jardineiro disse que a festa era no barco da família. Atravessei o pier, a música estava alta, tinha muita gente e muita bebida, as pessoas começaram a me olhar surpresas mas não de um jeito bom, foi quando entrei no barco entendi o motivo dos olhares que agora eram de pena. Meu namorado se agarrando no sofá com uma colega de classe... 

  Eu congelei, fiquei imóvel, não tinha expressão nenhuma, eu só queria ir embora mas ele me viu e praticamente jogou a menina para o outro lado do sofá. Ela tinha um sorriso no rosto, ele estava se levantado ainda atordoado, eu estava me virando e indo embora o mais rápido que podia e a festa em completo silêncio.

   Quando finalmente cheguei na fachada da casa sinto a mão de Rafe puxando meu braço e suplicando por alguns segundos de explicação:

-Lena por favor, espera! Eu posso expli...

- Não precisa de explicação Rafe, eu vi você beijando a vadia da Becca! - Meus olhos já estavam cheios de água.

- Calma Lena também não precisa falar assim, ela não fez nada! - O jeito que ele protegeu ela doeu - A gente terminou lembra? Não acho legal você ver mas eu estou solteiro.

- A gente terminou?! A gente teve uma discussão seu idiota, foi só uma discussão! - Nesse momento as lágrimas pesadas caiam pelo meu rosto - Naquela briga idiota você disse que eu só pensava em mim, mas na verdade só eu estava pensando em nós dois. Não é mesmo Rafe?

- Nós dois sabíamos que isso não duraria Helena - Eu o olhei incrédula e ele percebeu o que falou- Me desculpa Lena, eu não quis dizer isso. - Disse enquanto tentava pegar a minha mão, tentativa falha.

- Quer saber? Isso é uma coisa que nós nunca saberemos... porque você fudeu tudo Rafe - Eu gritava - Mas agora você está livre pra comer a puta que quiser, porque agora a gente realmente terminou! Meu irmão vai deixar suas coisas amanhã na sua casa, e isso... - Tirei a aliança de compromisso e joguei no lago das carpas - Pode ficar com você também! - Ele se manteve no mesmo lugar

  Saí correndo e só parei quando a porta do meu quarto bateu, me joguei na cama e chorei até cair no sono.

  Eram 4:20 quando eu acordei, olhos vermelhos, rosto inchado e um coração partido. Abri as portas do guarda roupa e tirei tudo que me lembrasse dele e encaixotei, peguei meu celular e tinha 17 ligações perdidas e um milhão de mensagens do Rafe (joguei o celular na parede), deixei a caixa na porta do quarto com um bilhete "Deixe essa caixa na frente da casa dos Cameron. Não quero falar sobre isso agora mas prometo que ficarei bem". Voltei a dormir

  Alguém estava batendo na porta do meu quarto, olhei no relógio 15:09:

- Não tem ninguém - A voz saiu abafada

- Que ótimo, então ninguém vai se importar se eu matar o hijo de puta do Cameron! - Meu irmão já tinha entrado no quarto - O que houve?

- Eu disse no bilhete que não quero falar agora - Minha cabeça ainda estava enterrada no travesseiro - Mas ai vai um resumo, Rafe es un idiota y ahora tengo un par de cuernos.

- Um animal sem chifres é um animal indefeso - Olhei severamente para ele - Foi mal... Posso fazer alguma coisa? 

- Me leva ao porto para pegar a balsa?

- Levo sim, me dá uns 20 minutos.

  No caminho do porto nenhum de nós dois disse uma palavra se quer. Quando chegamos Miguel me deu minhas malas e um beijo na testa, eu sorri. Ele estava indo embora, então eu gritei: 

- Miguelito - virou-se rapidamente e acenou com a cabeça para sinalizar que estava ouvindo - Muchas gracias, Te amo.

Yo también te amo Leninha.

  Assim ele foi embora e eu sabia que não iria voltar tão cedo para Outer Banks.


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