capítulo 5

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Enquanto caminhava pelo pequeno vilarejo senti uma sensação ruim, como se algo ruim fosse acontecer, mas resolvi deixar de lado

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Enquanto caminhava pelo pequeno vilarejo senti uma sensação ruim, como se algo ruim fosse acontecer, mas resolvi deixar de lado.

Achei as coisas que eu precisava para fazer os bolinhos para Liz, comprei tudo e resolvi dar mais uma andada pelo pequeno lugar. Após um tempo andando aquela sensação ruim tinha voltado e eu decidi ir embora.

Apressei meus passos ao sentir a dor em meu peito ficar mais forte, comecei a correr em direção a casa o mais rápido que eu pude.

Assim que cheguei perto da casa pude ver a porta aberta, entrei na casa vendo as coisas todas quebradas e uma bagunça total, meu coração disparou e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas.

— LIZ, LIZ CADÊ VOCÊ— gritei ao passar pela porta, a essa altura minhas lágrimas se escorriam pelo meu rosto.

escutei um pequeno gemido de dor vindo da cozinha e corri até a cozinha de onde vinha o gemido e me deparei com uma cena que eu com toda certeza gostaria de apagar. Liz tinha um grande pedaço de vidro em sua barriga e saia muito sangue e em seu rosto tinha alguns cortes. Senti minhas pernas vacilarem por alguns segundos e corri em sua direção, Liz estava sentada escorada em pequeno armário que tinha ali.

— Ayla— sua voz soou fraca, mas parecia feliz. Como era possível?.

— Liz o que houve?, me fala— eu me ajoelhei ao seu lado acariciando seu cabelo.

— Tá tudo bem, tá tudo bem minha pequenita— Liz dizia com certa dificuldade acariciando minha bochecha.

— Liz, como eu te ajudo?, o que eu faço?, como isso tudo aconteceu?— eu a enchia de perguntas.

— Não tem nada para se fazer, fique aqui comigo, até toda dor acabar— ela me pediu com os olhos cheios de lágrimas.

— Foi por minha causa? Me desculpa, me perdoa Liz, mas não me deixe.

—Você me salvou, ter cuidado de você foi apenas uma dádiva em minha vida, nada é culpa sua minha pequenita— suas mãos me puxaram para perto e ela depositou um beijo em minha testa. — Foram bruxas Ayla, infelizmente uma bruxa nunca se ajuda um vampiro, eu sabia das consequências e corri o risco.

Senti minha garganta trancar com o choro preso em minha garganta e minhas lágrimas escorriam descontroladamente.

Era culpa minha

— Obrigada por tudo Liz, e me perdoa pelas coisas que eu disse mais cedo.

— Está tudo b-eem, ja pa-ssou— sua fala estava cada vez mais fraca e sua respiração ficando fraca, ela estava morrendo nos meus braços.

Liz se acomodou em meus braços e me abraçou com toda força que ainda estava, todo meu corpo doía, minha garganta estava doendo tanto, minha alma parecia gritar tão alto por socorro e ninguém ouvia.

— Eu te amo— Liz susurrou baixinho para que eu escutasse.

— Eu te amo Liz— digo com a voz embargada pelo choro.

— Feliz aniversário Ayla— essas foram suas últimas palavras. Após dizer isso Liz já não respirava mais, e seu coração com toda certeza já não batia.

Liz morreu.

Liz morreu no meu aniversário de dezeseis anos.

Apertei o corpo de Liz desejando que ela acordasse, desejando que tudo fosse um pesadelo, que Liz aparecesse e me acordasse com aquele sorriso que eu adorava.

Tirei o corpo da Liz de cima de mim e tentei me levantar, mas falhei pois minhas pernas estavam fracas.

...

Joguei o corpo da Liz dentro do buraco recém cavado por MIM, cobri o buraco novamente e voltei para dentro da casa.

Comecei a arrumar a casa rapidamente, eu não chorava mais, parecia anestesiada pela dor, eu parecia não me importar com a dor, ou talvez eu só ignorava, eu estava confusa, me sentia perdida e sem rumo algum.

Me sentei na poltrona e pude sentir as lagrimas quererem descer novamente, mas nada descia, as lagrimas pareciam ter se esgotado, o nó na garganta ainda se fazia presente, a dor ainda estava ali, tudo na casa me lembrava ela, ela nunca mais voltaria.

Mesmo que eu já tivesse arrumado tudo, tivesse tirado os cacos de vidros do local, ainda conseguia enxergar toda aquela bagunça, todos os vidros quebrados.

A cada respiração eu sentia meu corpo pesar mais, e a dor tomar conta de mim, senti meu corpo amolecer e me encostei na poltrona sabendo o que aconteceria a seguir.

Eu corri o mais rápido que podia para Liz não me alcançar, derrepente ela sumiu, me escondi atrás da poltrona e fechei meus olhinhos.

— Achei você, pequenita — gritou me pegando no colo e fazendo cócegas na minha barriga.

— Liz, pa-ra e-u vou fazer xixi n-a roupa— disse com dificuldade.

— Ta bom, princesa — disse depositando um beijo em minha bochecha. — O que você da gente fazer um bolo?— Liz perguntou me colocando no chão.

Eu amo os bolos da Liz, são os melhores.

— Ebaaa, eu quero tia Liz — digo saltitando até a cozinha.

Acordei sentindo meu pescoço doer, o sonho que na verdade eram memórias doíam tanto, as memórias machucam e eu descobri isso da pior forma possível.

Eu sequer dei o enterro que Liz realmente merecia, mas eu realmente não consigo isso sozinha, eu preciso de alguém, eu sempre preciso..

Quem sabe um dia eu possa fazer um enterro digno para ela, mas isso não acontecerá agora.

Mamãe e tio Elijah com toda certeza não iram aparecer por esses dias, eu iria ter que aguentar tudo realmente sozinha, eu queria a minha mãe, queria o abraço dela e me sentir protegida novamente, talvez eu só seja uma criança que precisa da mãe.

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Só Deus sabe como tá a mente do palhaço dps desse capítulo aqui. Demorei pra escrever esse  pq eu não queria fazer isso com a Liz

• Minha pequena Ayla ainda é apenas uma criança sim!, inclusive tudo isso é pra uma evolução dela (ela só precisava de uma família, de amor e carinho)

• Comentem por favor e deixam a estrela.

A filha da Katherine  e Klaus Onde histórias criam vida. Descubra agora