A Chave da Sobrevivência

Passeio à 2

-Amor, amor acorda!- Mary me chamava. Abri meus olhos e vi que ja era tarde e o sol já iluminava todo o quarto.
Estavam todos acordados. Charlie estava deitado na rede e Maicon e Clarisse se arrumavam para caminhar.
Me levantei da cama, fui até o banheiro e tomei um bom banho, escovei os dentes e fui procurar algo para comer. Na mesa não havia nada demais, então preferi o bom e velho café com leite e pão com manteiga... Quando fui levar os talheres e louças que usei para a pia, não pude deixar de olhar, parar e pensar... -O que essa cadeira, sozinha estava fazendo aqui, bem no meio da cozinha?-.
- Amor, vamos fazer algo lá fora?- Disse Mary, que parecia estar perdendo o medo daquele lugar.
-Vamos amor, o que quer fazer?- Perguntei entusiasmado.
- Vamos você e eu até aquela colina?- Disse apontando para a janela. Olhando podia ver uma pequena colina a pouco mais de um quilômetro de distância.
- Ok, vamos!- Confirmei.
Pegamos garrafas d'água, colocamos na mochila e Mary insistiu em levarmos algo para comer. Enfiamos tudo dentro da mochila e fomos saindo...
O brilho do sol era forte, mas não fazia tanto calor. Era um belo dia, sem nuvens no céu, o clima fresco e o ar sem poluição me agradava muito.
Acenamos para os três, o outro casal acenou devolta e Charlie nos deu um sorriso malicioso e besta como sempre. Continuamos caminhando... até chegarmos no caminho por entre a floresta que teríamos de passar, Mary segurou minha mão forte e entramos. Como todas as trilhas naquela floresta, esta estava velha e já cheia de mato, sorte a minha estar de calça e azar de Mary ter que parar para se coçar a todo momento. Era frio, eu estava arrepiado e estava preocupado, muito mais com Mary do que comigo mesmo -Se aquele homem realmemte existe e está por aqui... imagine o risco que minha Mary pode correr...-. Caminhamos em silêncio até chegarmos ao final da trilha que dava no pé da colina.
- Uffa, calma... Deixa eu respirar- Disse à ela ofegante.
- Tudo bem, vamos beber um pouco d'água... - Respondeu.
- Meu anjo, você sente algo estranho por aqui?- Perguntei...
- Não, mas como assim algo estranho?- Me olhou confusa.
- Nada meu amor, é besteira, brincadeira minha... - Disse-lhe tentando disfarçar e mudar o rumo da conversa, não parecia ser a hora de falar sobre isso.
-Bobo, assim você me assusta poxa... - Ela respondeu sorrindo. -Vamos?-.
-Vamoos!- Respondi com entusiasmo.
Subimos aquela colinha devagar, foi cansativo, mas a vista com certeza fez valer a pena, podiamos ver o lago e o grupo de colinas mais atrás, o Sol das 16:00 dava um toque majestoso no brilho daquelas águas...
Paramos, descansamos e desembrulhamos alguns sanduíches, estava muito bom, ficamos comendo, apreciando a paisagem e aproveitando o momento romântico só nós dois... Eu a olhava, nós sorriamos e nos beijavamos, foi tudo perfeito, até que...