𓏲 ⌗ 𝓣. 𝓒𝖺𝗉𝗂𝗍𝗎𝗅𝗈 ── 💌

129 24 0
                                    

O sol nascia no horizonte e a luz do mesmo entrava no quarto do humano Jeongin . O garoto tinha a mania de deixar sua janela aberta durante à noite para apreciar a brisa fresca da noite, a única parte ruim era quando chovia ou acordava com raios de sol fortíssimos, como hoje. O Yang se levantou a contra gosto e alongou seus braços à cima da cabeça. Ao olhar para a gaveta onde a fada se encontrava na noite anterior, não achou a mesma. Um pequeno desespero lhe invadiu quando não viu Felix, porém foram só alguns segundos para ele perceber que o ser serelepe estava em cima do abajur.

─ Como você subiu ai em cima? ─ A fada deu de ombros e continuou balançando seus pés enquanto sorria para o humano. ─ Okay, quero explicações depois, por hora, bom dia! Como está sentindo? ─ Lee sinalizou um retângulo com suas mãos e um cilindro. ─ Ah claro, você precisa de um lugar para escrever.

Jeongin tomou coragem para sair do quentinho de suas cobertas e foi para a sala pegar um caderno de anotações quase intacto. Ao voltar para seu quarto, viu o ser pequenino tentando descer do abajur, falhando e acabando por cair no final dele. O Yang se sentou em sua cama, ao lado da cômoda, e pegou o ser em suas mãos, analisando-o para checar se possuía algum novo machucado, mas por sorte a altura não era suficiente para machuca-lo.

─ Não suba em lugares assim novamente! Poderia ter se machucado feio Felix ! ─ Yang dramatizou enquanto colocava a fada no móvel de novo e deixava à sua disposição o caderno e a caneta.

─ "Drama." ─ O menor escreveu.

─ Vou ignorar isso. Como está se sentindo hoje?─ "Bem melhor. Olha." ─ Felix largou o lápis e apontou para sua asa, mostrando uma pontinha que crescia devagar.

─ Isso é ótimo, logo estará curado e poderá voltar para sua família! ─ Mesmo com a animação do maior, o sorriso da fadinha caiu um pouco, pequeno mas perceptível para os olhos do humano. ─ Está tudo bem? Parece desanimado.

─ "Não! Estou feliz, isto é bom!" ─ O ser escreveu tão rápido que a letra saiu quase indecifrável.

─ Okay então, qualquer problema me avise. ─ Ele assentiu. ─ Vamos tomar um café da manhã e eu verei se suas roupas estão secas.

Novamente Jeongin carregou a fada para a cozinha e a deixou no balcão junto ao caderno enquanto colocava comida para seus gatos, que até o momento não tinham visto o ser pequeno. Ao voltar para o cômodo, viu a "Fada humano" sentado plenamente em um dos bancos altos, estranhamente vestido com as roupas do boneco, que agora estavam num tamanho bem maior que o original.

─ Acho que eu vou parar de me questionar sobre essas coisas estranhas, você é um ser místico, eu não deveria estar tão surpreso com coisas como uma roupa de boneco crescendo. ─ Brincou pegando alguns biscoitos orgânicos e um copo de leite para a fada; E um pão de frios e café para ele. Achou que não seria saudável dar coisas industrializadas para um serzinho acostumado com o natural. ─ Agora gostaria de perguntar de novo já que ontem não consegui, para onde vão suas asas?

─ É complicado de explicar, mas basicamente, é como se ela "sumissem" e toda sua magia ficasse guardada dentro de mim, como já expliquei, mas para onde elas vão ainda é um mistério para mim. ─ As bochechas de Felix ficaram rosadas como seu cabelo enquanto ele colocava um dos biscoitos em sua boca. ── Para mim tudo que envolve fadas e coisas fantasiosas ainda é um mistério. Às vezes penso que estou doido e você é só uma alucinação da minha loucura. ─ Felix o encarou seriamente e deu um tapa em seu braço. ─ Ai! Para que isso?

─ Uma alucinação te bateria?

─ Acho que não?

─ Resolvido, você não está doido.

Durante o café da manhã, ambos conversaram muito sobre a humanidade e os seres místicos. O Ler explicou que não só fadas existiam, elfos, sereias, híbridos e muito mais, todos também escondidos pelo mundo humano. Era difícil de acreditar, mas pela história que o ser contava, essas espécies "fantasiosas" já tinham vivido com os humanos. Porém a humanidade ficou cada vez mais má e só queria saber dos poderes que ganhariam com os seres místicos, então eles precisaram se esconder para sempre, ou pelo menos quase.

─ Isso é tão horrível! Às vezes é uma vergonha fazer parte dessa espécie que chamamos de "humanos".

Felix estava encantado e horrorizado ao mesmo tempo. Talvez se sua espécie não fosse tão predatória e destrutiva, os seres de contos de fadas ainda viveriam com eles. Com a cabeça cheia de pensamentos, o Yang mal viu quando Felix voltou a ser uma fada miúda sentada no banco com uma bolacha caída ao seu lado.

─ Hey, acho que dessa fez você ficou mais tempo como humano! Precisamos cronometrar o tempo para saber se está aumentando. ─ O pequeno assentiu rápido. ─ Nossa, como o tempo passou rápido, preciso ir para meu trabalho.

Felix procurou impedir a humano balançando os bracinhos e pulando. Não queria ficar naquele casa enorme sozinho e sem a ajuda dele para ir aos lugares. Ainda tinha os gatos assustadores, o que fariam com a pequena fadinha quando estivessem sozinhos?!

─ "Você não pode ficar?" ─ Ele escreveu. ─ "Tenho medo dos gatos"

─ Eles não vão te fazer mal algum, confie em mim. Vou te deixar na cômoda do quarto com algumas frutas caso sentir fome e eles nem vão te ver lá. ─ A fada ponderou por um tempo e concordou em ficar sozinho. ─ Ah, quase ia me esquecendo.

O Yang foi até a pia e tirou do mini-varal improvisado as roupinhas adoráveis brancas do menor e as entregou. Novamente, o maior virou-se para deixar Felix se trocar sem problemas e ouviu um assobio baixo o chamando. Jeongin pegou um pote pequeno e colocou algumas frutas variadas para Felix.

─ Eu já vou indo, devo chegar daqui poucas horas. Tchau Felix!

Quando, infelizmente, Jeongin saiu de casa para ir ao seu trabalho, a fada nem pensava nos desafios que um pequeno serzinho poderia enfrentar numa casa cheia de gatos e lugares altos.

 𝗙𝗔𝗜𝗥𝗬 ❪ Jeonlix ❫  ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora