Ando ultimamente tentando loucamente entender os sentimentos rebuliços que vivem dentro de mim. Aquela louca sensação de não saber mais nomear certos sentimentos que antes tinha totalmente certeza do que se tratava.
Palavras que anteriormente eram usadas com alegria e com certeza, hoje não parecem mais as mesmas. Antes chamávamos todos que conhecíamos de amigo. Até aquela pessoa que conviveu por meses e no qual mal disse uma palavra, a considerávamos parte importante do nosso dia a dia, por mais que tudo indicasse o contrário.
Pessoas que antes eram muito próximas nos decepcionam tanto que nos fazem perguntar se realmente as conhecíamos e hoje já não sei o que dizer sobre elas.
Fico triste, choro escondida debaixo das cobertas enquanto tento pegar no sono. Um meio de esquecer as dores e que me faz ver que é tudo apenas temporário, afinal na manhã seguintes tem que levantar a cabeça e tentar seguir em frente sorrindo, mesmo que por dentro estejamos chorando sangue. Um modo de mostrar que somos fortes por mais dura que seja a queda. É a forma silenciosa em que dizemos para nós mesmos que amanhã pode ser melhor que ontem e que existe alguém ali bem ao lado que precisa de um sorriso. O nosso.
É nesses momentos que percebo que cresci sem perceber. Que já não sou uma criança que pouco entendia sobre o mundo e sim alguém capaz de distinguir branco do preto. Capaz de entender que certos nomes já não podem ser usados para todo mundo.
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Desabafos de uma escritora
Non-FictionSabe aquela vontade de falar sobre algo e não tem ninguém para te escutar? Bem, acredito que todo mundo já sentiu um dia. Se estiver lendo isso saiba que esse é um desabafo de uma escritora que só precisa desabafar.