a morte das estrelas

A promessa de duas estrelas

Sirius.

Eu acordo com a sensação de gotas de água caindo sobre o meu nariz.

Abro meus olhos lentamente, sendo a primeira coisa que vejo, o teto do mercadinho.
Cheio de goteiras.

Mais gotas caem em cima de mim e eu começo a me incomodar.

Que frio...

Eu estava de barriga para cima.
Inclinei meu corpo para o lado na esperança de escapar das goteiras.

Antes tudo estava um pouco embaçado pois eu ainda estava despertando, mas de repente as coisas começam a ficar mais claras...

E eu me deparo com o rosto de Atlas a centímetros do meu.

Céus... eu não deveria ter mudado de posição.

Eu tento voltar ao lugar em que eu estava novamente mas...

O sol que entra pela faz os cabelos castanhos de Atlas ficarem em um tom mais claro.

Eu começo a encarar o rosto dele, analisando seus detalhes.

Ele tem uma pinta perto do pescoço...

E cílios bem longos também, que agora estão bem loiros por conta do sol que bate em seu rosto.

É uma visão bem angelical.

Os lábios dele estão entre-abertos.

São tão rosados...

...

Inconscientemente meus dedos começam a se aproximar do rosto do homem que estava ao meu lado.

Para tocá-lo?

Nem eu sei...

Meus dedos roçam nos lábios dele levemente...

O que está acontecendo comigo?

Minha mente parece tão fora da realidade...

...

— Sirius?

Eu volto a realidade ao perceber a voz de Atlas chamando o meu nome.

— Ah! O...lá Atlas.

Eu disse piguerrando e me afastando dele,
eu comecei a sentir minhas orelhas e rosto ficarem quentes.

— Então? Tava me admirando?

Atlas soltou uma leve risada, os lábios dele se curvaram em um sorriso tímido..? Eu não sei...

— Eu? Eu mesmo não!

O moreno arqueou uma sombrancelha e deu de ombros. Os olhos dele encaravam os meus, ele tem um olhar de peixe morto mas é até um pouco bonito.

eu acho.

Ok, é bastante bonito! É como se fosse uma droga viciante mas que ao mesmo tempo também prejudica.

Ele seria uma bela nicotina.

— Então?

Atlas tossiu para chamar a minha atenção.

— Então o que?

Eu o respondo, voltando a realidade pela segunda vez.

— Você está me encarando faz uns 5 minutos, usou drogas?

Talvez? Não...?

Sim?

— Não!

Digo com a voz levemente elevada.