C-uidadoso

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Excesso de cuidados e trabalho, uma vida apertada

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Excesso de cuidados e trabalho, uma vida apertada

Choso Kamo sempre foi um irmão mais velho extremamente dedicado, tendo de cuidar de três irmãos menores mais a casa, nunca reclamou, mesmo que as vezes o cansaço falasse mais alto, Kechizu e Eso eram um pouco mais velhos apresentando entre sete e dez anos, mas o pequeno Yuji, por ser o mais novo  precisava de mais atenção por ter apenas cinco anos. Choso as vezes se via desesperado e até mesmo pensava em trocar de emprego, aos vinte e quatro anos e meio, o moreno nunca teve vida social que não fosse o trabalho, já que seu pai foi covarde o suficiente para abandoná-lo ainda pequeno e talvez seja pela falta de afeto com o que sofreu por todo esse tempo, que quando, seus irmãos de sangue precisavam de um parente ele não hesitou em assumir tal responsabilidade, ainda no fim da vida jovem e agora o homem se via extremamente desanimado, lidando com a guarda compartilhada de Kechizu e Eso, já que as mães resolveram exigir.

É muito mais fácil resolver ser mãe quando lhe convém, quando alguém já proveu a parte mais difícil e acima de tudo fez o seu papel. Na época em que as mulheres perderam as guardas, não tinham onde cair morta, agora são trabalhadoras independentes e estáveis o suficiente para cuidar da própria cria. Yuji era o único que não se encaixava nessa linhagem, sendo um Itadori e não um Kamo, cujo o único parente vivo era o avô, idoso demais para ter direito a guarda do neto.

O homem respirou fundo saindo do escritório de advocacia arrasado, aquela já era a terceira tentativa de recorrer a guarda compartilhada dos irmãos.
No entanto,  o juiz deu seu ponto decisivo e agora seria ele a dividir os dias com as mães.  Como todos trabalhavam,  Ysaline e Amend mães respectivamente de Kechizu e Eso, decidiram por um colégio integral o que feriu mais ainda o jovem Kamo que agora tinha menos tempo com ambos e óbvio que isso afetou o pequeno Yuji, acostumado com Kechizu e Eso, onde Eso tomava conta deles enquanto Choso estava no trabalho.

-- Ah merda o que eu faço? -- O moreno se  questionou a caminho do trabalho, quando chegou na empresa ao qual já era um senior devido aos conhecimentos e trabalho externo, foi impossível de não questionarem.

-- Meu bem, você está terrível. -- A voz da mulher de longos fios loiros e olhos escuros nem fez efeito e ela suspirou. -- Choso você precisa descansar.

-- Chiasa qual são as minhas funções de hoje? -- Ignorou-a e ela revirou os olhos, Choso era um homem bonito, entretanto pouco cuidado, com olhos escuros e cabelos pretos curtos presos em dois pompons, nada tradicional se for por em cheque o fato de usar um terno, para a mulher ele tinha um certo mistério que o tornava extremamente atraente fora que carregava a responsabilidade de cuidar dos irmãos o que deixava-a ainda mais interessada e por falar neles, a mesa do moreno era repleta de coisas sobre a família. Um porta lápis feito por Kechizu quando tinha cinco anos, uma carteira para descarte de papel feito por Eso aos sete e agora um quadro com a foto de todos eles feito pelo pequeno Yuji, cujos cabelos cor de rosa repicados e olhos em tom amêndoa traziam uma doce alegria à família. No entanto, a vida de Choso tornava-se cada vez mais agitada com o acúmulo de responsabilidades e o trabalho que exigia cada vez mais, em poucas semanas após a perda da  ocorrência, chegaram os honorários do advogado e ele pagou, então Yuji que nunca em toda sua vida ficou doente, caiu em uma febre intensa, resultado da tristeza emocional de ser separado dos outros.

O pequeno levou dias para melhorar, sempre indo ao hospital para check up e nesse meio tempo Choso ficou afastado do trabalho intenso, no modo home office e agora tinha que arcar com as despesas médicas de Yuji, o serviço doméstico acumulado, o trabalho que foi passado para Miguel e que agora retornava para suas mãos e a educação dos irmãos. O mundo parecia ruir nas costas do moreno que não se importava, desde que seus irmãos, o bem mais precioso que tem, estejam seguros.

Mas... Como Choso continuaria cuidando deles, se não se prezava pelo mínimo?

A resposta é simples, ele não conseguiria. Não quando em uma manhã fria, sucumbiu a febre, ainda assim levou as crianças para a escola e deixou Yuji com o avô. O problema de verdade ocorreu no trabalho levando o moreno a desmaiar após uma reunião.

Seu trabalho exigia muito dele, e a falta de tempo estava começando a afetar seu relacionamento com Yuji e isso resvalava em sua produção no ambiente empresarial. Choso estava sufocando por todos os lado e sempre foi orgulhoso e calado demais para pedir ajuda, ou sequer pensar que poderia ser ajudado e que isso não seria motivo de vergonha e as pessoas ao redor começaram a perceber. Não  espere que os outros queiram ajudar, mas quando isso resvala em todos, a interferência se faz necessária e foi pensando desse jeito que Jogo, o chefe de setor entrou e, contato com o CEO da empresa para averiguar a situação.

Choso nunca foi de faltar e em menos de dois meses, faltou mais do que todos os anos que trabalhou eliminando até mesmo as férias,  o trabalho impecável passou a possuir falhas e acima de tudo pediu a transferência para o ambiente particular co hecido como casa.

A reunião entre o líder de setor e o dono da empresa durou pouco. O homem de longos cabelos em tom ébano pó auto já sabia o que estava acontecendo,  chegou a sorrir minimamente com a recordação de como foi criar um império e ser pai solo e sem apoio familiar.

No atual momento Choso encarava Geto um pouco desconfiado, seu atual chefe e dono da empresa estava mais sério que o normal.

-- Que tal me dizer o que está acontecendo?

Choso não poderia mentir, entretanto, não falaria de sua vida particular.

-- Só estou um pouco cansado. -- Afirmou levando Geto a sorrir levemente.

-- Claro, claro. Olha, indo direto ao ponto, eu sei o quanto ser pai é cansativo. Principalmente quando só se pode contar consigo mesmo. -- Choso desviou o olhar envergonhado. -- Faça um favor a si mesmo e aos seus irmãos -- deslizou um cartão pela mesa. -- Contratei alguém que realmente precise e goste desse trabalho. Elas realmente me ajudaram quando Mímico e Nanako precisavam de adaptação e talvez possam te ajudar também. -- Sugeriu a solução perfeita e sem demasiada força, contratar uma babá para aliviar a carga do trabalho doméstico da família. Geto divagou mais algumas palavras antes de retornar ao seu posto enquanto Choso se pôs a pensar.

Suguru Geto é um homem na casa dos quase trinta anos que possui duas filhas de cinco anos e entendia a importância de encontrar a pessoa certa para o trabalho, pelo cartão  ficou nítido que sugeriu a Choso a ideia de contratar uma babá universitária, explicando que seria mais econômico e permitiria um suporte de meio período, adaptando-se às necessidades específicas da família, no começo Choso se negou a concordar com aquele pensamento, continuou com seus trabalhos ignorando o quanto aquela ideia faria a diferença em sua vida, mas, ao retornar para casa e não conseguir dar a atenção desejada para os irmãos devido aos serviços restantes foi que se rendeu e em breve o jovem Kamo embarcaria na missão de encontrar a babá ideal para Yuji. 

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Serão ao todo cinco capítulos, não muito longos e espero que gostem, até o próximo.

My Girl | Choso (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora