Eu ia pro tribunal junto de minha mãe pra ver meu pai e minha irmã mais velha, nunca gostei de lá, mesmo sendo um lugar bem chique e grande eu sentia o cheiro gelado do ar-condicionado rígido como se nada importasse e que qualquer movimento errado iriam fazer a maior tragédia de todas, que era me tirar de perto da mulher que cuidou de mim, eu era treinada no ônibus ao caminho do tribunal a não dizer algumas coisas mas nem sempre eu conseguia esconder, nós primeiros dias no apartamento da minha avó que era considerado como ir "para a casa do meu pai" foram doloridas meu coração doía pós não me sentia acolhida nem confortável naquele ambiente cheio de coisas caras é de cores neutras, com o tempo comecei a ter medo daquele lugar, minha avó gritando com minha irmã, por ela não me deixar brincar com os brinquedos dela, minha irmã querendo levantar a mão pra mim toda vez que minha mão tocava nas coisas dela, a voz grossa do meu pai que dificilmente aparecia no apartamento, me sentia pequena e insignificante a cada momento que se passava, minha irmã parecia não gostar de minha presença por ser nova e minha avó me empurrava pra minha irmã, já meu pai era como um fantasma, eu não o via lá, lembro muito bem de quase ter me afogado na piscina, obedecendo as ordens da minha avó de ficar com minha irmã, mas a Amanda minha querida irmã mais velha não tava interessada em me ter por perto, ainda mais no seu aniversário de 12 anos junto de seus amigos que pulavam e se divertia, enquanto eu lutava pra conseguir ficar de pé,quando eu ficava longe deles minha avó pedia "Aghata vai lá com sua irmã brincar" e eu ia como uma boa cachorrinha, mas aquilo era irritante, eu não me divertia, lembro que quando naquele mesmo dia tava anoitecendo jogaram água no telefone de um dos amigos patéticos e mimados da minha irmã, mas a culpa foi passada para a mais nova e fraca da família que no caso era eu e eu tive que pedir desculpas mas quem disse que ele ligou pro meu pedido de desculpas, eu tava cheia de ódio naquele dia e eu só tinha 9 anos.
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O começo e o Fim de Aghata
Non-FictionEsse livro contará toda a minha história postarei capítulos novos até o dia da minha morte gostaria de primeiramente me apresentar meu nome e Aghata Syane sou Autista suporte 1 asmática e epilética