Monólogo da dor mundana

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Empertigado no canto é dito como um eco que bate na vértice da sala vazia e retorna.
— Deixe a ir. Deixe a ir agora. Já a usamos demais. Deixe a dor ir, já se manteve por tanto tempo. Já a usamos por tempo suficiente em nosso benefício. Liberte ela. Liberte a dor e a tristeza encardida nos teus tecidos. Deixe a ir. Deixe a ser livre um pouco. E que ela se vá e se encontre no mundo só. Deixe a ir, eu suplico! Me angustio pela sua dor em cárcere privado na tua medula de subsistência. Ela não lhe pertence.
Deixe a ir, suplico!

Textos Avulsos - Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora