Chapter 19

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Pov Becky

Ficamos um tempo deitadas na cama só curtindo a companhia uma da outra. Então Freen se levanta e começa a recolher suas roupas. Ela caminha ao redor da cama em busca de alguma coisa no chão.

— O que está fazendo? — pergunto, curiosa.

— Vou me vestir.

— Pra que?

— Para ir embora. Não foi esse o trato?— Eu rastejo até a beirada da cama e a detenho, passando os braços em torno de sua cintura.

— O que você está fazendo? — ela grita, surpresa.

Eu a atiro no colchão e faço cócegas nela. Freen cai na risada.

— Pare com isso, Rebecca!— Mas eu não cedo. As pontas dos meus dedos apertam as laterais do seu corpo num verdadeiro bombardeio e ela se contorce toda.

— Só vou parar se você passar a noite aqui.

— Piedade! Misericórdia! — ela clama, e está sorrindo, um sorriso largo e luminoso.

Eu a puxo para mim e retiro o cabelo que está cobrindo sua orelha para sussurrar dentro dela:

— Você vai ficar?

— Sim — ela responde com emoção na voz. — Não se importa se quebrarmos mais uma regra básica?

— Também não precisamos exagerar. Quer dizer, eu não me importo, contanto que você não tente me beijar assim que acordar.

— Por causa do mau hálito de cama, não é?—Faço que sim com a cabeça.

— Claro que não é o seu especificamente. É de um modo geral.

— Hum... — Freen franze o nariz.

— Quer saber? Hálito matinal daria uma excelente regra básica. Odeio hálito matinal.

— Eu também.

— Aliás, eu não tenho escova de dentes.

— Eu tenho uma sobrando. Nunca foi usada
— digo a ela.

Freen coloca o dedo indicador nos lábios, como se estivesse considerando todas as opções.

— Vejamos... Que sabor de creme dental você tem aqui? — ela indaga.

Um rubor começa a subir pelo meu rosto. Ela percebe o meu constrangimento.

— Não me diga que usa uma daquelas pastas para crianças?

— Não. Na verdade, eu comprei a pasta que você gosta, de menta.— Os olhos de Freen brilham e ela leva uma mão ao peito.

— Você comprou uma pasta de dente para mim.

Ela parece mais feliz do que se mostrou na ocasião em que lhe comprei o anel. Meu coração bate mais rápido e palavras começam a se formar em minha língua. Palavras que revelam sentimentos estranhos e novos dentro de mim. Meus lábios começam a se abrir para que eu possa dizer alguma coisa, contar a Freen sobre os sentimentos que começo a nutrir por ela, dizer que isso está se tornando muito real.

Porém eu paro quando ela encosta sua boca na minha e sussurra:

— Você e a minha melhor amiga, sem a menor dúvida.

A melhor... amiga.

Sim, isso é tudo o que ela quer de mim.

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Richie lambe o sorvete de limão de casquinha.

— Isso não vai livrar a sua cara com relação ao Papai Noel — ele diz, apontando para a guloseima enquanto nós saímos da sua sorveteria favorita. — Mas é um bom começo e você comprou o meu silêncio por mais alguns dias.

My bestfriend|FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora