FeyHaven - A ascensão dos Duendes (Livro 1)

Capítulo 1 - Piloto

História autoral escrita por: miumiuxx_ e amomilitar
Miu Là Fontè e Lily Clarck.

Ethan

Me certifico de que todas as minhas coisas estão na mala, mesmo que eu já tenha checado 5 vezes, é bom ter certeza.
Caminho pelo meu quarto, pensando em como minha vida irá mudar, eu sempre soube que FeyHaven iria ser meu destino algum dia, mas mesmo assim, mesmo com toda aquela preparação, deixar meus pouquíssimos amigos e minha família é extremamente doloroso.

Escuto uma batida na porta e grito que a pessoa pode entrar, vejo que era a minha mãe, com seus lindos cabelos ondulados pretos e sua pele branca, sem manchas,  e sem rugas, mamãe é uma mulher elegante, bela e com uma classe sem igual, é muito aclamada em Everglen, e no mundo dos humanos também.
- Então, está preparado para amanhã? - Ela pergunta amigavelmente, se sentando lentamente na cama.

- Nunca... - Respondo.

- Filho, eu sei que é difícil para você, ainda mais depois que o seu pai morreu... Mas isso vai passar, FeyHaven vai te trazer novas oportunidades - Ela suspirou - E vai te ajudar a controlar seus surtos de raiva, somente pra você não colocar fogo em algo novamente.

Ela sorri e me abraça, aquilo me ajudar a relaxar, sempre me ajudando, minha mãe ficou muito tempo abalada com a morte do meu pai, não dormia, não comia, apenas existia.

Depois de um tempo, eu me levanto, tomo um banho, faço minha higiene noturna e me deito para dormir.

- Por favor... Que sejam legais comigo -

Seraphina

Acabo de perceber que ainda não tinha arrumado minha mala, onde eu estava com a cabeça?
Eu havia dado minha corrida diária, estava muito cansada para arrumar a mala, então, decido fazer isso depois, prefiro ficar com minha família, já que só os verei daqui a seis meses.

Tomo um banho e corto um pouco das minhas tranças, desço as escadas e encontro minha preciosa vó, cozinhando seu melhor prato, carne de búfalo.

- Aí vó! Vou sentir tanta saudade das suas comidas! - Digo a abraçando por trás.

- Minha querida, tenho certeza que os cozinheiros de lá ganham de mim sem nem piscar. -

- Nunca! Acho que vou fugir de lá só pra vir comer aqui -

- Nem pensar Sra. Earthshaker! -

Me viro e vejo minha mãe, parada me olhando enquanto sorri.

- Eu vou sentir tanta saudade de vocês - digo, sentindo minhas bochechas queimarem, e as lágrimas ganharem forma em meu rosto.

Abraço as duas, minhas guerreiras, é assim passo o resto da noite, abraçada com quem mais amo.

Ravi

Estava na academia malhando quando ouvi minha mãe gritar algo, mas estava tão concentrado no treino de exercícios superiores que não consegui entender. De repente, ela invadiu o quarto e, lançando um chinelo em minha direção, perguntou sobre a minha mala.

"CADE SUA MALA, RAVI?"

"Desculpe, mãe, esqueci. Vou fazer agora mesmo", respondi, vendo-a revirar os olhos antes de dizer que faria biscoitos para mim.

Enquanto arrumava a mala, comecei a pensar sobre a mudança para uma nova cidade, nova escola, fazer novos amigos e, quem sabe, até encontrar uma namorada. Mesmo sendo bastante tímido, estava cheio de expectativas.

Minha mãe apareceu novamente e, preocupada, perguntou se estava tudo bem. Ainda imerso em meus pensamentos, respondi afirmativamente, mas acabei compartilhando minhas preocupações.

"Mãe, você acha que vão gostar de mim? Será que vou fazer amigos?"

Ela sorriu carinhosamente, me tranquilizou e mencionou que certamente faria amigos e até arranjaria namoradinhas. Em meio a cócegas brincalhonas, ela me acalmou.

"Relaxe, meu amor. Coma seus biscoitos e descanse até a hora de ir."

Balancei a cabeça concordando, minha mãe deu um beijo em minha bochecha e saiu, me deixando adormecer.

Benjamin.

"Oi, meu nome é Benjamin. Oi, mano, meu nome é Benjamin. Vei, meu nome é Benjamin. Olá, meu nome é Benjamin. AAAH, EU NÃO SEI COMO VOU ME APRESENTAR."

Olho fixamente para o espelho e fico com raiva.

"AHHHH!"

Ouço meu pai abrindo a porta.

"Benjamin, que foi? Tá surtando aí?" - Meu pai fala, engolindo a risada.

"Tá rindo de mim é?" - Falo irritado, olhando para ele.

"Jamais, meu filho..." - Meu pai fala, engolindo a risada novamente.

"O que é, pai?" - Pergunto, irritado, olhando para ele.

"Filho, acho que sua calça nova rasgou." - Então, meu pai começa a rir muito, fica todo vermelho de tanto rir, e então mamãe chega no quarto.

"O que houv--" - Mamãe para de falar e começa a rir muito, e eu continuo irritado, os dois têm uma crise de riso.

"Ai, filho, me desculpa, é que tá rasgado bem atrás." - Meu pai tenta se desculpar.

"Saiam do meu quarto vocês, vou arrumar minha mala!"

Então, os dois saem do meu quarto rindo.

"Ai, que ódio. Enfim, acho que vou ter que arrumar isso logo." Digo, com o rosto vermelho, quase da cor de meu cabelo.

Começo a arrumar minhas coisas, ouvindo Lana Del Rey. Quando ouço batidas na porta, abro e vejo uma caixa cheia de doces. Já sabia que era mamãe, então vou à cozinha, dou um abraço nela e digo que a amo muito. Volto para o meu quarto, termino de arrumar minhas coisas e vou ler um livro para distrair a ansiedade, enquanto como os doces que mamãe deixou. Afinal, eles são ótimos. No meio da leitura, acabo adormecendo, até que minha mãe me acorda para irmos comer algo.