capítulo 16

642 35 17
                                    

Eu não sei em que momento eu me perdi

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu não sei em que momento eu me perdi. Ou em que momento eu me encontrei. Na verdade, eu nunca me encontrei, eu sempre estive perdida.

Transar com Billy e Stu só me comprovou isso. Eu nunca fui alguém normal, mas eu não achei que fosse assim. Eu não achei que precisava matar dezenas de pessoas para entender ao que eu pertencia. E infelizmente eu me achei. Mas não da forma que eu queria.

Eu não me reconheço mais. Eu não sou a mesma pessoa. Eu não sou mais Melissa Jessey. Eu sou apenas alguém que errou e não tem perdão, nem salvação.

— Melissa? Você ainda está aí?

Ouvir a voz de Jeni me faz lembrar de que eu ainda estou em uma ligação com a minha melhor amiga.

— Desculpe. Eu me distrai. Ela suspira
— Eu estava falando sobre o meu pai. A minha mãe veio até aqui e eles brigaram. Ele bateu nela, Mel. — A vo de Jeni revelava sua angústia e tristeza.

— Eu estou indo para ai. — Desligo meu telefone. Eu não estava em casa, ainda estava no quarto de Stu. Billy dormia tranquilamente ao meu lado direito e Stu ao meu lado esquerdo. Eu não me arrependia do que tinha feito com eles. A escolha de fazer o que fizemos não foi só minha. A culpa não era apenas minha.

Saio de fininho e pego o meu carro que ainda estava no mesmo lugar que deixei no momento em que cheguei. Minha única parada foi em casa antes de ir para a casa da Jeni. Eu iria fazer isso. O paí dela já a havia machicado demais.

Eu não fiz uma ligação para assustar. Eu apenas entrei e encontrei ele no sofá. Ele infestava a casa com seu cheiro de cigarro e bebida. Seu olhar se fixa em mim e ele parece voltar a realidade quando começa a gritar e choramingar bêbado. Por sorte, Jeni  morava longe de qualquer civilização tumultuada. Se houvesse um vizinho, o mais próximo seria a uns 200 metros.

Eu sabia que ela também estava em casa. Mas isso era um risco que eu precisava correr. Eu precisava a libertar.

No momento em que a minha faca é levantada, um grito feminino escapa das escadas e eu me viro vendo Jeni me olhando assustada. Ela não sabe quem eu sou, ou no que me transformei. Ela não precisa saber.

Ela tinha muita coragem, isso eu não posso negar. No momento em que ela correu e pulou em cima de mim eu tive a certeza que ela seria um empecilho para eu conseguir realizar o meu desejo. Eu não queria a machucar, mas ela não esta me dando outra alternativa.

Minha faca acerta o seu ombro e ela grita em agonia caindo ao chão. Não posso perder tempo.

Em segundos, minha faca para na garganta do Homem que em vez de fugir, ainda nos observava. Ele não teve chance, foi certeiro e fatal.

Os gritos de Jeni anda podiam ser ouvidos e seus passos rápidos subindo a escada não passam despercebidos. Eu não posso deixar ela chamar a polícia.

Ghostface Onde histórias criam vida. Descubra agora