001

69 6 2
                                    

Solidão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Solidão.

Ela é temida por muitos, mas para mim, minha maior companheira. Já me acostumei e hoje, posso dizer que aprendi a ama-la.

Mesmo tendo as minhas duas únicas amigas, ainda sim, me sinto sozinha.

Cresci sendo filha de meus pais que sempre tiveram o sonho de ter um filho homem. Segundo meu genitor, cuidaria melhor de seu império construído com tanto esforço.

Logo depois de doze anos, meu irmão finalmente chegou tirando a pouca atenção que eu tinha. Não o odeio por isso, com certeza não. Meu irmão é a melhor coisa da minha vida. O único motivo de eu não ter saído desta casa quando completei minha maioridade.

Não posso deixa-lo sozinho nessa casa. Isso nunca. Sou o refúgio dele quando as brigas dos meus pais acontecem. Tento distraí-lo ao máximo para que ele não cresça com a cena que eu fui obrigada me acostumar a ver.

Podem dizer que não, mas uma infância cheia de brigas e desentendimentos da parte dos pais, é ruim demais, e com certeza, afeta no futuro. Eu sou a prova disso.

— Senhorita Bianchi? Está ouvindo o que estou dizendo? — meus pensamentos são tirados pelo meu professor de história. Pisco algumas vezes e volto minha atenção a ele.

— Não, me desculpe. — ele faz um barulho com a boca e segue sua aula.

— Anna, o que foi? — Diya sussurra para mim disfarçadamente.

— Fui dormir tarde, apenas. — a olhei pelo canto dos olhos vendo-a balançar a cabeça sem acreditar nas minhas palavras.

— Não enche, porra! — a porta é brutalmente aberta e o corpo grande de Jacob adentra a sala silenciosa.

— Senhor Watson, está atrasado. — Senhor Roy diz a ele que revira os olhos.

— Posso entrar?

— Sim, sente-se. — ele bateu os olhos na carteira a minha frente, a única vazia da sala e segue até ela. No caminho pisca para Chiara que dá uma risadinha.

— Será que pode ir um pouco para trás? — ele dirige a palavra a mim e eu reviro os olhos instantaneamente, concentrada em meu caderno.

— Não. — o ouvi bufar e se levantar. Meu corpo pula quando sinto minha cadeira ir para trás rapidamente.

— Seu idiota, solta minha cadeira! — Bati em sua mão.

— Senhorita Bianchi, faça silêncio por favor! — abro minha boca em choque ao ser advertida.

— Ouviu? Calada sua mesquinha de merda.  — disse passando por mim e finalmente se sentando.

— Vá para o inferno, babaca do caralho! — disse a ele que apenas riu.

— Anna Lua e Kaden Jacob, se retirem da minha aula, por gentileza. Estão me atrapalhando! — o velho grita perdendo a paciência.

— Mas eu acabei de chegar!

Secret ProblemOnde histórias criam vida. Descubra agora