Eu estava gostando da festa, bebia alguma coisa que Diya trouxe para mim. Eu dançava livremente com algumas pessoas que nunca vi na vida.
Graças ao sangue latino que corria no meu sangue eu tinha facilidade em movimentar minha cintura, mesmo com uma calça jeans me apertando.
Senti uma mão na minha cintura e olhei por cima do ombro vendo Luke me encarar com um sorriso. Revirei os olhos me afastando e voltando a dançar. Logo sua mão pousou na minha cintura mais uma vez. Bufei e sai da onde todos estavam dançando.
Fui para o bar e pedi uma água com gás, engolindo metade de uma vez. Não demorou muito e um corpo grudou em mim. Me virei estressada pois já sabia quem era.
— Sai fora. — tentei empurrar Luke mas falhei.
— O que foi Anninha?
— Não quero você perto de mim, pode sair.
— Vamos lá, não está com saudade do meu pênis? — uma ânsia me atingiu ao lembrar do pau murcho de Luke.
— Nenhum pouco.
— Sem joguinhos comigo, agora vamos subir. — tentou agarrar meu pulso mas eu logo tirei.
— Sai caralho, não quero nada que venha de você. — há duas semanas eu peguei ele apalpando a bunda de uma menina na faculdade.
— Mas eu quero e você vai comigo.
— Vai obrigar? Não me faça quebrar dois destes seus dentinhos que a sua mãe pagou caro. — sua cara se fechou e ele tentou pegar no meu pescoço mas eu afastei sua mão a tempo. — Vai me bater? — disse sarcástica e sua mão se fechou em um punho. O encarei com raiva só esperando ele dar o primeiro soco e eu revidar quebrando sua cara. Mas sua mão foi agarrada parando-a no ar.
— Está louco, caralho? — era Jacob. O encarei. — Querendo bater em mulher? Perdeu a cabeça.
— Essa putinha tirando com a minha cara.
— Eu? — ri com ódio. — Você que veio querendo me obrigar a transar com você! Nem pra fazer alguém gozar você serve, seu inútil de merda. Além de ser precoce é um goza e dorme da porra! — aproveitei que todos nos olhavam e explanei o filho da puta que tentou vir pra cima de mim mas mais uma vez foi segurado por Kaden que o empurrou pra longe.
— Tira ele daqui. — disse para o Moneti que saiu arrastanso Luke até a porta e se virou sorrindo para mim. — Nem um obrigado?
— Vá se foder. — disse e voltei em direção a pista de dança. Antes, olhando para trás e pegando ele no flagra olhando para a minha bunda.
Meu corpo se arrepiou com a intensidade do seu olhar e eu ignorei voltando a dançar. Mas ainda sim sentindo um olhar preso em mim.
E eu sabia de quem era.
...
Apoiei minha cabeça nos braços tentando tirar um cochilo mas o puto do professor que eu nem lembrava o nome me gritou
Levantei a cabeça vendo ele parado ao lado da minha mesa.
— Está dormindo?
— Acho que sim. — Murmurei sentindo meus olhos pesaram.
— Noite turbulenta?
— Não tem ideia do quanto.
— Problema seu. Trate de acordar e focar na aula.
Ignorei voltando a abaixar minha cabeça.
— Não me ouviu? — ignorei mais uma vez. — Está advertida.
— Tá.
— Vai ficar aqui até depois do período para arrumar a biblioteca!
— Meu caralho. — escutei risadas mas nem liguei ainda focada em relaxar os olhos.
— Oh! E irá lavar os banheiros. Todos! — levantei minha mão em sinal de joia. Apenas queria que ele parasse de me atormentar e me deixasse dormir na paz de Deus.
Não demorou muito e eu entrei em um sono profundo.
— Annalu! Por Deus, acorde! — levantei minha cabeça vendo Diya me olhar irritada. — Vamos! Precisamos ir embora.
Assenti atordoada e me levantei pegando minha bolsa. Não tinha tirado material, então não precisei organizar nada.
Eu tinha treinos todas as terças depois da aula. Pelo fato de meu pai sempre ter tido o desejo de ter filho homem, fui criada como um. Eu conseguia me defender facilmente graças às aulas de defesa pessoal que aprendo desde os sete anos.
Disso não tenho que reclamar de meus pais, sempre fizeram de tudo para eu ter uma educação excelente. Fiz etiqueta, luta, aula de espanhol, português e francês, ou seja, sei me comunicar facilmente em todos os países que eu for. Menos na Itália.
Aprender italiano é uma luta para mim, não consigo de nenhuma forma! Já tive professores variados mas ainda não conseguia pronunciar e muito menos entender. Tinha uma trava.
Ser fluente nestes idiomas abre muitas portas para mim. Atualmente trabalho como modelo fotográfico e por mais que minha família seja dona de uma das maiores empresas do pais, não dependeria totalmente deste dinheiro.
Recebo uma mesada mensalmente que fui obrigada a receber pela minha avó, mas 75% eu não uso pois guardo para Anthony. Não sei o que o espera futuramente, não sei como vai ser a empresa daqui alguns anos e não quero arriscar de forma alguma o futuro brilhante que meu irmão precisa ter. E vai ter!
Me despedi da minha amiga e segui para minha casa apenas para trocar de roupa. Vesti um conjunto de malha e parti em direção á academia. Eu amava isso. Amava saber que conseguiria me proteger de algumas coisas. E era um lugar onde eu desconta a toda a raiva que passava na semana.
Desta vez, imaginei que o saco fosse o rosto de Luke enquanto tentava me agarrar. Uma ira se afundou no meu peito me fazendo socar e chutar o que estava na minha frente.
Nunca tinha o amado, fui obrigada a entrar em um relacionamento com aquele nojento por causa dos meus pais, apenas aceitei e me aproveitei das poucas qualidades que tinha.
Na verdade, não tinha qualidade. Ele é um escroto, fazia várias piadinhas sobre minha aparência, sobre a aparência dos outros e falava mal até de seus amigos. As pessoas que o suportavam diariamente. Eu tinha que aguentar traições, gritos, piadas sem graça porque a empresa de nossos pais tinham um acordo e usaram nós dois á favor disso.
Pensam que juntando nós dois traria mais olhos curiosos para as empresas. Sem sentido algum!
Para minha família, sirvo apenas para isso, para a mídia. As pessoas que deveriam me amar incondicionalmente me usam para promove-los.
Isso machuca.
Eu precisava ser amada, precisava me sentir priorizada em algumas coisas. Eu preciso ser importante para alguém.
Tudo isso, toda essa dor me torturava, cada dia mais.
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Secret Problem
Fanfiction"Você não me possue." Anna Lua se viu encrencada quando se deu conta que estava cegamente atraída pelo ex de sua amiga, o qual ela sempre repudiou.