Gatinho... - Kuroken, II

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( Alerta gatilho: abus0 s3xual e v1olenci4. )

Chegaram na escola, se deram um tchauzinho e foram para suas salas. Pelo menos era o que Kuroo pensava.

Kenma tinha trazido seu Nintendo, então, como já estava passado de ano, não ligou se fosse matar aula. Foi até a parte vazia e quieta que só ele e Kuroo conheciam, atrás da escola. Ficou até o intervalo jogando o mesmo jogo. Estava feliz pois estava quieto, sem ninguém o atrapalhar. Da hora do intervalo, até a hora do almoço, Kenma decidiu dormir. Foi a pior coisa que poderia ter feito.

Quando já era hora do almoço, Kuroo estava preocupado  com Kozume, já que não o viu no intervalo. Kuroo sabia que Kenma não matava aula com facilidade, mas decidiu procurar o loiro por toda a escola. Até que se lembrou da parte de trás da escola, onde ele e Kozume se escondiam para treinar vôlei sem interrupções.

Foi até o local. Quando chegou, viu 4 silhuetas. Uma delas, estava caída no chão, sangrando. Ele fazia parte do Grêmio estudantil do colégio, pois era forte, intimidador e era capitão do time de vôlei do colégio. Por isso ninguém chegava perto dele ou de Kenma - quando o loiro estava por perto.

Se aproximou, indo tirar satisfação do que estava acontecendo. Mas quando se aproximou, sentiu-se tremer. Seus olhos começaram a arder. Sentia que ia chorar. Não podia, teria que intimidar e surrar os 3 garotos que haviam surrado Kenma.

— Que porra é essa?! — Gritou, vendo os 3 se afastarem de medo. "Corre", escutou um dos três garotos dizerem enquanto corriam. Kuroo viu o pequeno no chão, sem dizer uma palavra enquanto tremia, com uma parte da calça desajeitada.

— Ken! — o maior se ajoelhou ao lado do falso loiro. Kenma estava com medo, com nojo de si mesmo. Se sentia horrível, e enquanto o mais velho se aproximava, Kenma colocou a mão na frente do seu rosto, como uma forma de proteção. — Ei. Eu não vou te machucar... Ken, olha pra mim. Vem cá. Vamos pra enfermaria.

Kozume não conseguia levantar, não conseguia se mover. Estava doído, com medo principalmente. Kuroo o segurou no colo, fez um carinho nos cabelos do loiro enquanto o levava para a enfermaria da escola.

Chegando lá, Tetsuro deixou o menor em uma maca, pegando curativos.

— Kenma, se você não quiser me contar o que aconteceu, não precisa ser agora. Quero que diga com o total de detalhes. Mas saiba, não irei te machucar. Pode tirar a blusa pra eu cuidar de você? - dizia com os curativos em uma das mãos, enquanto a outra passava pela bochecha do outro.

— Eu tô com medo, Kuroo. Eles me machucaram. Me tocaram... — O falso loiro murmurou. Começou a chorar só de lembrar daquela cena perturbadora que havia vivido.

— Eu tô aqui com você, Ken. Eu não vou deixar ninguém fazer isso com você de novo. Eu prometo. — disse o moreno. Pegou sprays antissépticos e pomadas, passando levemente pelo mais novo. — Vamos pra casa? — disse o mais velho, guardando os sprays.

— Kuro... M-meu pai vai brigar comigo quando souber disso... Eu n-nao quero ir pra casa. — Disse se arrepiando, lembrando de quando seu pai lhe disse que nunca aceitaria um "viado" em casa. — Por mais que eu não seja gay, ele vai achar que eu quis isso... Ele vai me m-matar Kuro...

Gatinho, eu tô aqui com você. Seu pai não vai tocar em você, ok? Eu tenho certeza que ele vai me entender. Vem, Ken. — O moreno não havia percebido que chamara o mais novo de "gatinho", disse por provável impulso.

O falso loiro corou ao escutar o apelido vindo de seu melhor amigo. Tentou se levantar, mas seu braço e perna estavam doendo muito pelos chutes que levou. Então, quando o maior percebeu isso ajudou Kenma a colocar a blusa e o segurou no colo, "estilo princesa".

— Será que você está com febre? Tá muito vermelho... - colocou uma de suas mãos na testa do menino mais novo, não parecia que estava com febre. Estava apenas vermelho.

Depois de 20 minutos, os dois chegaram até a casa de Kenma. Kozume estava sendo carregado, e quando seu pai viu isso, fechou a cara. Abriu a porta e olhou para os dois com uma cara de irritado.

— Que palhaçada é essa, Ein, Kenma? — Disse olhando para o loiro, que estava com dor em todas as partes do corpo.

— Desculpe falar por ele senhor, mas acontece que, seu filho foi machucado e... — colocou as mãos nos ouvidos de Kenma para o mesmo não escutar. — abusado. Ele está com dificuldade para andar e seu corpo está machucado, me ajude a leva-lo para o hospital e logo denunciaremos os garotos que fizeram isso com o Ken.

Tirou as mãos das orelhas de Kenma, enquanto o pai do garoto entrou imediatamente para pegar um carro e o levá-lo para o hospital. Sua mãe foi até a porta. E stava assustada de ver seu filho daquele jeito.

— Enquanto eu levo Kenma ao hospital, vocês denunciam esses filhos da puta! — Diz Akihiro, pai de Kenma.

— Não é melhor eu ir junto? — Diz o moreno, mas vê o rosto do mais velho balançando negativamente. Enquanto Kaori o puxava para dentro, gritando por informações do que havia acontecido.

— Ele matou aula e acho que dormiu nos fundos do colégio, mas foi abusad0 e espancado. — Diz o mais alto, derramando lágrimas por seus olhos. Sentia culpa. Se sentia culpado por não ter protegido seu melhor amigo.

— Ei, a culpa não foi sua, Tetsuro. — Disse com lágrimas nos olhos, indo em direção ao moreno o abraçando. — Você foi incrível de ter protegido meu filho. Você sabe disso, né? — a blusa vermelha de Kuroo ficava mais escura enquanto suas lágrimas e de Kaori caíram pela sua roupa. — Eu tenho orgulho de você. Você é um ótimo amigo.

— Kaori-san, eu não consegui cuidar dele. Eu não consegui proteger ele... Será que ele vai me perdoar? — Disse em um murmuro, olhando ao chão.

— Você não precisa de perdão. Você foi um herói, querido. Eu fico segura de saber que meu filho é melhor amigo da melhor pessoa que eu já encontrei na vida. Vou perguntar sobre Kenma, já volto. - a mulher o largou, indo ao sofá ligar para Akihiro, ter notícias sobre Kenma.

Ele estava bem, mas se ficasse apanhando mais um tempo, teria de ficar internado por 2 meses seguidos por insuficiência cardíaca.

"Doença crônica em que o coração não bombeia o sangue como deveria.
A insuficiência cardíaca pode ocorrer quando o coração não consegue bombear sangue ou encher-se de sangue adequadamente."

Kuroo Tetsuro tinha sido um herói. Todos sabiam disso.


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Oiie!! Segundo capítulo da história dos dois, está pronta.
Não avisei que teria depressão porque dessa nem eu sabia. Enfim, espero que tenham gostado! Acho que tem umas 100/120 palavras a mais do que no último capítulo.
Desculpa ser curto, não gosto de escrever tanto em um capítulo só, para não criar confusões da minha mente!

Beijinhos!! <3

Palavras:  1174

Meu Gatinho. - KurokenOnde histórias criam vida. Descubra agora