Gatinho... - Kuroken, IV

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Eles estavam caminhando em direção a casa de Kenma, enquanto trocavam beijinhos. Chegaram na casa de Kenma e o loiro percebeu que seu pai ainda não havia chegado. Provavelmente chegaria de noite por causa do trabalho.

Mas sua mãe estava. Dona Kaori estava preparando bolinhos enquanto escutava uma música bem baixinha.
Kenma conhecia a música, sabia que era da Lana Dela Rey e sabia que a música se chamava "Young And Beautiful". O meio loiro entrava na casa, cantarolando a música de mãos dadas a Kuroo.

— Oi tia! — Kuroo dizia, se aproximando da mais velha e a abraçando, com um sorriso, aquele pelo qual, o mais baixo havia se apaixonado.

— Oi, querido. Como você está? E oi, filho! — A mulher mais velha abraçava Kuroo e logo o loiro, que se sentiu levemente desconfortável, mas ficou ali, sentindo o carinho de sua mãe e seu... Melhor amigo.

— Eu tô bem tia... Mas é uma pena, eu tenho que ir! Minha mãe vai me matar se ver que eu não lavei a louça ainda. — dizia com um sorriso envergonhado e levemente triste, pois obviamente não queria ir para casa e nem ter contado aos Kozume que deveria ter lavado a louça.

— Vai lá, e mande um beijo para sua mãe! — a mãe do loiro sorria, acenando para o moreno.

— Tchau... Tchau gatinho, até amanhã! — Kenma corou e sabia que havia corado. O moreno também corou levemente, sorrindo e saindo pela grande porta de madeira.

— Gatinho? — Sua mãe lhe dizia, confusa e levemente contente. A morena se aproximava de Kenma que havia paralisado de constrangimento e de vergonha. Estava virando um camarão de tão vermelho que havia ficado. Era engraçado como ele reagiu a forma de Kuroo o chamar.

— A-ah... É-é um apelido p-por causa do time... N-nada demais. — O garoto gaguejava, fazendo o ficar cada vez mais envergonhado e o fazendo ir para a escada, subindo até seu quarto e se trancando nele.

— Ei! Kenma! — sua mãe foi atrás. Subiu as escadas e bateu na porta. Dando uma risadinha, a mulher chama o filho, que abre a porta, olhando para baixo com algumas lágrimas nos olhos, sendo enxugadas pelo travesseiro no rosto do garoto.

— Filho... Oh meu amor — Ela diz enquanto tirava o travesseiro do rosto do menor. — Ei, porque você está chorando, meu filho? — diz a maior, segurando nas mãos do mesmo, fazendo com que o menor parasse de olhar ao chão, olhando para os olhos dela agora que se assustam levemente.

— E-eu gosto do K-Kuroo mãe! E-e... Eu acho q-que é recíproco! M-mas... — ele abaixa a cabeça, vermelho e choroso. Não queria ser separado daquele que mais ama por seu pai. Tinha medo. Kenma tinha medo de perder Kuroo.

—  Eu não quero que nos separem, eu quero ficar com el- — o garoto é cortado por um abraço, junto de lágrimas e um grande sorriso de sua mãe. Ele desabou, desabou nos peitos de sua mãe, no final, a blusa da mulher estava encharcada, como se ela tivesse acabado de lavar uma louça sem avental.

— Meu filho, porque você está triste por isso? O amor é lindo, filho. O amor é um sentimento incrível, ele te liberta de tantas coisas. Porque você está chorando por amar? Sendo ela ou ele, eu vou te aceitar! — ela disse, deixando lágrimas caírem no cabelo amarelo do mais novo.

— Mas... E o pai? Ele vai me aceitar? E... Se ele me expulsar de casa ou me bater? M-mae eu tô com medo.  — ele disse sincero, tinha medo de tudo, tanto apanhar de uma das pessoas que mais ama quanto perder uma das que mais ama. Era uma decisão difícil.

— Oh, meu filho. Eu me divorciei do seu pai essa tarde, enquanto você jogava com o meu genro. Ele não era um cara ruim, mas a gente não estava se conectando mais. Ele era rude na forma como achava que deveria te criar. Ele dizia que se você fosse "viadinho", você não seria filho dele. Eu estava farda dessas palavras e ações. E por isso mesmo, eu terminei.... Para não deixar você sofrer. — Ela da um sorrisinho e se afasta do menor, indo até sua cama e deixando lágrimas de felicidade junto das de tristeza caírem. — eu te amo tanto, não sei o que eu faria sem o meu pequeno!

Meu Gatinho. - KurokenOnde histórias criam vida. Descubra agora