[John] Ato 4: ''Sem querer, eu me encontro com um agiota''

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--- Universo 00, bosque da laranja ---


- Ah...


Eu estava acordando, estava desnorteado, meio enjoado, mas quando abri meu olho, eu vi um forte sol amarelo queimando a minha pupila, achei aquela sensação incrível, era como a descoberta de um novo mundo, mas ai, me lembrei daquele pacote, rapidamente me levantei e o procurei, vi o pacote aberto no chão, como se algo tivesse saído, rapidamente procurei nas redondezas, mas não achei nada, então comecei a sentir meu bolso balançar, primeiramente me assustei, mas coloquei a mão e senti algo peludo, quando tirei, vi um gato, pequeno, laranja, fofo, ele tinha um colar com um símbolo estranho, era um triangulo com um triangulo de cabeça para baixo dentro dele, o gato estava dormindo, então, coloquei ele de volta no meu bolso, e o deixei dormindo, pelo visto eu tinha acabado de adotar um gato.

Eu me levantei e comecei a caminhar, estava em um bosque, muito bonito e fechado por sinal, haviam trilhas de terra e bancos, algumas placas que explicavam os tipos de plantas que ali habitavam, nas arvores haviam pássaros e ninhos, o canto era belíssimo, em me sentia em um paraíso em forma de bosque.

Mas depois de caminhar um pouco mais, achei uma trilha um pouco maior, onde havia uma placa que levava a um caminho para cidade de "Cogochuva", eu decidi seguir, esperando ver o cogumelo gigante, como meu irmão havia citado, seguindo a trilha, o bosque começava a sumir, eu sabia que estava chegando em algum lugar, então, de longe, eu vejo um sol forte, meus olhos arderam e tive de desviar o olhar, mas com a mão na testa eu consegui ver adiante, e lá estava, o grande cogumelo, ele era lindo, refletia a luz, imenso, e o impressionante é que era uma obra da natureza, e ao redor dele, haviam casas, de vários formatos, com varias pessoas andando pela cidade, e também haviam vários rios cortando a cidade por todos os lados, era a cidade mais linda que já vi em vários anos.

Eu comecei a adentrar a cidade, e via lindas coisas por lá, nos lagos haviam sapos, flores, nos rios haviam peixes, e uma agua cristalina de viciar o olhar, as casas, eram pequenas, mas lindas, com um telhado rustico e triangular, feitas de tijolo, com portas de entrada redondas, e todas as casas eram camufladas junto a natureza do lugar, e cogumelos sempre enfeitando todos os pontos da cidade.

De repente, percebi que estava a frente do grande cogumelo, e que nele, havia uma porta, eu atravessei a ponte que estava em meu caminho e cheguei a porta, que abriu só, e lá dentro, havia uma taverna, cheia de pessoas comendo, rindo e bebendo, a esquerda, vi um balcão com um taverneiro, e me dirigi até lá, ao chegar, o taverneiro olhou para mim com estranheza e desgosto, então disse:


- Desculpe senhor, mas terei de pedir para você se retirar, olhe para o seu estado!


Eu não tinha percebido, mas, minhas roupas estavam imundas, sujas de lama, meu colete meio rasgado, e minhas botas acabadas, devia ter prestado atenção nisto antes.


- Oh, desculpe, é que eu acabei de chegar e... - eu fui cortado pelo taverneiro, que disse:

- Ah! Você é um viajante, então tudo bem, é normal que visitantes cheguem sujos assim, abro uma exceção pra você! - ele sorriu - mas então, quer beber algo?

- Um chá de limão com camomila, por favor.

- O que é isso?


Pesava que algo assim iria acontecer, Limão é desconhecido aqui, eu só desviei o olhar e pedi outra coisa.


- Um suco de laranja é suficiente.

- Sim senhor, saindo.


Enquanto esperava decidi olhar a taverna, observei que tinha um escada que levava a um andar de cima, lá, um homem me encarava com um certo rancor, antes das escadas haviam seguranças, pelo que vi, aquilo era como uma seção privada para os ricos e importantes da cidade. Então, o taverneiro voltou com meu suco.


- Aqui senhor - sorriu o taverneiro.

- Obrigado, qual o seu nome por sinal? - Eu tomei alguns goles.

- Me chamo Artur, um nome bem brega, e você?

- Pode me chamar de John.

- Ok John, com o que você trabalha?

- Acho melhor não discutirmos sobre - Achei melhor guardar isso.

- Qual é, pode me dizer.

- Terapeuta - não menti, fiz faculdade de terapia, além de outras 30 mas isso não vem ao caso.

- Ah entendi, vai sair 2 dizares

- O que? - Terminei o ultimo gole do suco rapidamente - Como assim?

- A desculpe, a moeda daqui é a dizar, tenho um conversor multiversal pode me dar a sua.

- Ah claro - eu enfiei a mão no bolso e procurei as moedas, mas só senti o gato, e nada das minhas moedas, eu me assustei - Elas... Não estão mais aqui.

- Talvez tenham te roubado, ou o gato comeu - O taverneiro riu - É um ditado popular daqui.

- Tá mas o que eu faço?

- Você não sai sem pagar, se quiser grana, indico falar com aquele cara que te encara, ele é rico, mas meio agiota, cuidado.

- Você quer acabar comigo mesmo - Me levantei e fui até as escadas, quando cheguei nos seguranças, o homem gritou:

- Hora hora hora... Vamos ver quem procura por dinheiro, já esperava, deixem ele passar - Os seguranças abriram o caminho, e eu subi as escadas, com postura, sem medo mas com receio, esperando do pior daquela conversa.

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⏰ Última atualização: Feb 20, 2024 ⏰

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O Multiverso do Caos, Capítulo 1: O começo do FimOnde histórias criam vida. Descubra agora