Capítulo 4 - Engano

48 7 8
                                    

— E aí? Você foi aceita? Diz logo! — Ela exclama, parecendo ansiosa.

Eu fico em silêncio e finjo uma expressão triste para fazer uma surpresa pra ela.

— Você não foi aceita? Mas-

— Eu fui aceita! — Eu interrompi a fala dela.

— Meu Deus! Parabéns! Eu sabia que você ia conseguir! — Ela tem um sorriso genuíno em seu rosto, ela parece animada e me dá um abraço seguido de alguns beijos carinhosos em meu rosto.

Eu acho que  estou tendo minha semana de sorte.

...

Pois é, fui aceita na faculdade.

Amanda foi legal em me trazer até a faculdade e me ensinar a vir pra cá sozinha.
Nós voltamos pra casa pelo mesmo caminho que usamos para chegar até a faculdade, quando entramos no elevador, Amanda parecia mais quieta do que o normal.

— Amanda? — Eu chamo o nome dela enquanto ela apertava o botão para chegarmos ao nosso andar.
— Oi? — Ela me respondeu com um tom de voz baixo.
— Você tá bem? — Eu pergunto sem hesitar.
Ela demorou alguns segundos para responder, ela parece meio aérea.
— Desculpa, o que? — Ela me encara.
— Eu perguntei se você está bem.
— Não... — Ela ficou quieta por dois segundos e continuou — Não é nada, eu só estava pensando no meu trabalho.
— Ah! Com o que você trabalha?
— Eu... Ajudo as pessoas a darem valor a suas vidas.
— Sério? Como funciona? Parece muito legal, é gentil da sua parte. — Eu sorrio pra ela.
Ela sorriu de volta pra mim e começou a me explicar.
— É como... Um tratamento de choque.

Então chegamos ao nosso andar.

— É em alguma empresa? — Eu perguntei, curiosa, enquanto saímos do elevador.
— Na verdade é algo mais independente. — Ela então me segue até a porta do meu apartamento.
— Você quer entrar?
— Hoje não, só estava me certificando de que você chegaria em segurança. — Ela sorriu pra mim.
— Sim, senhora. Eu estou muito segura. — Eu sorri de volta e abri minha porta, então ela segurou minha mão.
— Obrigada por hoje.
Sua mão era macia, um pouco áspera e parecia ter algumas pequenas cicatrizes.
— Eu quem agradeço, obrigada. — Eu sorri pra ela e ela se direcionou até o apartamento dela.

Ela estava tão bonita hoje.

Ela acenou e entrou em seu apartamento, eu acenei de volta e segui até o meu apartamento.

Depois de tomar banho, eu passei um tempo lendo um livro qualquer, ainda eram 14:00 e o tempo não passava.
Mas de repente eu ouço alguém bater na porta.
Será que é a Amanda? Eu soltei um sorriso genuíno e fui abrir a porta.

— Surpresa! — Lisa, a atendente do mercado, estava na minha porta? Ela segurava uma sacola, mas eu não consegui identificar o que tinha dentro.
— Lisa? — Eu faço uma expressão confusa.
— S/N! — Ela sorri.
— O que você faz por aqui?
— Eu decidi trazer um lanchinho pra você! — Ela sorri gentilmente.
— Obrigada, mas, minha casa tá uma bagunça, eu não estava esperando visitas...
— Não é problema pra mim.
Eu sorrio e dou espaço para que ela entre, em seguida ela entra.

°• Amanda Young, 14:37 •°

Já fazia algum tempo que eu tinha chegado em casa, estava de bobeira assistindo um programa qualquer na TV, mas de repente eu ouvi algumas risadas vindo do apartamento da S/N. Será que tem alguém com ela?

Eu me levanto e vou até a porta, abro e vou em direção ao apartamento da s/n.

Ao chegar, fiquei de frente a porta e dei três batidas. A porta se abre revelando o rosto de uma garota, loira, cabelos grandes, mas não muito, com franja quase chegando aos olhos e olhos castanhos claros. Me pergunto quem seria ela.

Dois Lados da Mesma MoedaOnde histórias criam vida. Descubra agora