Capítulo 12

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POV  Helena

Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente...”

Acordei com dificuldade sentindo dor no meu corpo todo, olhei para os lados e encontrei meu pai deitado em uma poltrona ao lado da minha cama com minha mãe, aos poucos as memórias do que aconteceu tomaram conta da minha mente e eu só queria saber agora como a Clara estava e se muitas pessoas tinham se machucado.

Me movi na cama tentando me sentar mas acabei gemendo de dor mais alto o que fez meu pai se mover e acordar, ele me olhou deu um sorriso e se levantou vindo até ao meu lado na cama, sorri pra ele de volta.

- Não se mova querida, você precisa ficar de repouso – ele disse baixo pra não acordar minha mãe.

- Ok-falei mas senti minha garganta doer, ele percebeu minha careta.

- Você ficou 4 dias na UTI se recuperando em coma induzido que foi tirado agora de tarde, por isso a dor na garganta, você perdeu muito sangue e foi preciso um reparo grande no seu ruim para não tirá-lo ele disse me fazendo entender.

- A senhora Albuquerque está bem? – perguntei para o meu pai que travou o maxilar na hora me fazendo olhar confusa pra ele.

A – Está – disse simplesmente, aquilo estava errado.

- Preciso falar com ela – falei mais séria pra ele que suspirou.

-A Tenente passou por uma cirurgia no ombro, ficou em observação por 3 dias e ontem ela foi pra Nova York com sua familia – ele disse de forma monótona como se estivesse preparado aquilo para ser dito.

- Pai o que aconteceu? – perguntei séria sabendo que estava faltando algo.

Meu pai suspirou passando as mãos nos seus cabelos.

- Nada  Helena , você agora precisa se recuperar e ficar bem – ele disse sério de volta.

- Eu preciso falar com a Clara – falei irritada o que fez meu pai levantar uma sobrancelha.

- Lauren? – me questionou, suspirei.

- Ela praticamente mora comigo tem quase 2 meses, é impossível não acabar tendo intimidade com ela e ficar chamando de senhora o tempo todo é chato-falei pra ele que me encarava.

- Você precisa descansar e ela está bem filha – ele disse por fim.

- Me empresta seu celular – falei pra ele que suspirou.

-  Helena  agora não – falou olhando no fundo dos meus olhos e naquele momento eu soube que ele não iria mudar de ideia.

Tentei me sentar com raiva mesmo sentindo dor, ele olhou o que eu estava fazendo, eu precisava falar com ela.

- Será que o senhor não entende que eu preciso falar com ela?-questionel sentido meus olhos ficarem marejados.

-E eu preciso que você descase e pare de ser rebelde-ele disse sério.

Suspirel, aquela conversa toda acordou minha mãe que veio falar comigo enquanto meu pai salu do quarto pra chamar uma enfermeira, olhei pra minha mãe que estava sorrindo ao meu ver.

- Você deu um baita susto na gente – ela disse me fazendo sorrir.

- Poderia ser pior se a Tenente não tivesse pulado na frente de uma bala por mim, preciso falar com ela e meu pai não deixa – falei pra minha mãe que suspirou e tocou meu rosto.

-  Helena  fala pra mim ela disse me encarando mais séria – Vocês duas estão tendo alguma coisa? – minha mãe perguntou para mim séria me fazendo engasgar com a minha própria saliva – Não minta pra mim – completou.

A Filha Do Presidente - Clarena ADPOnde histórias criam vida. Descubra agora