Capitulo IX

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•Especial, tema escolhido pela votação: Mais da relação da Young-Soo com a mãe. Esse capítulo pode conter gatilhos!

Por Young-Soo:

Enquanto espero pelo ônibus, vejo um carro parar na minha frente, o motorista abre a janela... era a senhorita Ji-eun.

-Quer carona, Young-Soo? -Ela perguntou me olhando sorrindo
-Muito obrigada, mas não quero incomodar -digo me curvando um pouco
-Não vai me incomodar não -A senhorita Ji-eun destrancou a porta do carro -Entre
-Está bem, muito obrigada -dou um sorriso e entro no carro
-Para onde quer ir? -ela perguntou ligando o carro

Digo o endereço e ela começa a dirigir, ela está usando uma regata oque me faz conseguir ver a clavícula dela... me assusto ao ver, pois, ela tem uma cicatriz igual a uma que a minha mãe tinha. Meus pais morreram num acidente de carro quando eu era pequena, mas o único corpo que nunca acharam foi o da minha mãe... naquele momento, milhares de pensamentos vêm na minha cabeça

-Tudo bem, querida? -A professora Ji-eun perguntou
-Quantos anos você tem? -Pergunto olhando nos olhos dela
-47, por que? -ela perguntou ainda olhando a estrada

Eu não respondo nada, deve ser só coincidência, mas, ela tem a mesma idade que a minha mãe teria... e a cicatriz... ela é muito mais gentil comigo do que com os demais alunos, tudo bem que  a minha mãe não é nem comigo... mas, o nome das duas é diferente
Kim Ji-eun- Kang Shi-eun... só um minuto, o nome das duas... só muda a primeira letra, e o sobrenome ela poderia mentir. Começo a tremer e olho para ela, o semáforo fecha, eu abro a porta e saio correndo no meio da rua

-YOUNG-SOO! -escuto ela gritar, ela para no carro no acostamento e começa a correr atrás de mim

Depois de um tempo correndo eu caio no chão sem conseguir me mover, nesse momento a senhorita Ji-eun corre até mim e se agacha na minha frente

-Está doida? E se você morresse? -ela perguntou raiva

Eu desabo de chorar em frente dela, porque a sensação de que ela possa ser a minha mãe é horrível. Eu tento andar mas minhas pernas não se movem... olho para ela assustada e ela sorri, ela havia feito alguma coisa para eu não conseguir me mover... meu Deus! Quando eu entrei no carro havia um chaveiro daqueles que soltam cheiro... ela deve ter alguma coisa de relaxamento muscular

-O que? -Murmuro desacreditada
-Quanto tempo faz, não é? Filhinha -ela se agacha na minha frente e põe a mão na minha bochecha -a mamãe está aqui agora, não precisa ter medo -a minha mãe(?) Disse me abraçando
-Eu te odeio! -eu grito com raiva
-NÃO FALE ASSIM COM A SUA MÃE! -ela gritou cravando as unhas no meu ombro, igual ela fazia quando eu era pequena
-Você pode até ser a mulher que me deu a luz... mas nunca vai ser a minha mãe- digo chorando

Naquele momento, ela começou a cravar mais as unhas no meu braço por cima da cicatriz que eu já tinha... eu sempre achei a professora Ji-eun meio estranha, mas nunca imaginei que ela pudesse ser a minha mãe. No primeiro dia de aula, ela ficou o tempo todo me fazendo perguntas afirmando que "a filha mãos velha dela era minha fã" mas pelo visto era para ela saber sobre como a minha vida está sendo sem ela... As caronas que ela me deu eram para saber meu endereço para conseguir enviar o bolo... ela sabia que eu iria ir para a casa da So-ah... ela planejou tudo isso desde o primeiro dia de aula! E quando eu era criança ela fugiu no dia do acidente porque ela queria que ele acontecesse como uma vingança por meu pai ter traído ela com a secretária que também estava no carro! Ela sabia. Enquanto ela cravava as unhas no meu braço, eu abraço ela

-Me desculpa mamãe, eu senti sua falta -minto abraçando ela mais forte
-Oh minha pequena, 'tá tudo bem agora- ela me abraça tirando as unhas do meu ombro ensanguentado

Enquanto ela me abraça, pego o celular dela que está no bolso da calça dela sem que ela perceba e ligo para a polícia, deixo o celular no mudo para que ela não ouça a ligação, eu sei que vão rastrear a ligação.. então eu só preciso aguentar mais um pouco.
Alguns minutos se passam, eu continuo fingindo estar abraçada com ela enquanto mantenho a ligação, até que ouvimos as sirenes da polícia junto das luzes azuis e vermelhas

-Oque? -ela perguntou me soltando

Sorrio enquanto a polícia desce do carro, os policiais vêm minha blusa manchada de sangue e vêm que eu não consigo em mover.

-Oque aconteceu? -Uma policial pergunta enquanto os outros dois seguram a minha mãe

Eu conto a ela toda a história e os policiais levam a minha mãe para a viatura enquanto os paramédicos chegam para me ajudar

🥀

Capítulo não revisado

Se está sozinha, seja sozinha comigo- Han SeojunOnde histórias criam vida. Descubra agora