▫️CAPÍTULO 4▫️

12 9 7
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


ALEX

   Odeio esses bailes e comemorações requintadas, é tudo uma perda de tempo.

   Pessoas que claramente não são importantes e com certeza ninguém está nem aí com sua presença ou com o que estão vestindo desfilam no tapete vermelho na entrada do teatro da Espanha como se isso valesse de alguma coisa.

   Odeio estar aqui. Odeio estar vestindo um terno estranho, cheio de babados e rendas sem sentido por cima de um inacreditável ESPARTILHO. Juro, essa porcaria faz mais pressão no meu pulmão do que se eu corresse por toda extensão da Quadra dos Drogons durante cinco horas seguidas.

   Sinto-me desconfortável pela atenção indesejada que estou recebendo. Não que eu não adore ser ovacionado em quadra, tendo meu nome gritado a plenos pulmões por torcedores fanáticos que esperam o melhor de mim.

   Mas é diferente, a situação é diferente. Lá eu sou alguém, aqui eu me sinto deslocado, não pertencente a nada desse mundo.

— Se enrugar um pouco mais a testa, terá marcas de expressão como seu presente de aniversário de vinte e três anos, irmãozinho. — zomba Alya ao meu lado, sorrindo e acenando para as câmeras como se fosse uma rainha. Mas, de toda forma, nessa noite ela é considerada uma.

   Sua Majestade, como minha irmã é conhecida por esses estranhos e como a marca Poppy a apelidou, sorri carismática e lindamente para cada câmera apontada em sua direção, com uma rapidez surpreendente que eu nem sequer consigo acompanhar.

   Tenho certeza que eles precisaram colocar tanto photoshop em meu rosto borrado que ficarei irreconhecível no dia seguinte, quando cada foto dessa for vendida para uma página de fofoca diferente.

— Talvez se tivesse uma roupa que apertasse menos meu pulmão, eu conseguiria sorrir de forma mais natural.

— Oh, tadinho do pequeno Alex, ele é empurrado dia e noite por brutamontes de dois metros e meio de altura, mas não consegue aguentar duas horinhas com um espartilho inocente.

— Não é você que não está respirando direito, sua ratazana.

   Eu nem precisava do sorriso irônico que recebo de Alya em resposta, apenas minha mão em volta de sua cintura me informa de que ela está mais sufocada do que eu. Tenho certeza que se tentar um pouco, consigo envolver toda a sua cintura com uma única mão.

— Pare de ser um chorão, Alex. Vai ser apenas três horas.

   Aperto sua cintura em resposta, mas, em contrapartida, ela belisca minhas costas sem tirar o sorrisinho bobo de frente das câmeras.

— Sem brincadeiras, Alya. O combinado que tive com Elena foi duas horas desse sofrimento e depois vamos embora.

— Jura que era duas horas? Pela conversa que tive com mamãe, ela tinha me informado que eram quatro horas. Talvez eu ligue para ela para refrescar sua memória, meu irmãozinho.

Contrato Inesperado #1Onde histórias criam vida. Descubra agora