Capítulo 3

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—Yuji Itadori—

Finalmente, Kyoto.

Desço do trem e olho a localização do restaurante que Junpei me passou enquanto trocavamos mensagens, ao que parece não fica longe daqui. Já é por volta das 12h30, melhor eu ir preparando os ouvidos, pois Junpei vai falar até neles. Tô até vendo.

Após uns minutos andando paro em frente ao restaurante que Junpei pediu para mim encontrá-lo, sem enrolação entro no estabelecimento e começo a procurar por ele. No entanto vai ser um pouco difícil já que o local tá bem cheio.

— Yuji! – Ao ouvir aquela voz familiar, me viro para trás e vejo Junpei acenando para mim.

Junpei optou por se sentar em uma das mesas do fundo, vou até lá e ao chegar na mesa, me sento na cadeira a sua frente.

— Lugar bem lotado esse que você escolheu. – Falo olhando ao redor.

— Eu escolhi esse restaurante porque soube que aqui tem comida mexicana, e como você sabe, comida mexicana tem um lugar especial no meu coração. Antes de irmos para o que interessa, eu quero saber porque você demorou. – Fala um pouco irritado.

— Eu estava entrevistando o senhor Gojo, oras. Foi você que pediu se esqueceu? – Digo irônico.

— Não me esqueci. – Diz no mesmo tom. — Mas pelo horário que marquei e pelo tempo que ele deu, achei estranho você chegar só agora. – Diz simplista.

— Isso é porque assim que eu terminei de entrevista-ló, ficamos conversando.

— Conversando? Sobre o que? – Pergunta curioso.

— Sobre coisas que gostamos, nada de mais. – Falo simplista.

— Hum, ele te fez perguntas tipo aquelas do cinquenta tons de cinza? – Questiona, e eu fico me perguntando em que mundo Junpei vive.

— Não. Que pergunta é essa Junpei? – Pergunto contendo o riso.

— Bom, é que me veio a mente que o senhor Gojo podia ser que nem o Christian Grey, sabe? – Balanço a cabeça em negação.

— Tá fumando cogumelo agora? Ou alguma outra droga ilícita com Mahito? – Para Junpei me perguntar algo tão ridículo, ele só pode estar chapado.

— Não! Porque?

— Com essa sua pergunta idiota foi o que me veio a mente. Nem todo o empresário é como o Christian Grey, Junpei, e também tudo aquilo é ficção. Acha mesmo que alguém se submeteria a ser amarrado, chicoteado e punido? – Se alguém tem coragem de se submeter a isso, essa pessoa com toda a certeza não tem amor próprio, ou é maluca da cabeça.

— Oky, eu viajei um pouco. – Diz e eu franzo o cenho, em seguida ergo uma de minhas sombrancelhas.

— Um pouco? Jura!

— Tá, viajei bastante. Mais é que ultimamente, cinquenta tons de cinza tem me prendido bastante.

— Acho melhor você parar de ler e assistir essa porcaria. Filme horrível, o livro consegue ser ainda pior. – Não entendo como uma porcaria daquelas conseguiu ter filmes, e vender mais de mil cópias.

— Não fala assim Itadori, tem coisas boas no filme e no livro.

— Tipo o que?

— As músicas, o lance da dominação, ser amarrado, entre outras coisas.

— Quem no mundo gostaria de transar amarrado?

— Eu gostaria, inclusive até falei com Mahito sobre isso.

O Acordo (Goyuu)Onde histórias criam vida. Descubra agora