𝔗𝔥𝔢 𝔊𝔯𝔢𝔞𝔱 𝔇𝔢𝔟𝔞𝔱𝔢 - 𝔖. 𝔊𝔢𝔱𝔬

chapter 6: lunch date

O som de um alarme de telefone tocando tirou Suguru de seu sono. Com o cabelo torto, ele sentou-se gemendo. Ele esfregou a única hora de sono que teve dos olhos e saiu da cama. Após os acontecimentos da madrugada , Suguru deitou-se na cama, sua mente viajando a um milhão de milhas por minuto, finalmente admitindo para si mesmo o que ele sentia que provavelmente sempre soube... Ele gostava de você. Bastante. Ele nem queria pensar se seus sentimentos eram mais fortes que isso.

Olhando para trás, para os últimos meses em que conheceu você, tudo parecia tão óbvio agora. Provavelmente foi para todos, menos para Suguru. Ele nunca foi bom com seus sentimentos. É por isso que ele se enterrou nos livros e saiu para bares com Satoru. Ele teve encontros ocasionais, mas nunca se preocupou com nada sério. Ele não podia se permitir a distração de seus estudos. Ele não estava disposto a sacrificar suas notas pela dor de cabeça de planejar encontros, ficar na ponta dos pés em torno dos sentimentos de alguém ou mesmo do sexo. Não valia a pena. Então você apareceu e ele sabia que era infantil, mas só quando viu o jeito que Satoru olhou para você e o jeito que você olhou para Satoru é que ele percebeu que estava disposto a enfrentar aquela dor de cabeça. Embora, é claro, ele tenha tentado o seu melhor para negar, a noite passada foi o sinal de alerta que ele precisava.

E Suguru sabia que isso era uma merda. Sentindo algo pela garota que seu melhor amigo estava saindo. Mas ele não conseguia superar o ciúme que sentia percorrendo seu sangue enquanto as mãos de Satoru rastejavam ao longo de sua cintura, a excitação intensa que ele teve que esconder quando correu para seu quarto depois de ouvir sua respiração gemida. Ele não suportava a ideia de você estar com Satoru, amando Satoru.

Você sentiu o mesmo? Suguru achou que você poderia. A maneira como você o observou sem quebrar o contato visual por um segundo na noite passada enquanto Satoru beijava seu pescoço o fez pensar assim. Mas você era mais parecida com Suguru do que jamais admitiria, então não era provável que reconhecesse esses sentimentos se os tivesse.

O som da porta do quarto de Satoru se fechando e uma série de palavrões reclamando do atraso, seguido pela batida da porta da frente, trouxe Suguru de seu devaneio. Era você. Você realmente passou a noite com Satoru. Ele sentiu seu coração cair no estômago. Você realmente dormiu com ele, não foi? O pensamento fez Suguru querer rastejar para dentro de um buraco e morrer. Já era ruim o suficiente ele ter visto seus olhos rolarem para trás de sua cabeça de prazer enquanto você beijava Satoru na noite passada. Agora ele tinha que imaginar que enquanto ficava acordado tentando resolver seus sentimentos por você, Satoru tinha você deitada embaixo dele enquanto ele estava entre suas pernas.

Porra, ele não tinha tempo para pensar nisso agora. Ele precisava pelo menos ingerir um pouco de cafeína antes de ir debater onde esperava ver você. Vestindo uma camiseta branca, shorts e prendendo o cabelo em um coque, Suguru foi até a cozinha... onde deu de cara com um Satoru sem camisa. Satoru estava na ilha da cozinha bebendo uma lata de Dr. Pepper e folheando seu telefone sem pensar.

"Noite longa?" Suguru perguntou, girando o botão do fogão para esquentar a chaleira de água.

"Heh, mais ou menos. S/n e eu ficamos acordados até tarde apenas...curtindo."

Suguru não tinha certeza se havia algum tipo de implicação nas palavras de Satoru e não queria descobrir. Ele já não suportava nem a ideia das mãos de Satoru em cima de você. A ideia de que mais poderia ter acontecido deixou Suguru enjoado.

"Eu conversei com ela sobre vocês serem capazes de se dar bem. Ela disse que está disposta a tentar se você estiver." Satoru acrescentou, tirando os olhos do telefone para focar em Suguru. Isso o surpreendeu. Ele definitivamente estava disposto, mas só depois de ver você nos braços de outro homem é que percebeu isso. Você pode apenas ter concordado em apaziguar Satoru. Ele poderia conviver com isso contanto que tivesse a chance de fazer qualquer coisa, menos discutir com você.