Prólogo

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Narrador pov's

Killua Zoldyck, filho de assassinos profissionais, não sente nada além da dor que é, não conhece a felicidade. Ele é um garoto, um tão inteligente, alguém importante para a história da família, o prodígio equivocado a nova era dos Zoldycks.

O mesmo andava tranquilamente, com os fones de ouvido ouvindo uma música chamada "Heather" que era de um amor não correspondido. E se lembrou da única pessoa que amou nesses anos...

Alluka Zoldyck, morta massacrada por um assassino profissional chamado Illume seu próprio irmão a matou. Killua não aguenta mais esse sofrimento que envolve seus braços, prestes a se matar, prestes a pular de uma ponte... Na realidade, ele realmente não tinha esperanças e nem motivos para viver, não queria ter, não queria viver... Agora está lá, sozinho no frio da penumbra noite. Ele não tem antídoto para a dor que sente, até porque viu sua irmã morta, e massacrada a sua frente enquanto lutava contra Hisoka.

Cadê o motivo... Objetivo para viver? Killua Zoldyck não tinha algo específico que queria ter e vivenciar. Pois a pessoa que tanto amava morreu em seus braços... E pensar que iria ser feliz com ela um dia. Pular seria algo errado, mas para se livrar do que sente, necessita disso, quando ia se jogar o albino ouve uma doce voz ao falar com ele:
- Vai mesmo pular?
Ele olha para trás, e vê, uma pessoa com o corpo delicado, pele bronzeada e cabelos espetados... Seus olhos  hipnotizantes fazem Zoldyck ficar quieto:
-Não quer conversar antes?
A voz ecoa novamente, mesmo sabendo que o garoto nem o conhecia, resolveu tentar o desabafo:
- Não tenho motivo para continuar a vida. A pessoa que eu amo, morreu, minha família só quer meu dinheiro, e nem se quer tenho alguém ou algo para chamar de meu...
Logo o Zoldyck se vira novamente para a ponte, avistando o mar, tanto gélido quando seus olhos:
- O que acha que vai encontrar se pular?
O menino delicado perguntou, e o albino calado, refletiu, até chegar a conclusão:
-Nada encontrarei, apenas me livrarei de meus erros.
As mãos do menino são tocadas delicadamente nas de Zoldyck, o toque repentino, misturado com preocupação de um lado, fez o garoto de olhos âmbar dizer:
- Não quer tentar uma nova vida? Esquecer desses detalhes?
-Como se fosse fácil.
Retrucou o maior, e o garoto de cabelos espetados responde:
- Eu sei que é difícil, perdi minha avó, meu pai nem liga para mim, e minha tia está no hospital. Eles são as únicas pessoas que conheço...
Killua olha para os olhos reconfortantes do esverdeado, que transmitia compaixão, e preocupação, a brisa bate, e o albino percebe o arrepio no corpo do menino a sua frente. Logo retira sua blusa, colocando em volta dos ombros do garoto, e dizendo:
-Vai pegar um resfriado, assim.
O menino sorri, seu sorriso cheio de calor e angelical fez Killua ficar vidrado em sua face:
-Bom, não quer sair desse vento? Podemos nos conhecer melhor, né?
O albino pensa por minutos, mas acaba por concordar, e anda em passos lentos, seguindo o garoto baixo à sua frente, que puxava-o alegremente, enquanto dizia coisas que não envolverá o suicídio.

Adstrio. •Killugon•Onde histórias criam vida. Descubra agora