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Gon pov's

O livro vai prosseguindo, até chegar em uma parte meio difícil de se ler, paro e digo:
-Não irei ler mais!
Killua pega o livro de minha mão  e vai lendo devagar com sua voz rouca, um pouco envergonhado, mexo  um pouco por conta de suas palavras que me deixaram um pouco desconfortável. Logo a outra mão desocupada dele, para por meu corpo seguindo por minha cintura, parando nela e segurando fortemente a mesma:
-Não se mexa Gon.
Meu rosto fica rubro, e mecho minha cintura um pouco, para sentir a mão de Killua no meu quadril. Ele não solta, aperta mas forte a mesma me fazendo arfar baixo:
-Paramos.
Digo meio ofegante com a dor, ele fecha o livro e me levanto indo até a porta do quarto e falo:
-Vou fazer algo para comermos.
Saio e vou até a cozinha, pegando ingredientes para fazer  panqueca, minutos depois começo a preparar pensando em Killua e coisas meio indecentes sobre ele. Meu rosto fica rubro novamente, e digo em um sussurro:
-Killua...
Sinto mãos fortes tocarem em minha cintura, logo depois uma cabeça em meu ombro, sei bem quem era, e sua voz me arrepiou:
-Hum?
Sorrio e continuo fazendo as panquecas, falando algo aleatório para o albino, que não se desgrudava de mim. E eu prefiro assim...

Killua pov's

Umas horas depois, fui embora da casa de Gon, pensando no que eu tinha feito hoje cedo. Na realidade... Ele era a minha felicidade, sorrio com meu comentário, e continuo andando com fones no ouvido, com uma música chamada "café das seis" era praticamente a minha vida, de triste foi para algo de se dar esperança.

Quando chego em casa, tiro meus sapatos e vou diretamente para o quarto, mas estranhamente avisto Silva, meu pai sentado em minha cama:
-Onde estava?
A é verdade, esqueci de pegar a minha blusa, com Gon:
-Na casa de um colega.
Silva da de ombros e diz:
-Com essa idade... Não achou ninguém ainda?
Fico neutro, porque já tinha achado Gon, porém meu pai nunca aceitaria, ainda mas com a idade que ele tem. Dezessete anos não é pouco, mas não posso excluir o fato de que sou três anos mas velho que Gon:
-Bom, então, você vai se casal com a pessoa que Illume escolheu. Se você não tem ninguém, não poderá continuar as coisas da família.
Que? Meu coração erra a batida, como assim vou ter que me casar!? Fico pasmo, como que vou contar isso para Gon... A única pessoa que escolheu me ajudar. Lágrimas escorrem em meu rosto, e me ajoelho caindo no chão... Não posso, não quero me casar:
-Não...-Digo seco e olho para Silva com ódio- Eu não quero continuar os negócios da família. Nem que eu precise morrer para isso...
Meu pai da de ombros e diz:
-Não quero saber Killua, você tem Zoldyck no nome. Tem que se comprometer...
-Mas tem o Illume, Milluke, Kaluto, tem até o Feitan!
-Não diga esses nomes, você que continuará a família Zoldyck.
Suspiro, e ataco uma adaga em sua direção, que é desviada com facilidade:
-Viu só?
Me levanto e saio do local batendo a porta com força, logo depois saindo de casa, com uma bolsa, eu me recuso a casar com alguém que não seja a pessoa que eu ame.

Logo acho um local que logo comprei, uma casa normalizada, porque não gosto de algo com muito lixo igual a casa de meus pais. Aliás a casa fica do outro lado da cidade, impossível os Zoldycks me acharem aqui, vejo o celular, e algumas mensagens de Gon estão nele.
Estava perguntando se cheguei em segurança na casa, mas não o respondi, até porque eu quero ve-lo.

Volto a sua casa, e bato na porta esperando a resposta do "já vai" de Gon. Logo a porta é aberta, e avisto o esverdeado me olhando preocupado... Abraço sua cintura e mesmo sem entender, ele retribui o carinho dizendo:
-O que aconteceu Killua?
Sua voz doce toca meu coração, meus olhos se encheram de lágrimas, e começo a chorar em seus braços:
-Nada da certo na minha vida Gon!
Digo e ele me puxa fechando a porta, e me levando para a sala, logo me sento e ele fica em meu colo me abraçando:
-O que aconteceu? Quer me contar?
Ele toca em meu rosto delicadamente, e logo digo com os olhos fechados:
-Meus pais... Querem que eu me case...
Abro meus olhos e avisto Gon estressado e preocupado:
-Que?...
Seu semblante parecia raivoso, e o mesmo me abraça forte, logo depois me olha novamente separando o abraço. Olho para seus lábios e digo:
-Gon... Eu posso fazer algo, que talvez você não goste?
Ele afirma sem dizer nada, me aproximo de sua face selando seus lábios doces feito mel, mas nunca enjoativos. Logo o selinho é aprofundado para um beijo, peço passagem e ele sede fácil, tirando as minhas dúvidas de sentimentos. Logo a falta de ar se faz presente, e nós separamos:
-Sabe... Quando você me perguntou se tenho motivo para continuar a minha vida?
Gon afirma, e continuo colando nossas testas:
-Tenho um único motivo, que me fez sorrir e chorar perto dele... E ele se chama Gon Frecss, sabia?
Seu rosto ruboriza, e o menino coloca suas mãos delicadas em meu pescoço.:
-Que bom... Que achou alguém Killua Zoldyck.
Ele sorri e sorrio junto, aproveitando o momento que estamos próximos.

Adstrio. •Killugon•Onde histórias criam vida. Descubra agora