Quando a filha ilegítima do conde se casa

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Os casais aristocráticos que se casavam politicamente nem sempre mantinham relacionamentos adequados.

Então, Laritte achou que seria melhor se ela e Ian fossem amigos.

Ian podia entender por que ela escolheu a palavra "amigo", mas de alguma forma isso o machucou no peito e o deixou emocionado. Por que? Ele não sabia.

Incapaz de ler a mudança repentina nas feições de Ian, Laritte continuou.

"Achei que ainda poderíamos conversar um com o outro às vezes, mesmo depois de você ter uma amante."

Seus ouvidos se animaram em descrença.

Uma amante?

Ele nunca havia pensado sobre esse assunto, muito menos imaginado. E ele nunca faria isso nesta vida.

Com um canto da boca torcido, ele franziu a testa.

"Quem se atreveu a deixar essa coisa escapar da língua? Diga-me e eu cortarei a língua deles."

Laritte parou de cavar a terra com os dedos.

"Você não vai me deixar... por isso?"
"Nem vale a pena considerar. O que na Terra! Porque você pensaria isso?"

Ele estava furioso.

"É por isso que você se distanciou de mim?"

Ian não conseguiu terminar quando ela o agarrou pelos ombros. A poeira dos dedos dela respingou na bainha das roupas dele.

Mas os dois não prestaram atenção nisso.

O riacho e as casas ao longe desapareceram, restando apenas Laritte e Ian. Parecia que apenas os dois estavam sentados em um espaço branco e sem nenhuma brisa.

"Então, você vai ter um filho comigo?"

Seu olhar calmo fixou-se no de Ian.

Imediatamente, uma onda de constrangimento tomou conta dele.

"AA, querido?"

Ele cobriu o rosto com a mão grande, escondendo sua imagem corada.

Ela olhou para ele, retirando casualmente a mão.

Para ela, ter um filho significava a mesma coisa que conectar duas gerações. Ela não podia se dar ao luxo de pensar em mais nada. Assim, ela não tinha vergonha do que disse.

"Sim, um bebê."
"Talvez..... mais tarde..... se você..... desejar. De qualquer forma...... sim.
"Realmente? Comigo? Você não deveria fazer isso.

Ela inclinou a cabeça.

A cabeça de Ian virou-se para ela, a vermelhidão desaparecendo instantaneamente de seu rosto em estado de choque.

"Não há nada que você não possa fazer. Pelo contrário, seria muito perto."

O mal-entendido desapareceu.

Laritte se levantou, observando Ian estupefato.

Ela resmungou.

"Por que usamos salas separadas? Por que você não me viu de manhã?
"Ter quartos separados foi sugestão do médico!"

Laritte precisava de tratamento.

Eles tiveram que aplicar remédios nas feridas e cicatrizes por todo o corpo, e houve uma terapia corporal que teve que ser realizada durante o sono.

Então, foi fácil para eles ficarem separados por um tempo.

"E a razão pela qual não pude ir ver você..."