Purple roses for you, My love ~ TNTDUO

cap.1

---------------------------------------------------------------------

"Sua Alteza?"

Uma batida na porta tira Wilbur de
seus pensamentos. Ele vira a cabeça e
se depara com a visão de um servo.
Claro.

"Sim?" Wilbur pergunta, voltando
sua atenção para o livro em seu
colo.

A criada limpa a garganta. "Seu pai,
o rei Philza, está solicitando que você
se junte a ele para jantar. Ele espera
que você chegue lá em 15 minutos."
Com isso, o servo se curva
rapidamente e se arrasta pelo corredor acarpetado, longe do quarto de Wilbur.

“Papai quer jantar com ele? Que estranho.”

Phil nunca tem tempo para ele.
Wilbur sempre acaba comendo sozinho ou com Tommy, e em raras ocasiões em que seu pai janta com ele, ele quase sempre sai antes de terminar a comida.

Por que hoje seria diferente?
Wilbur gentilmente coloca seu livro com capa de couro na mesa de vidro ao lado dele. Lentamente, ele levanta o corpo da poltrona e estica sua figura esguia para evitar dores musculares por ficar sentado por muito tempo.

Seus pensamentos se dispersam enquanto ele move suas pernas delgadas em direção ao armário, e Wilbur mal tem consciência da roupa
que está escolhendo até que realmente a veste.

Seu subconsciente não fez um mau
trabalho ao escolher uma roupa. Wilbur agora usava uma calça simples de algodão preto e uma camisa branca de botão. Por ser da realeza, as mangas são adornadas com muitos babados e desenhos
intrincados, e os botões carregam o
emblema de seu reino, uma rosa.

Olhando para seu reflexo no espelho, ele sentiu um puxão no estômago.
Por que tantas pessoas o odiavam? Ele se esforçou para entender o que o tornava tão odiado e... bem, temido. O lado ruim dele eram xingamentos e palavras depreciativas, mas ele optou por ignorá-los. Ele se acostumou com as vozes gritando e xingando-o, às vezes tornando cada segundo do dia
um inferno.

Endireitando os óculos, Wilbur passou pelo batente da porta de madeira e saiu para o corredor semi-exposto.

Esta foi uma das visões favoritas de
Wilbur no mundo. Os corredores que
dão acesso à sala de jantar estavam
parcialmente expostos ao pátio interior do castelo, separados apenas por uma grade de calcário e um desnível de 3,6 metros. Quando o sol se punhe à noite, a luz vermelha lançava um lindo brilho na grande macieira que ficava no centro do pátio.

Wilbur tinha muitas boas lembranças desta árvore. Ele deixou a mão correr ao longo do calcário
que o impediu de cair no chão. o que o impediu de cair para a morte,
e sentiu os solavancos e amassados
que se formaram ao longo do tempo.

O tempo era uma coisa maravilhosa,
mas assustadora, para Wilbur.
Ele controlava tudo sozinho, mas não
controlava nada ao mesmo tempo.
Algumas coisas distorceram a mente de Wilbur de uma forma que ele nunca conseguiu entender.

Ao entrar no grande salão que era a sala de jantar do castelo, Wilbur viu que seu pai que já havia se sentado à cabeceira da mesa. Wilbur arrastou-se lentamente em direção ao seu assento, diretamente ao lado do pai. Muitas pessoas presumiriam que Wilbur se sentaria na outra cabeceira da mesa, porém Philza insistiu que ninguém se sentasse naquela
cadeira, já que era a cadeira da Rainha. Ou pelo menos costumava ser, agora que ela faleceu tragicamente.

“Olá, Wilbur”, disse Phil. "Como você tem estado?" Ele perguntou, um olhar interrogativo estampado em seu rosto.

"Estou bem, pai. Por que você me chamou aqui?" Wilbur questionou os motivos de seu pai. Não era típico dele ligar aleatoriamente para jantar.
Phil limpou a garganta.