Essa história começou desse jeito.
O local estava escuro, e um calor escaldante se estabelecia no ambiente.
Eu suava frio, tremendo a cada passo a frente o qual eu fazia.- Que lugar é esse? - Indagava, não compreendendo onde eu estava.
Ninguém respondeu a minha pergunta, nem mesmo um suspiro, mesmo estando em volta de vários cadáveres deformados.
Eu fiquei aterrorizado, porém, involuntariamente comecei a andar pequenos passos para frente naquele estranho e longo corredor vermelho, que no final dele, parecia que havia um altar de casamento.
Por horas e horas, esse cansaço só aumentava, e eu comecei a sentir falta de ar em meus pulmões juntamente com uma angústia terrível em meu peito.
Eu estava pagando pelos meus pecados? Estava finalmente na porra do purgatório?
Foi isso o que pensei, por horas e horas repetitivamente.
Meus pés começaram a doer de tanto caminhar, esperando que eu finalmente chegasse ao final, minha coluna nem aguenta o peso de minha cabeça mais.
Estava delirando.
Depois de muito tempo, finalmente desisti de caminhar sobre aquele corredor, com todos aqueles cadáveres de homens e mulheres de mesma idade que a minha que estavam em volta de mim... Eu com certeza estava ficando louco.
Ajoelhei-me cansado de tanta fadiga e peso em minha consciência. Não aguentava mais ver e nem aguentar toda essa merda. A pressão era muita.
Até que, senti uma presença além desses cadáveres e cheiro ruim, essa presença havia um cheiro excêntrico amadeirado, e estava em minha frente.
Casualmente, olhei para cima, me deparando com um menino, de mesma idade que a minha aparentemente, e sentado em uma cadeira parecendo um trono de um rei.
Quando ele olhou para mim, me perdi naqueles olhos vermelhos sangue dele.
Ele era lindo.
Ele era o homem dos meus sonhos.
Os fios de cabelo branco neve, a pele quase invisível de tão branca que é, chegando a aparecer as vêias dos braços e mãos, contudo, levemente rosada... Se eu encostasse nele só um pouco forte, ele com certeza ficaria vermelho na região ao qual encostaria... E principalmente, aquele olhar vermelho.
Comecei a alucinar e de repente, após essa perdição com esses olhos lindos... Perfeitos, inimaginávelmente maravilhosos.
Finalmente acordei desse sonho.
🕗7 horas da manhã, segunda feira.
- AAAAAGH! Que saco! - gritei de raiva e agonia, diante ao meu despertador que não parava de tocar de forma alguma.
- Filho! Você sabe que não vai parar de tocar sozinho. Desliga isso e vai para a escola, você vai se atrasar!
- Cala a boca sua bruxa. - me levanto e desligo o despertador com força, logo vendo o horário e arregalando meus olhos em total desespero.
Merda, realmente eu ia ficar atrasado para o primeiro dia de aula.
Corri, o mais rápido que pude para o armário de roupas e peguei qualquer muda de roupa que vi pela frente, andando em direção ao banheiro e tirando minha roupa ao mesmo tempo, que depois quando cheguei na pia, finalmente pus a roupa que achei e peguei minha escova de dentes, primeiro espirrando a água na escova e depois passando a pasta, o que era meu hábito excêntrico desde quando eu me entendo por gente.
Escovei os dentes rapidamente e cuspi na pia o que estava de pasta dental restante em minha boca, e claro, nem vi como meu cabelo estava, infelizmente tenho esse costume de sair com o cabelo na pior das condições.
Peguei minha mochila após eu ter ido a sala correndo, vou até a porta e saio de casa, correndo até a escola.
- Falta apenas 5 minutos... Acho que dá tempo! - falo enquanto corro. Não era muito longe de casa, o que era muito bom por vários motivos.
No fim, chego em menos tempo do que esperava, e dou de cara com uma amiga minha, digamos que não só uma amiga qualquer, e sim que ela era como uma das melhores amigas que já tive em minha vida inteira.
E por que?
Bom,
Quando tínhamos apenas 7 anos, ela me salvou de um estranho abusador que estava pelas ruas, querendo sequestrar crianças por perto, por pouco quase fui sequestrado e abusado por ele, se não fosse por ela é claro.
Ela tinha as cartas na manga, e nesse caso, ela tinha um spray de pimenta que a mãe dela a deu para ela, em caso de alguma coisa desse tipo acontecer.E desde então, somos melhores amigos, andando juntos e protegendo-nos de quaisquer ser que tente fazer algo para nós dois.
- Eaí Hay! Tudo bem? - Fala sorrindo, contente com minha presença.
- Bom dia Aiko. - Cumprimento rapidamente, sorrindo de leve para ela, que estava com a roupa da escola, ao contrário de mim que nem isso fiz certo, e os cabelos castanhos amarrados com a franja ondulada. Um aspecto mais arrumado do que o normal, já que havia me acostumado com ela mais desajeitada e sem se importar tanto com a aparência.
- Nossa... Acordou de mau humor, hein? - Comentou, puxando meu braço de leve, alertando para andarmos juntos até os armários.
- E você tá mais arrumada do que o normal... Quem é o azarado? - sorrio descaradamente, mudando de assunto.
- Vai se foder. - Ela responde, enquanto nós dois andamos até os armários.
Enquanto uma leve discussão entre nós ocorria, acabei me deparando com um rosto conhecido.
Não;
Um olhar conhecido.
Olhos vermelhos...
Vermelho sangue.Cabelos brancos igual a neve...
A pele tão branca, chegando a ser pálida.
Era ele.
O homem dos meus sonhos.
Encarei-o profundamente, apaixonado pela vista magnífica diante de meus olhos, meus pensamentos não paravam, apenas pensavam nele, e o quando lindo ele é.
Mesmo se eu quisesse parar de encarar, não conseguia, era como se meu corpo fazia isso involuntariamente, como se dependesse minha vida nisso.
Como se fossem os batimentos do meu coração, eram involuntários, eu não conseguiria pará-los se eu quisesse, não é?
Mas;
Senti um arrepio na minha espinha.
Ele encarou de volta, com aquele olhar avermelhado.
Uma sensação de sufoco na mesma hora chegou ao meu alcance.
E tudo isso aconteceu, em poucos segundos.
Franzi o cenho e virei para frente novamente, seguindo o caminho ao qual eu estava percorrendo antes.
Como se eu estivesse ignorando tudo aquilo.
Mas é óbvio que eu não iria fazer isso.
Não hoje.
Não amanhã.
Nem nunca.
Nunca ignoraria aquela presença, aquela pessoa...
Jamais.
Por que?
Porque. Ele. Será. Meu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Doentio.
RomansaEssa é uma história escrita e criada que eu fiz, então espero que gostem... Hayato Kuroiwa, estudante de 17 anos de uma escola asiática japonesa. Este, é quem acompanhamos nesta história. Akira Safuyu, mais velho, tendo seus 18 anos completos, consi...