Hector Fort

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MARTINA'S VISION

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MARTINA'S VISION

_Tá ansioso pra ver o papai, meu amor?_ pergunto a Martin que estava muito empolgado em sua cadeirinha no banco de trás do carro.

_Ximm, mamãe_ vejo o seu sorriso enorme pelo retrovisor.

Hector e eu nunca estivemos em um relacionamento sério, então Martin acabou sendo um grande deslize nosso.

Éramos novos, eu tinha acabado de completar 18, tínhamos alguns amigos em comum e então acabamos nos conhecendo, ficamos algumas (muitas) vezes e de repente uma camisinha furada aqui, um remédio falhado ali e então bum.

Fizemos um bebê.

No começo foi muito assustador pra mim. Não estava nos planos de nenhum de nós dois e eu acabei demorando muito para aceitar a gravidez.

Mas hoje, para mim, é como se eu não conseguisse me lembrar de como era minha vida antes do meu bebê nascer.

Hector sempre pedia para que eu levasse Martin ao CT quando chegava sexta porque ele costuma ficar com Martin aos finais de semana.

Os dois gostavam muito porque brincavam bastante, além de Martin ver o pai jogar e treinar, ele adorava demais e sempre batia palmas, desde pequeno, não que ele seja muito grande agora.

Estacionei em uma das vagas do estacionamento do CT e então logo fomos eu e Martin para a arquibancada procurar seu papai.

Me sentei no primeiro banco da arquibancada com Martin ainda em meu colo e mandei uma mensagem para ele avisando que estávamos esperando ele ali.

HECTOR'S VISION

Sai da sala do fisioterapeuta e não demorou muito para meu celular começar a vibrar com as mensagens de Martina.

Antes que eu pudesse ir ao encontro deles meus amigos me param pra falar de algo.

_E aí, maninho, vai ir no bar hoje à noite com a gente?_ Marc pergunta com um braço ao meu redor.

_Hoje? Não vai dar, já tenho compromisso com meu filhote_ digo apontando com a cabeça pro gramado que estava a nossa frente.

_Seu filhote? Ele tá aqui?_ Marc abre um sorriso e eu acabo fazendo o mesmo.

_Sim, ele tá me esperando lá fora_ mal termino de falar e ele já sai praticamente correndo. Martin era seu afilhado por eu e Marc sermos praticamente irmãos de consideração, então Marc sempre ficava feliz quando conseguia ver ele.

_Lá fora? Então a mamãe também veio..._ Tomás é o primeiro a falar e os quatro ao meu redor abrem um sorriso malicioso.

Reviro os olhos e sigo para o gramado com os quatro atrás de mim.

_Qual é, Hectorzinho, quando que você vai me passar o número dela?_ Tomás sempre consegue me irritar quando o assunto é ela.

_Se você quer tanto o número dela porque não pede para ela?_ digo dando ênfase no "para" já sem muita paciência e apresso o passo pra deixar eles pra trás e a única coisa que escuto são as risadas.

Ignorei eles e segui meu caminho até o que realmente me importava. Martin estava muito distraído com seu dindo, mas assim que me enxergou correu para o meu colo.

_PAPAÍ!_ diz numa felicidade que faz todos ao nosso redor rirem inclusive eu.

Joguei ele pra cima e o peguei algumas vezes enquanto ele gargalhava.

Depois de alguns minutos dele tentando me contar tudo que aconteceu nos últimos quatro dias, já que ele ainda não sabia falar direito, eu o soltei e então ele foi brincar com os garotos de chutar a bola.

_E aí?_ digo a Martina que ainda estava sentada no banco sorrindo_ Ele não deu muito trabalho?

_Você sabe que ele não dá nada de trabalho_ diz enquanto observa ele brincando.

_É verdade. Parece que no final, essa foi uma das únicas coisas que eu realmente acertei e fiz certo.

_Para, você sabe que isso não é verdade_ diz se virando para me olhar nos olhos_ Você é um homem incrível, Hector, e você sabe disso, todos ao seu redor sabem disso.

Sua voz era tão calma e sincera que me fez entrar em um leve transe quando os meus olhos se chocaram com o seus esverdeados.

_Hector? Hector!?_ volto a realidade quando vejo seus olhos assustados.

_Desculpa... é que..._ coço a cabeça sem ter mais palavras pra dizer em relação ao que aconteceu_ Você tá certa, eu não deveria ficar me remoendo com o passado, mas sim tentar fazer diferente no presente...

_Com certeza, essa é..._ sem mais enrolações eu a interrompi com um beijo.

Um beijo correspondido.

Um beijo que transmitia amor e saudade, muita saudade.

Quando a falta de ar veio nos separamos, a contra-gosto, mas separamos. Nossas testas coladas, suas mãos em minha nuca e as minhas em sua cintura, a respiração ainda desregulada, eu sentia saudade de tudo isso, tudo.

...

Imagines- Babies/Family Onde histórias criam vida. Descubra agora