Em "Eternal Shadows", Cassie Backer e seu irmão Ethan enfrentam a terrível realidade de um apocalipse zumbi, onde as sombras eternas escondem perigos inimagináveis. A trama, envolta em suspense implacável, conduz os personagens por um labirinto de s...
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O CAMINHO ATÉ A CASA das montanhas foi em completo silêncio,Ethan estava dirigindo,eu estava no banco do passageiro ao lado de meu irmão,já Mason e Brooke estavam nos bancos de trás.
Quando chegamos na casa,fomos surpreendidos por outro grupo que já habitava ali,eram os amigos de Mason,confesso que fiquei um pouco confusa dele não ter nos avisado afinal,por que ele faria isso?
No final,eu,Brooke, Madeleine,e Rebecca,formamos uma amizade incrível! Violet,irmã mais nova de Madeleine,ficou com Alondra,irmã mais nova de Miguel,amigo do Mason,pois elas são da mesma idade,enfim.
Agora cada um já está dormindo em seus quartos,a casa é bem grande então cada um ficou com um quarto,eu fiquei sozinha,Ethan com Mason e Miguel,Brooke com Rebecca,e Madeleine com Violet e Alondra. O único quarto que era só de uma pessoa restou para mim,e eu não tive o que reclamar,adoro a paz e o silêncio que ficar sozinha me trás.
[...]
Acordei assustada,olhei no relógio de pulso ao lado da minha cama e vi que ainda eram 03:57 da madrugada,droga! Mais um pesadelo com a morte dos meus pais...
{Flashback On}
—Ethan e Hailey,mamãe e eu tivemos uma viagem a trabalho de última hora,vamos ter que sair amanhã,mas não se esqueçam, nós amamos muito vocês! Voltamos em 4 dias.
Foi a última coisa que ouvi deles,até ligarem para os meus tios avisando que o carro tinha explodido e pegou fogo,não restou nada deles,nenhum vestígio,já que tudo foi queimado.
{Flashback Off}
Eu e Ethan ficamos na casa dos nossos tios,os Mackenzie. Eles nos acolheram até Ethan fazer 16 anos e ficar com a casa que era dos nossos pais,no meio disso tudo,desenvolvi bloqueio emocional depois de me humilharem na frente de todo mundo da escola por um menino que eu gostava na sétima série,isso foi quando eu tinha apenas doze anos,no mesmo ano aconteceu o acidente dos meus pais,eu sofria bullying por ser "estranha,esquisita,e não loira" como diziam as meninas da minha escola,e o resto das pessoas também.
Com isso,surgiu a ansiedade.
A mais temida de todos os adolescentes de hoje em dia,tomava remédio para isso mas nunca funcionou,as famosas pílulas da felicidade.
Afastei todos esse pensamentos ridículos da minha cabeça e desci para tomar um pouco de água,no caminho esbarrei com Mason,o garoto estranho que é fechado com tudo e todos,encarei o mesmo me perguntando oque ele estava fazendo aqui a essas horas da madrugada.
— O que você está fazendo acordado a essa hora? - indaguei, encarando Mason na penumbra da cozinha.
Ele ergueu levemente um sorriso, uma expressão que eu raramente via.
— Não consigo dormir muito bem ultimamente. - respondeu, desviando o olhar para fora da janela escura.
— Eu também não. - admiti, compartilhando um olhar de compreensão.
O silêncio entre nós se tornou cúmplice, como se as palavras trocadas na penumbra tivessem formado uma ligação mais profunda. Mason, normalmente reservado, parecia encontrar um refúgio na tranquilidade da noite, onde as defesas caíam e as verdadeiras emoções emergiam.
— Às vezes, acho que as noites são as piores. - comentei, olhando para a escuridão lá fora.
Ele assentiu, e por um instante, a distância entre nós pareceu diminuir. Uma sensação reconfortante de compreensão mútua se instalou, como se nossos medos e inseguranças estivessem alinhados naquela madrugada silenciosa.
— É difícil acreditar que tudo mudou tão rápido, não é? - Mason murmurou, sua voz carregada de reflexão.
A noite se desdobrava diante de nós, repleta de confissões silenciosas e olhares que trocavam segredos. Mason permanecia ali, uma presença firme que parecia entender as sombras que eu carregava. O medo do desconhecido cedia espaço para a compreensão mútua, e a quietude da sala ecoava nossas histórias compartilhadas.
— Às vezes, acho que estamos perdendo não apenas nossos entes queridos, mas também as partes de nós mesmos que costumavam ser mais... normais. - Mason compartilhou, suas palavras um murmúrio na penumbra.
Concordei silenciosamente, contemplando a verdade por trás daquelas palavras. Cada um de nós era uma versão fragmentada do que éramos antes do apocalipse zumbi, e naquele momento, a aceitação dessa realidade se tornava uma ponte que nos conectava.
— É estranho, não é? Como em meio à destruição, algo novo pode surgir. - refleti, meus olhos encontrando os dele.
Um sorriso delicado se formou nos lábios de Mason, um reconhecimento silencioso do que estávamos compartilhando. Naquela quietude, as barreiras emocionais que ergui começavam a ceder, e a vulnerabilidade que emergia era ao mesmo tempo assustadora e libertadora.
Depois de alguns minutos a mais observando o céu estrelado,eu e Mason resolvemos subir para podermos descansar mais.
— Boa noite Cass- Mason disse com um leve sorriso no rosto
